(UFPR - 2019 - 1 FASE) O jogo do salrio mnimo 1 [...] Em menos de trinta minutos, dois times centenrios do futebol carioca, Bonsucesso e Olaria, vo se enfrentar num jogo 2 treino, na preparao para a disputa da segunda diviso do campeonato do Rio. 3 Na arena vazia, os jogadores vivem a desigualdade salarial do futebol brasileiro. Na esperana de chegar a um clube grande, 4 os 22 atletas em campo correm no estdio em troca de um salrio mnimo (998 reais) na carteira assinada isso quando no h 5 atraso no pagamento. Juntos, ganham cerca de 22 mil reais menos de 2% do salrio mensal de uma estrela como o atacante 6 Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Flamengo. Longe do glamour dos estdios padro Fifa, os 22 em campo no chamado Clssico da 7 Leopoldina, em referncia antiga linha de trem, so um retrato do precrio mercado de trabalho da bola no Brasil. 8 Levantamento do antigo Ministrio do Trabalho revela que a maioria (54%) dos jogadores de futebol do pas empregados em 9 2017 recebia at trs salrios mnimos (2.811 reais). Os dados constam da RAIS (Relao Anual de Informaes Sociais) de 2017. 10 [...] 11 A estatstica do antigo Ministrio do Trabalho o nico levantamento que tenta mapear os salrios no futebol brasileiro. A CBF 12 fazia uma pesquisa parecida, mas deixou de publicar por causa das distores criadas pelos contratos de direito de imagem. 13 Segundo a ltima edio do trabalho da entidade que comanda o futebol nacional, mais de 80% dos jogadores de futebol ganhavam 14 at 1 mil reais por ms em 2016. Sem citar nomes, a CBF informou que apenas um jogador recebia mais de 500 mil reais, mas o 15 nmero estava longe da realidade, e o mesmo se pode dizer dos dados da RAIS. O salrio em carteira s uma parte do que os 16 atletas recebem, pois o principal vem dos direitos de imagem e patrocnios. 17 Mas essa uma realidade dos clubes grandes. Em clubes como Bonsucesso e Olaria, no h direitos de imagem, j que no 18 h imagem a ser vendida. Os patrocinadores esto mais para pequenos comerciantes locais do que para grandes financiadores do 19 futebol. (Srgio Rangel. Disponvel em: https://piaui.folha.uol.com.br/o-jogo-do-salario-minimo/. 31/05/2019.) Acerca de aspectos relativos pontuao, assinale a alternativa correta com relao a alguns excertos do texto.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) O jogo do salrio mnimo 1 [...] Em menos de trinta minutos, dois times centenrios do futebol carioca, Bonsucesso e Olaria, vo se enfrentar num jogo 2 treino, na preparao para a disputa da segunda diviso do campeonato do Rio. 3 Na arena vazia, os jogadores vivem a desigualdade salarial do futebol brasileiro. Na esperana de chegar a um clube grande, 4 os 22 atletas em campo correm no estdio em troca de um salrio mnimo (998 reais) na carteira assinada isso quando no h 5 atraso no pagamento. Juntos, ganham cerca de 22 mil reais menos de 2% do salrio mensal de uma estrela como o atacante 6 Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Flamengo. Longe do glamour dos estdios padro Fifa, os 22 em campo no chamado Clssico da 7 Leopoldina, em referncia antiga linha de trem, so um retrato do precrio mercado de trabalho da bola no Brasil. 8 Levantamento do antigo Ministrio do Trabalho revela que a maioria (54%) dos jogadores de futebol do pas empregados em 9 2017 recebia at trs salrios mnimos (2.811 reais). Os dados constam da RAIS (Relao Anual de Informaes Sociais) de 2017. 10 [...] 11 A estatstica do antigo Ministrio do Trabalho o nico levantamento que tenta mapear os salrios no futebol brasileiro. A CBF 12 fazia uma pesquisa parecida, mas deixou de publicar por causa das distores criadas pelos contratos de direito de imagem. 13 Segundo a ltima edio do trabalho da entidade que comanda o futebol nacional, mais de 80% dos jogadores de futebol ganhavam 14 at 1 mil reais por ms em 2016. Sem citar nomes, a CBF informou que apenas um jogador recebia mais de 500 mil reais, mas o 15 nmero estava longe da realidade, e o mesmo se pode dizer dos dados da RAIS. O salrio em carteira s uma parte do que os 16 atletas recebem, pois o principal vem dos direitos de imagem e patrocnios. 