(UEL - 2010) Poema obsceno 1 Faam a festa 2 cantem e dancem 3 que eu fao o poema duro 4 o poema-murro 5 sujo 6 como a misria brasileira 7 No se detenham: 8 faam a festa 9 Bethnia Martinho 10 Clementina 11 Estao Primeira de Mangueira Salgueiro 12 gente de Vila Isabel e Madureira 13 todos 14 faam 15 a nossa festa 16 enquanto eu soco este pilo 17 este surdo 18 poema 19 que no toca no rdio 20 que o povo no cantar 21 (mas que nasce dele) 22 No se prestar a anlises estruturalistas 23 No entrar nas antologias oficiais 24 Obsceno 25 como o salrio de um trabalhador aposentado 26 o poema 27 ter o destino dos que habitam o lado escuro do pas 28 e espreitam. (GULLAR, F.Toda poesia. So Paulo: Crculo do Livro, s. d. p. 338.) Os poemas de Ferreira Gullar se caracterizam por seu engajamento social. Assim, em relao ao eu lrico, considere as afirmativas a seguir: I. Solidariza com os trabalhadores e os miserveis. II. Considera o carnaval uma festa popular. III. Defende a revoluo subterrnea. IV. Critica os cantores populares. Assinale a alternativa correta.
(Uel 2010) Observe a frase: Os deputados decidiram errar onde no poderiam e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo onde. O labirinto da internet Um paradoxo da cultura contempornea a incapacidade da maioria dos polticos de entender a comunicao poltica. Essa disfuno provoca, muitas vezes, resultados trgicos. o caso da lei votada pela Cmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleies. Se aprovada sem mudanas pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa rea em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo sua legislao de comunicao eleitoral. Sim, a despeito da m vontade de alguns e, a partir da, de certos equvocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislaes de comunicao eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renncia fiscal, to conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidria em anos no eleitorais ou a ridcula proibio de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde no poderiam. Mas era um erro previsvel. A internet o meio mais perturbador que j surgiu na comunicao. Para ns da rea, ela abre fronteiras to imprevisveis edesconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a fsica, a descoberta do cdigo gentico para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a msica. Na comunicao poltica, a internet rota ainda difcil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expresso poltica tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rdio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer poltica. Mas nada perto dos efeitos que trar a internet. No s por ser uma multimdia de altssima concentrao, mas tambm porque sua capilaridade e interatividade planetria faro dela no apenas uma transformadora das tcnicas de induo do voto, mas o primeiro meio na histria a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor no vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contnua e constante. (Adaptado de: SANTANA, Joo. O labirinto da internet. Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm. Acesso em: 20 jul. 2009).
(Uel 2010) Marte é o Futuro O pouso na Lua não foi só o ápice da corrida espacial. Foi também o passo inicial do turbocapitalismo que dominaria as três décadas seguintes. Dependente, porém, de matérias-primas do século 19: aço, carvão, óleo. 5Lançar-se ao espaço implicava algum reconhecimento dos limites da Terra. Ela era azul, mas finita. Com o império da tecnociência, ascendeu também sua nêmese, o movimento ambiental. Fixar Marte como objetivo para dentro de 20 ou 30 anos, hoje, parece 2tão louco quanto chegar à Lua em dez, como determinou John F. Kennedy. 6Não há um imperialismo visionário como ele à vista, e isso é bom. 7A ISS (estação espacial internacional) representa a prova viva de que certas metas só podem ser alcançadas pela humanidade como um todo, não por 1nações forjadas no tempo das caravelas. 8Marte é o futuro da humanidade. 9Ele nos fornecerá a experiência vívida e a imagem perturbadora de um planeta devastado, inabitável. Destino certo da Terra em vários milhões de anos. 3Ou, mais provável, em poucas décadas, 4se prosseguir o saque a descoberto da energia fóssil pelo hipercapitalismo globalizado, inflando a bolha ambiental. (Adaptado de: LEITE, M. Caderno Mais!. Folha de São Paulo. São Paulo, domingo, 26 jul. 2009. p. 3.) Nas expressões dos trechos [...] tão louco quanto chegar à Lua em dez [...] (ref. 2) Ou, mais provável, em poucas décadas... (ref. 3) [...] se prosseguir o saque a descoberto da energia fóssil [...] (ref. 4) os termos grifados têm a função de representar, respectivamente, as noções de:
