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VestibularEdição do vestibular
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(UFPR - 2018 - 2 FASE) Em Mulheres, raa e classe,

(UFPR - 2018 - 2ª FASE) Em Mulheres, raça e classe, Angela Davis afirma que “os papéis das mulheres na procriação, criação da prole e manutenção da casa possibilitam que os membros de sua família trabalhem – trocando sua força de trabalho por salários – e isso dificilmente pode ser negado. Mas disso decorre automaticamente que mulheres em geral, independentemente de sua classe e raça, sejam definidas de modo fundamental por suas funções domésticas? Disso decorre automaticamente o fato de que a dona de casa é realmente a trabalhadora secreta no interior do processo de produção capitalista? Se a Revolução Industrial resultou na separação estrutural entre a economia doméstica e a economia pública, então as tarefas domésticas não podem ser definidas como um componente integrante da produção capitalista. Elas estão, mais exatamente, relacionadas com a produção no sentido de uma pré-condição. O empregador não está minimamente preocupado com o modo como a força de trabalho é produzida e mantida, ele só se preocupa com sua disponibilidade e capacidade de gerar lucro. Em outras palavras, o processo de produção capitalista pressupõe a existência de um conjunto de trabalhadores e trabalhadoras exploráveis”

(DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 242.)

 

Considerando a passagem acima, o que se pode entender por “trabalhadora secreta no interior do processo de produção capitalista”?