17 Mas essa uma realidade dos clubes grandes. Em clubes como Bonsucesso e Olaria, no h direitos de imagem, j que no 18 h imagem a ser vendida. Os patrocinadores esto mais para pequenos comerciantes locais do que para grandes financiadores do 19 futebol. (Srgio Rangel. Disponvel em: https://piaui.folha.uol.com.br/o-jogo-do-salario-minimo/. 31/05/2019.) Com base no texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) A expresso na arena vazia (linha 3) encontra-se em relao de oposio metafrica com a expresso glamour dos estdios padro Fifa (linha 6). ( ) Ainda que os jogadores de clubes como Bonsucesso e Olaria sujeitem-se aos baixos salrios, eles mantm no horizonte a aspirao aos grandes clubes. ( ) O autor do texto traz a lume denncias de jogadores acerca das disparidades salariais no mundo do futebol. ( ) O desequilbrio entre o que um jogador-estrela recebe no Brasil em relao ao contingente dos demais jogadores fundamenta-se na varivel direitos de imagem. Assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta, de cima para baixo.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) Com base na tira, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) No ltimo quadrinho da charge, Nquel Nusea se dirige diretamente barata para dizer que no gosta de filosofia. ( ) A informao visual dos quadrinhos em que Nquel Nusea est presente sinaliza sua irritao com a barata. ( ) Nos dois primeiros quadrinhos, a fala da barata uma adaptao de dois provrbios sua prpria realidade. ( ) A barata utiliza provrbios em sua fala com a inteno de dar lies de moral para Nquel Nusea. Assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta, de cima para baixo.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) Considerando a sentena Mais vale uma naftalina na mo do que duas rolando, no segundo quadrinho da tira, assinale a alternativa que traz um provrbio com sentido mais prximo ao sentido do provrbio suposto pela citao.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) Assinale a alternativa que identifica corretamente o recurso lingustico empregado para conferir efeito humorstico tirinha.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) Por que as lhamas podem guardar o segredo para combater a gripe Cientistas americanos recrutaram uma curiosa aliada para desenvolver tratamentos contra a gripe: a lhama. O sangue desse animal sul-americano foi utilizado para produzir uma nova terapia com anticorpos que tm o potencial de combater todos os tipos de gripe. A gripe uma das doenas mais hbeis na hora de mudar de forma. Constantemente, modifica sua aparncia para despistar nosso sistema imunolgico. Isso explica porque as vacinas nem sempre so efetivas e, a cada inverno, necessrio receber uma nova injeo para prevenir a doena. Por isso, a cincia est procura de uma forma de acabar com todos os tipos de gripe, no importando de qual cepa provenha ou o quanto possa sofrer mutaes. a que entra a lhama. Esses animais, nativos dos Andes, tm anticorpos incrivelmente pequenos em comparao com os dos humanos. Os anticorpos so as armas do sistema imunolgico, e aderem s protenas que sobressaem na superfcie dos vrus. Os anticorpos humanos tendem a atacar as pontas dessas protenas, _______ essa a parte em que o vrus da gripe muda com mais rapidez. _______ os anticorpos da lhama, com seu tamanho diminuto, conseguem atacar as partes do vrus da gripe que no sofrem mutao. Uma equipe do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, infectou lhamas com mltiplos tipos de gripe, para estimular uma resposta do seu sistema imunolgico. Em seguida, analisou o sangue dos animais, procurando pelos anticorpos mais potentes, que poderiam atacar uma ampla variedade de vrus. Os cientistas, _______, identificaram quatro anticorpos das lhamas. Depois, comearam a desenvolver um anticorpo sinttico, que une elementos desses quatro tipos. O trabalho, que foi publicado na revista cientfica Science, ainda est em estgios muito iniciais. A equipe de cientistas pretende realizar mais experimentos antes de fazer testes com humanos. Ter um tratamento que possa funcionar contra uma variedade de cepas diferentes do vrus da gripe algo muito desejado. o Santo Graal da gripe, afirma o professor Jonathan Ball, da Universidade de Nottingham. (James Gallagher, Correspondente de Sade e Cincia, BBC News. Disponvel em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46101443?ocid=socialflow_ facebookfbclid=IwAR1Bj0yRbAN1yzVPG9X8H0KC2B5I59XTXbPwX7w0kk9O4kfMIop3H-wjmIY. Acesso em 07/07/2019. Adaptado.) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) Por que as lhamas podem guardar o segredo para combater a gripe Cientistas americanos recrutaram uma curiosa aliada para desenvolver tratamentos contra a gripe: a lhama. O sangue desse animal sul-americano foi utilizado para produzir uma nova terapia com anticorpos que tm o potencial de combater todos os tipos de gripe. A gripe uma das doenas mais hbeis na hora de mudar de forma. Constantemente, modifica sua aparncia para despistar nosso sistema imunolgico. Isso explica porque as vacinas nem sempre so efetivas e, a cada inverno, necessrio receber uma nova injeo para prevenir a doena. Por isso, a cincia est procura de uma forma de acabar com todos os tipos de gripe, no importando de qual cepa provenha ou o quanto possa sofrer mutaes. a que entra a lhama. Esses animais, nativos dos Andes, tm anticorpos incrivelmente pequenos em comparao com os dos humanos. Os anticorpos so as armas do sistema imunolgico, e aderem s protenas que sobressaem na superfcie dos vrus. Os anticorpos humanos tendem a atacar as pontas dessas protenas, _______ essa a parte em que o vrus da gripe muda com mais rapidez. _______ os anticorpos da lhama, com seu tamanho diminuto, conseguem atacar as partes do vrus da gripe que no sofrem mutao. Uma equipe do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, infectou lhamas com mltiplos tipos de gripe, para estimular uma resposta do seu sistema imunolgico. Em seguida, analisou o sangue dos animais, procurando pelos anticorpos mais potentes, que poderiam atacar uma ampla variedade de vrus. Os cientistas, _______, identificaram quatro anticorpos das lhamas. Depois, comearam a desenvolver um anticorpo sinttico, que une elementos desses quatro tipos. O trabalho, que foi publicado na revista cientfica Science, ainda est em estgios muito iniciais. A equipe de cientistas pretende realizar mais experimentos antes de fazer testes com humanos. Ter um tratamento que possa funcionar contra uma variedade de cepas diferentes do vrus da gripe algo muito desejado. o Santo Graal da gripe, afirma o professor Jonathan Ball, da Universidade de Nottingham. (James Gallagher, Correspondente de Sade e Cincia, BBC News. Disponvel em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46101443?ocid=socialflow_ facebookfbclid=IwAR1Bj0yRbAN1yzVPG9X8H0KC2B5I59XTXbPwX7w0kk9O4kfMIop3H-wjmIY. Acesso em 07/07/2019. Adaptado.) - Ao comparar a vacina contra diferentes cepas do vrus da gripe ao Santo Graal, o professor Jonathan Ball quis dizer que:
(UFPR - 2019 - 1 FASE) Leia o trecho abaixo, extrado de Sagarana, de Joo Guimares Rosa: Estremecem, amarelas, as flores da aroeira. H um frmito nos caules rosados da erva-de-sapo. A erva-de-anum crispa as folhas, longas, como folhas de mangueira. Trepidam, sacudindo as estrelinhas alaranjadas, os ramos da vassourinha. Tirita a mamona, de folhas peludas, como o corselete de um caununga, brilhando em verde-azul! A pitangueira se abala, do jarrete grimpa. E o aoita-cavalos derruba frutinhas fendilhadas, entrando em convulses. Mas, meu Deus, como isto bonito! Que lugar bonito pra gente deitar no cho e se acabar!... o mato, todo enfeitado, tremendo tambm com a sezo. (GUIMARES ROSA. Sarapalha. Sagarana. Obra completa (vol. 1). Nova Aguilar, 1994. p. 295.) O trecho extrado do conto Sarapalha, do livro Sagarana, de Guimares Rosa, exemplifica um aspecto que est presente em todos os contos do mesmo livro. Assinale a alternativa que reconhece esse aspecto de forma adequada.