(UEL -2010/ Adaptada) As condies de bem-estar e de comodidade nos grandes centros urbanos so reconhecidamente precrias por causa, sobretudo, da densa concentrao de habitantes num espao que no foi planejado para aloj-los. Com isso, praticamente todos os polos das estruturas urbanas ficam afetados: o trnsito lento; os transportes coletivos, insuficientes; os estabelecimentos de prestao de servios, ineficazes. Um exemplo disso So Paulo, s sete da noite. O trnsito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta de mesas. Luzes de tons plidos incidem sobre o cinza dos prdios. De repente, uma escurido total cai sobre todos como uma espessa lona opaca de um grande circo. Os veculos acendem os faris altos, insuficientes para substituir a iluminao anterior. Em pouco tempo, as ruas ficam desertas, o medo paira no ar... Tomando como exemplo o trecho Um exemplo disso So Paulo, s sete da noite, em relao ao uso da crase em lngua portuguesa, correto afirmar: I. Usa-se crase quando h contrao da preposio a com artigo definido feminino a. II. Seu uso ser facultativo na indicao de horas e nas locues adverbiais femininas. III. No se usa crase antes de verbos e de pronomes pessoais do caso oblquo. IV. Usa-se crase nas locues formadas de elementos repetidos. Assinale a alternativa correta.
(Uel 2010) Considerando as frases a seguir: I. Minha nova bolsa da Luiz Vitão. II. Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos.
(UEL - 2010) FOLHA Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, h maior preocupao com a corrupo. O acesso educao melhorou no pas, mas a averso corrupo no parece ter aumentado. No se v mais mobilizaes como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA Esta questo foi objeto de grande controvrsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarizao, maior a participao poltica. Mas a escolaridade tambm cresceu l, e no se viu aumento de mobilizao. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, que, para acontecerem grandes mobilizaes, necessria tambm a participao atuante de uma elite poltica. No caso das Diretas-J, por exemplo, essa mobilizao de cima para baixo foi fundamental. O governador de So Paulo na poca, Franco Montoro, estava frente da mobilizao. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metr e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenmeno mais raro, pois a mobilizao foi mais espontnea, mas no to grande quanto nas Diretas. Porm, preciso lembrar que Collor atravessava um momento econmico difcil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escndalos da poca, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalo. Collor no tinha o apoio da elite nem da classe mdia ou pobre. J Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a populao mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferena nos dois casos. A preocupao de uma pessoa muito pobre est muito associada sobrevivncia, ao emprego, sade, prpria vida. Para ns, da elite, jornalistas, isso j est resolvido e outras questes aparecem como mais importantes. So dois mundos diferentes. (Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm. Acesso em: 26 jul. 2009) Considere o trecho: Isso fez toda a diferena nos dois casos. A preocupao de uma pessoa muito pobre est muito associada sobrevivncia, ao emprego, sade, prpria vida. Para ns, da elite, jornalistas, isso j est resolvido e outras questes aparecem como mais importantes. So dois mundos diferentes.. As palavras grifadas so
(UEL 2010) Observe o pargrafo: Seaprovada sem mudanas pelo Senado, [a lei] vai provocar um forte retrocesso numa rea em que o Brasil, quase milagrosamente,sedestaca no mundo - sua legislao de comunicao eleitoral. Assinale a alternativa que expressa corretamente a funo sinttica das duas palavras sublinhadas.
