(UFU - 2021 - 1ª fase) “São populistas os políticos que enganam o povo com promessas nunca cumpridas ou, pior ainda, os que articulam retórica fácil com falta de caráter em nome de interesses pessoais. É o populismo, afinal, que demonstra como ‘o povo não sabe votar’ ou, em versão mais otimista, ‘ainda não aprendeu a votar’. Daí decorre uma série de desdobramentos lamentáveis que, no limite e paradoxalmente, podem justificar a supressão do voto em nome da ‘boa política’. Desta forma, o princípio de classificação, que identifica a categoria da experiência brasileira, acabou por ser associado a um critério de valor que hierarquiza e condena in totum [integralmente] o populismo e tudo que ele possa adjetivar”.
FERREIRA, Jorge. O nome e a coisa: o populismo na política brasileira. In: O populismo e sua história: debate e crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
De acordo com o argumento apresentado, o populismo estaria associado
a uma justificativa para a instauração de regimes autoritários no Brasil.
às práticas patrimonialistas que estruturam a política nacional.
à necessidade de expandir o direito ao voto no país.
à reduzida participação política no Brasil.