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) O Gigante de Pedra (II, Estrofes 5 e 6) Tornam prados a despir-se, Tornam flores a murchar, Tornam de novo a vestir-se, Tornam depois a secar; E como gota filtrada De uma abboda escavada Sempre, incessante a cair, Tombam as horas e os dias, Como fantasmas sombrias, Nos abismos do porvir! E no fretro de montes Inconcusso, imvel, fito, Escurece os horizontes O gigante de granito. Com soberba indiferena Sente extinta a antiga crena Dos Tamoios, dos Pajs; Nem v que duras desgraas, Que lutas de novas raas Se lhe atropelam aos ps! Gonalves Dias A Tempestade (Estrofes 1-4) Um raio Fulgura No espao, Esparso De luz; E trmulo E puro Se aviva, Sesquiva, Rutila. Seduz! Vem a aurora Pressurosa, Cr-de-rosa, Que se cora De carmim; A seus raios As estrelas, Que eram belas, Tm desmaios, J por fim. O sol desponta L no horizonte, Doirando a fronte, E o prado e o monte E o cu e o mar; E um manto belo De vivas cores Adorna as flores Que entre verdores Se v brilhar. Um ponto aparece, Que o dia entristece, O cu, onde cresce, De negro a tingir; Oh! Vede a procela Infrene, mais bela, No ar sencapela J pronta a rugir! Gonalves Dias O Uraguai (Canto IV, v. 30-52) Assim quem olha do escarpado cume No v mais do que o cu, que o mais lhe encobre A tarda e fria nvoa, escura e densa. Mas quando o sol, de l do eterno e fixo Purpreo encosto de dourado assento, Coa criadora mo desfaz e corre O vu cinzento de ondeadas nuvens, Que alegre cena para nossos olhos! Podem Daquela altura, por espao imenso, Ver as longas campinas retalhadas De trmulos ribeiros, claras fontes E lagos cristalinos, onde molha As leves asas o lascivo vento. Engraados outeiros, fundos vales E arvoredos copados e confusos, Verde teatro onde se admira quanto Produziu a suprflua Natureza. A terra sofredora de cultura Mostra o rasgado seio; e as vrias plantas, Dando as mos entre si, tecem compridas Ruas, por onde a vista saudosa Se estende e se perde. O vagaroso gado Mal se move no campo, e se divisam Por entre as sombras da verdura, ao longe, As casas branquejando e os altos templos. Baslio da Gama Com base na anlise dos versos acima e na leitura integral de O Uraguai e de Os ltimos cantos, considere as seguintes afirmativas: 1. Embora as Poesias Americanas tenham alcanado grande destaque nas leituras posteriores da obra de Gonalves Dias, em ltimos Cantos elas ocupam um espao menor do que o conjunto das outras duas partes: Poesias Diversas e Hinos. 2. No poema O gigante de pedra, a montanha, da sua altura, quem assiste aos acontecimentos da histria. Os versos acima citados de O Uraguai, por sua vez, adotam a perspectiva do olhar humano para descrever a natureza que se descortina do alto de uma montanha. 3. O hino A tempestade recria em seus versos os efeitos do fenmeno atmosfrico que deslumbra o poeta. Nas trs estrofes citadas, podem-se perceber os recursos poticos utilizados: mtrica crescente, esquema de rimas diferente a cada estrofe, adjetivos e verbos que vo do claro ao escuro, do tranquilo ao agitado. 4. A reiterao sonora do verbo tornar, na mesma posio dos versos iniciais da estrofe 5 de O Gigante de Pedra, marca a variao das estaes do ano, sendo que a mesma caracterstica atribuda montanha na estrofe seguinte e ao longo de todo o poema. 5. A partir de acidentes geogrficos de localizao precisa, a cadeia de montanhas localizada na atual cidade do Rio de Janeiro e o rio Uruguai, localizado na fronteira sul do pas, O Gigante de Pedra e O Uraguai narram um episdio especfico e datado da histria brasileira. Assinale a alternativa correta.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) o mesmo tempo em que narram fatos, os narradores de Casa de Penso e Clara dos Anjos tambm assumem postura intrusa e opinativa: eles interrompem a narrao de acontecimentos e inserem seus comentrios e opinies, apresentando anlises sociolgicas ou psicolgicas de acontecimentos, ambientes e personagens. Nas alternativas abaixo, foram transcritos trechos dos dois romances. Assinale a alternativa em que se observa tal atitude intrusa e opinativa do narrador no romance de Alusio Azevedo.