(UEL - 2007) Analise a imagem a seguir: Fonte: SERPA, I. Arte brasileira. Colorama Artes Grficas, s/d p. 90. Com base na imagem e nos conhecimentos sobre a arte brasileira contempornea (1950- 1980), correto afirmar:
(UEL - 2007) Com base nos conhecimentos sobre a vinda da Misso Artstica Francesa ao Brasil (1816-1840), correto afirmar:
(UEL - 2007) Candido Portinari (1903-1962) foi um importante pintor brasileiro que, por meio de sua arte, tratou, principalmente, da temtica social, expressando a cultura e a arte do povo brasileiro, com suas dores e alegrias. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale, entre as obras abaixo, quais so as de Portinari: 1 2 3 4 5 6
(UEL - 2006) Pequeno folhetim do folclore [...] Ainda que o folclore seja de carter universal, existe a particularidade na cultura de cada pas, da advertindo que todos os homens tm corao, mas o ritmo cardaco diferente em cada homem. Por isso, em sua obra, [Lus da Cmara Cascudo] colocou sempre em relevo as permutas culturais entre o Brasil e o mundo: o cuscuz rabe, o frango veio da Europa, o quiabo da frica, o beijo nasceu na sia, a roda europia, a mandioca e a rede de dormir so amerabas, o sarapatel indiano. Observados no cotidiano, a sua pesquisa revela os intercmbios culturais, antigos e modernos, do Brasil com o mundo inteiro: Dar adeus e saudar com a mo agitada ou tocar levemente na fronte no tem idade. Uma estria ouvida de um indgena do Amazonas est na Guin. O andar rebolado das nossas damas um produto de importao. Trouxe-o o africano banto que o teria da Polinsia, onde chamam onioni, e tcnica de seduo ministrada regularmente. Esticar a lngua desaforo para os romanos trs sculos antes de Cristo. Leite de coco veio da ndia. O brasileiro hoje, que comeou sendo mameluco no sculo 16, veste cala verde, usa camisa vermelha, mastiga chiclete, come xistudo, mas pensa com a tradio catlica vinda de Roma. (VASCONCELLOS, Gilberto Felisberto. Pequeno folhetim do folclore. In:Revista Caros Amigos. So Paulo: Casa Amarela. Ano IX, n. 98, p. 45, maio 2005.) Com base no perodo: [...] todos os homens tm corao, mas o ritmo cardaco diferente em cada homem, considere as afirmativas a seguir. I. O conectivo mas estabelece relao de oposio entre temporalidades diferentes. II. O termo corao usado em seu sentido conotativo para apontar as boas intenes dos homens em sua contribuio para a cultura. III. A expresso todos os homens indcio de generalizao a ser associada com a existncia do folclore em mbito universal. IV. A expresso cada homem uma imagem para representar as peculiaridades culturais de povos diferentes. Esto corretas apenas as afirmativas:
(UEL - 2006) Pequeno folhetim do folclore [...] Ainda que o folclore seja de carter universal, existe a particularidade na cultura de cada pas, da advertindo que todos os homens tm corao, mas o ritmo cardaco diferente em cada homem. Por isso, em sua obra, [Lus da Cmara Cascudo] colocou sempre em relevo as permutas culturais entre o Brasil e o mundo: o cuscuz rabe, o frango veio da Europa, o quiabo da frica, o beijo nasceu na sia, a roda europia, a mandioca e a rede de dormir so amerabas, o sarapatel indiano. Observados no cotidiano, a sua pesquisa revela os intercmbios culturais, antigos e modernos, do Brasil com o mundo inteiro: Dar adeus e saudar com a mo agitada ou tocar levemente na fronte no tem idade. Uma estria ouvida de um indgena do Amazonas est na Guin. O andar rebolado das nossas damas um produto de importao. Trouxe-o o africano banto que o teria da Polinsia, onde chamam onioni, e tcnica de seduo ministrada regularmente. Esticar a lngua desaforo para os romanos trs sculos antes de Cristo. Leite de coco veio da ndia. O brasileiro hoje, que comeou sendo mameluco no sculo 16, veste cala verde, usa camisa vermelha, mastiga chiclete, come xistudo, mas pensa com a tradio catlica vinda de Roma. (VASCONCELLOS, Gilberto Felisberto. Pequeno folhetim do folclore. In: Revista Caros Amigos. So Paulo: Casa Amarela. Ano IX, n. 98, p. 45, maio 2005.) Com base no texto, correto afirmar:
(UEL - 2005) Uma feita janeiro chegado Macunama acordou tarde com o pio agourento do tincu. No entanto era dia feito e a cerrao j entrara pro buraco... O heri tremeu e apalpou o feitio que trazia no pescoo, um ossinho de pi morto pago. Procurou o arua, desaparecera. S o galo com a galinha brigando por causa duma aranha derradeira. Fazia um caloro parado to imenso que se escutava o sininho de vidro dos gafanhotos. Vei, a Sol, escorregava pelo corpo de Macunama, fazendo cosquinhas, virada em mo de moa. Era malvadeza da vingarenta s por causa do heri no ter se amulherado com uma das filhas da luz. A mo da moa vinha e escorregava to de manso no corpo... Que vontade nos msculos pela primeira vez espetados depois de tanto tempo! Macunama se lembrou que fazia muito no brincava. gua fria diz que bom pra espantar as vontades... O heri escorregou da rede, tirou a penugem de teia vestindo todo o corpo dele e descendo at o vale de Lgrimas foi tomar banho num sacado perto que os repiquetes do tempo-das-guas tinham virado num lagoo. Macunama deps com delicadeza os legornes na praia e se chegou pra gua. A lagoa estava toda coberta de ouro e prata e descobriu o rosto deixando ver o que tinha no fundo. E Macunama enxergou l no fundo uma cunh lindssima, alvinha e padeceu de mais vontade. E a cunh lindssima era a Uiara. (ANDRADE, Mrio de. Macunama: o heri sem nenhum carter. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos; So Paulo: Secretaria da Cultura, Cincia e Tecnologia, 1978. p. 142.) Analise o perodo: Fazia um caloro parado to imenso que se escutava o sininho de vidro dos gafanhotos. Assinale a alternativa que apresenta a correta relao entre as duas oraes do perodo.
(UEL -2003) (CAMPOS, Augusto de. In: MENEZES, Philadelpho. Roteiro de leitura: poesia concreta e visual. So Paulo: tica, 1998. p. 71.) Sobre o poema acima, considere as afirmativas. I. O poema explora de modo simplista a linguagem potica, j que composto por apenas duas palavras. II. O poema apresenta uma simetria que revela racionalidade no ato de composio, pois h uma relao de verticalidade com a chuva e de horizontalidade com o rio. III. O poema aproveita-se da semelhana sonora entre as palavras com significados diferentes que, entretanto, no so independentes no poema. IV. O poema apresenta abolio do verso, colocando em destaque o pictrico, o sonoro e o verbal. Assinale a alternativa correta:
(UEL - 2003) (...) Por que razo to difcil manter o peso ideal, se todos almejam ficar esguios e sabem que a obesidade aumenta o risco de hipertenso, diabetes, osteoartrite, ataques cardacos e derrames cerebrais? No crebro, existe um centro neural responsvel pelo controle da fome e da saciedade. Milhes de anos de seleo natural forjaram a fisiologia desse centro, para assegurar a ingesto de um nmero de calorias compatvel com as necessidades energticas do organismo. Nessa rea cerebral so integradas as informaes transmitidas pelos neurnios que conduzem sinais recolhidos no meio externo, nas vsceras, na circulao e no ambiente bioqumico que serve de substrato para os fenmenos psicolgicos. Estmulos auditivos, visuais e olfatrios so permanentemente sensoriados pelo centro da saciedade, e explicam a fome que subitamente sentimos diante do cheiro e da viso de certos alimentos. Faz frio, os neurnios responsveis pela conduo dos estmulos trmicos enviam informaes para o centro, e a fome aumenta; mecanismo que evoluiu em resposta s maiores necessidades energticas dos animais para manter constante a temperatura corprea, no inverno. Quando as paredes do estmago so distendidas, a taxa de glicose na circulao aumenta, certos neurotransmissores so liberados no aparelho digestivo ou quando determinadas enzimas digestivas atingem os limites de sua produo, o centro da saciedade bloqueia a fome e interrompe a refeio. Fenmenos psicolgicos tambm interferem permanentemente com o mecanismo de fome e saciedade, porque os centros cerebrais so especialmente sensveis aos neurotransmissores envolvidos nas sensaes de prazer. Por isso, comemos mais quando estamos entre amigos, e menos em ambientes hostis ou sob estresse psicolgico. (...) VARELLA, Drauzio. Folha de S. Paulo, 27 jul. 2002. Caderno Folha Ilustrada. POR ISSO, comemos mais quando estamos entre amigos, e menos em ambientes hostis ou sob estresse psicolgico. O termo destacado serve para relacionar as duas ltimas frases do texto. Qual das alternativas abaixo descreve corretamente o tipo de raciocnio presente nessa relao?