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) O romance Nove noites apresenta o antroplogo Buel Quain como um aluno da antroploga estadunidense Ruth Benedict. Ambos so personagens reais e atuaram, efetivamente, como pesquisadores da rea. A tentativa de representar aspectos ligados aos povos indgenas retoma uma temtica da Literatura Brasileira presente, ao menos, desde a poesia de Gonalves Dias e de outros indianistas anteriores e posteriores a ele. Considerando isso, leia o trecho abaixo, extrado de um ensaio de Ruth Benedict, originalmente publicado em 1934: Nem a razo para usar as sociedades primitivas para discutir as formas sociais tem necessria relao com uma volta romntica ao primitivo. Essa razo no existe com o esprito de poetizar os povos mais simples. Existem muitos modos pelos quais a cultura de um ou outro povo nos atrai fortemente nesta era de padres heterogneos e de tumulto mecnico confuso. Mas no por meio de um regresso aos ideais preservados para ns pelos povos primitivos que a nossa sociedade poder curar-se de suas molstias. O utopismo romntico que se dirige aos primitivos mais simples, por mais atraente que seja, s vezes tanto pode ser no estudo etnolgico, um empecilho como um auxlio. (BENEDICT, Ruth: A cincia do costume. PIERSON, Donald. 1970. Estudos de organizao social: leituras de sociologia e antropologia social. Tomo II. Traduo de Olga Dria. So Paulo: Martins. p. 497-513.) Considerando a leitura integral de Nove Noites e a leitura do trecho extrado da obra da antroploga, assinale a alternativa em que a representao dos povos primitivos condicionada pelo que a autora denomina de utopismo romntico, ou, segundo definio dela mesma, o esprito de poetizar os povos mais simples.
(UFPR - 2019 - 1 FASE) Em Morte e vida severina, Severino um retirante que sai do interior com a inteno de chegar ao litoral, cidade do Recife. Quando atinge a Zona da Mata, ltima regio antes da chegada ao Recife, diz ele: Nunca esperei muita coisa, digo a Vossas Senhorias . O que me fez retirar no foi a grande cobia; o que apenas busquei foi defender minha vida da tal velhice que chega antes de se inteirar trinta; se na serra vivi vinte, se alcancei l tal medida, o que pensei, retirando, foi estend-la um pouco ainda. Mas no senti diferena entre o Agreste e a Caatinga, e entre a Caatinga e aqui a Mata a diferena a mais mnima. Est apenas em que a terra por aqui mais macia; est apenas no pavio, ou melhor, na lamparina: pois igual o querosene que em toda parte ilumina, e quer nesta terra gorda quer na serra, de calia, a vida arde sempre com a mesma chama mortia. [] Sim, o melhor apressar o fim dessa ladainha, fim do rosrio de nomes que a linha do rio enfia; chegar logo ao Recife, derradeira ave-maria do rosrio, derradeira invocao da ladainha, Recife, onde o rio some e esta minha viagem se finda. (MELLO NETO, Joo Cabral de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 186-187.) Considerando o trecho acima e a leitura integral do auto de Joo Cabral de Melo Neto, assinale a alternativa correta
Leia o trecho abaixo, de Relato de um certo oriente, de Milton Hatoum: No meu ntimo, creio que deixei a famlia e a cidade tambm por no suportar a convivncia estpida com os serviais. Lembro Dorner dizer que o privilgio aqui no norte no decorre apenas da posse de riquezas. Aqui reina uma forma estranha de escravido opinava Dorner. A humilhao e a ameaa so o aoite; a comida e a integrao ilusria famlia do senhor so as correntes e golilhas. Havia alguma verdade nesta sentena. (HATOUM, Milton. Relato de um certo oriente. So Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 88.) A respeito desse romance, considere as seguintes afirmativas: 1. Quem narra essa parte do relato Hakim, filho preferido de Emilie, a quem ela ensinou o rabe na infncia e que muito jovem se mudaria para o Sul do Brasil, jamais vendo a me novamente. 2. Dorner um comerciante alemo, concorrente da loja da famlia de Emilie, a Parisiense, mas que se mantivera prximo famlia por sua antiga amizade com Emir, o irmo suicida da matriarca. 3. O julgamento de Dorner, com o qual o narrador concorda, injusto, e o tratamento cordial que toda a famlia de Emilie dedica servial Anastcia Socorro prova desse equvoco. 4. A referncia escravido permite que se localize a ao de Relato de um certo oriente no final do sculo XIX, perodo em que o Ciclo da Borracha atraiu imigrantes para a regio Norte. Assinale a alternativa correta
(UFPR - 2018 - 1 FASE) A exploso das medusas em todo o mundo se deve a uma srie de fatores inter-relacionados. Uma das principais causas o excesso de pesca de seus predadores naturais, como o atum, o que ao mesmo tempo elimina a concorrncia pelo alimento e o espao de reproduo. Em paralelo, diversas atividades humanas em regies costeiras tambm ajudam a explicar o fenmeno: ali onde enormes quantidades de nutrientes so jogadas no mar (em forma de resduos agrcolas, por exemplo), produzindo grandes exploses de populaes de algas e plnctons, que consomem o oxignio da gua e geram as denominadas zonas mortas. No muitos peixes e mamferos aquticos conseguem sobreviver nelas, mas as medusas sim, alm de encontrarem no plncton uma fonte de alimentao abundante e ideal. Quando as populaes de medusas conseguem se estabelecer, as larvas de outras espcies acabam sendo parte do cardpio tambm, desequilibrando a cadeia trfica. As medusas so, alm disso, um dos poucos vencedores naturais da mudana climtica, j que seu ciclo reprodutivo favorecido pelo aumento da temperatura nos ciclos ocenicos. Mas h mais fatores. Existem evidncias de que certas espcies de medusa se reproduzem com mais facilidade junto a estruturas costeiras artificiais, como molhes e peres. Por isso, difcil saber se os esforos para deter, ou at reverter a mudana climtica, representam uma soluo crescente presena de medusas nos mares, pelo menos enquanto continuem gerando problemas em ecossistemas costeiros e cadeias alimentares marinhas. [...] No entanto e no muito longe de Monte Hermoso um cientista elucubra uma ideia mais interessante: se queremos resolver o problema das medusas, temos de parar de v-las como um mal, e comear a v-las como comida. (Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/ciencia/1537282711_864007.html) Entre principais e secundrios, o texto menciona como causas de origem antrpica da proliferao de medusas:
(UFPR - 2018 - 1 FASE) A exploso das medusas em todo o mundo se deve a uma srie de fatores inter-relacionados. Uma das principais causas o excesso de pesca de seus predadores naturais, como o atum, o que ao mesmo tempo elimina a concorrncia pelo alimento e o espao de reproduo. Em paralelo, diversas atividades humanas em regies costeiras tambm ajudam a explicar o fenmeno: ali onde enormes quantidades de nutrientes so jogadas no mar (em forma de resduos agrcolas, por exemplo), produzindo grandes exploses de populaes de algas e plnctons, que consomem o oxignio da gua e geram as denominadas zonas mortas. No muitos peixes e mamferos aquticos conseguem sobreviver nelas, mas as medusas sim, alm de encontrarem no plncton uma fonte de alimentao abundante e ideal. Quando as populaes de medusas conseguem se estabelecer, as larvas de outras espcies acabam sendo parte do cardpio tambm, desequilibrando a cadeia trfica. As medusas so, alm disso, um dos poucos vencedores naturais da mudana climtica, j que seu ciclo reprodutivo favorecido pelo aumento da temperatura nos ciclos ocenicos. Mas h mais fatores. Existem evidncias de que certas espcies de medusa se reproduzem com mais facilidade junto a estruturas costeiras artificiais, como molhes e peres. Por isso, difcil saber se os esforos para deter, ou at reverter a mudana climtica, representam uma soluo crescente presena de medusas nos mares, pelo menos enquanto continuem gerando problemas em ecossistemas costeiros e cadeias alimentares marinhas. [...] No entanto e no muito longe de Monte Hermoso um cientista elucubra uma ideia mais interessante: se queremos resolver o problema das medusas, temos de parar de v-las como um mal, e comear a v-las como comida. (Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/ciencia/1537282711_864007.html) Entre o segmento Quando as populaes de medusas conseguem se estabelecer e o segmento as larvas de outras espcies acabam sendo parte do cardpio tambm, exprime-se uma relao de: