(UFU - 2015 - 2aFASE) Uma dvida lhe veio, ele era branco; ela mulata. Mas, que tinha isto? Havia tantos casos... Lembra-se de alguns...E ela estava to convencida de haver uma paixo sincera no valdevinos, que, ao fazer esse inqurito, j recolhida, ofegava, chorava, e os seus seios duros quase estouravam de virgindade e ansiedade de amar. BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. So Paulo: Tecnoprint/Ediouro, s/d. p. 100. A) Elabore um texto explicando quais as consequncias advindas do rpido romance entre a ingnua Clara dos Anjos e o conquistador Cassi Jones, em pleno Rio de Janeiro do sculo XIX. B) Elabore um texto explicando os motivos da reao negativa de Dona Salustiana, me de Cassi Jones, quando Clara dos Anjos a visitou acompanhada de Dona Margarida.
(UFU - 2015 - 2aFASE) Para uma corrente de respeitveis cientistas, entre os quais despontou o fsico Stephen Hawking, o desenvolvimento de uma inteligncia artificial completa poder resultar na destruio da raa humana. Para outra, liderada pelo tecnlogo Ray Kurzweil, tal advento significar o fim da maioria de nossos problemas. Quem tem razo? Envolvendo fenmenos extremamente complexos - tecnologia e inteligncia -, a discusso se envolve em tantas incertezas que, em tese, os dois lados podem estar certos. Tome-se o desenvolvimento tecnolgico. Quanto mais avanos houver, mais abrangentes sero as solues, mas tambm sero maiores os riscos subjacentes. medida em que as mquinas forem se tornando mais inteligentes, ser natural que recebam um nmero cada vez maior de tarefas, o que tender a aumentar a interdependncia dos sistemas. Tambm aumentar, todavia, a vulnerabilidade a eventos extremos. A ameaa maior, entretanto, estaria contida na possibilidade de as mquinas decidirem se livrar dos humanos. Esse raciocnio tem dois pressupostos no comprovados. O primeiro o de que a evoluo da inteligncia leva inexoravelmente a uma conscincia. Esta, se de fato resultar de processos fsicos que ocorrem no crebro, em tese poderia ser replicada em circuitos de computador. Contudo, no existe certeza quanto a isso e no se chegou nem perto de reproduzir tal fenmeno. Alis, mesmo que computadores desenvolvam conscincia, eles poderiam se guiar por padres diferentes dos humanos - sendo, por exemplo, muito mais (ou muito menos) cooperativos do que ns. O segundo pressuposto o de que o livre-arbtrio existe - necessrio para a mquina tomar a deciso de partir ao ataque. No entanto, experimentos recentes sugerem que essa noo ilusria. Folha de S. Paulo, 31 de dezembro de 2014, caderno A2 (adaptado). Com base no texto, redija A) um pargrafo sintetizando a tese defendida pelo autor. B) um pargrafo explicitando a predominncia de emprego do presente do Indicativo.
(UFU - 2015 - 1 FASE) Acender as velas Z Keti (1965). Acender as velas J profisso Quando no tem samba Tem desiluso mais um corao Que deixa de bater Um anjo vai pro cu Deus me perdoe Mas vou dizer O doutor chegou tarde demais Porque no morro No tem automvel pra subir No tem telefone pra chamar E no tem beleza pra se ver E a gente morre sem querer morrer. Disponvel em: http://letras.mus.br/ze-keti/197272/ De acordo com a cano de Z Keti, assinale a alternativa correta.
(UFU - 2015 - 2aFASE) O anncio publicitrio, produzido por uma revista para divulgar seus blogs, dialoga com outro texto. Considerando essa informao, a) indique que texto esse e explique o processo de intertextualidade que se estabelece entre ele e o anncio publicitrio. b) explique de que maneira a linguagem no verbal do anncio publicitrio contribui com o dilogo estabelecido entre os dois textos.
(UFU-MG-2014 - Meio do ano) 28 O abandono do lugar me abraou de com fora. E atingiu meu olhar para toda a vida. Tudo que conheci depois veio carregado de abandono. No havia no lugar nenhum caminho de fugir. A gente se inventava de caminhos com as novas palavras. A gente era como pedao de formiga no cho. Por isso o nosso gosto era s de desver o mundo. BARROS, Manoel de. Poesia completa. So Paulo: Leya, 2010. p. 463. Verifica-se na obra de Manoel de Barros:
(UFU - 2014 - Meio do ano) Encruzilhada tica Observar e denunciar posturas inadequadas algo que exige uma longa reflexo moral sobre os prprios valores e os cdigos enraizados na vida social. No filme Fale com Ela, do cineasta espanhol Pedro Almodvar, um enfermeiro cuida de sua paciente de 24 anos, em estado vegetativo, numa clnica de Madri. Ele perdidamente apaixonado pela garota. Com sua companheira de labuta, o profissional a lava todos os dias, corta os cabelos da enferma e mantm suas unhas pintadas regularmente. Um belo dia faz sexo com a jovem e descobre-se que ela est grvida. Diante da situao, o enfermeiro denunciado, considerado culpado e acaba sendo preso. O caso extremo e faz parte da fico cinematogrfica. Mas, tomando a trama como verdadeira, o que voc faria se fosse a companheira de trabalho do enfermeiro e descobrisse o ato? Denunciaria ou no seu colega? E em outras situaes nas quais tambm nos deparamos com profundas questes morais, como denunciar uma falcatrua, seja ela do chefe ou da empresa, colocando a perder, respectivamente, o sustento da famlia, o prprio emprego e o emprego de toda uma equipe? O que fazer? GALLI, Marcelo. Encruzilhada tica. Filosofia: cincia e vida. So Paulo: Editora Escala. Ano 1, n. 1, 2006. p. 44-51. (Fragmento) Considerando o ttulo do texto, a chamada apresentada abaixo desse ttulo e o veculo em que ele foi publicado, a saber, uma revista de divulgao cientfica, as sequncias textuais injuntivas, apresentadas no trecho em negrito, cumprem, primordialmente, a funo de
(UFU- 2014 - Meio do ano) Os jornais impressos do Brasil apresentam as informaes com maior nvel de confiana, quando comparados a outros meios de comunicao, como TV, internet, rdio e revistas, aponta pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicao Social da Presidncia da Repblica (Secom), divulgada nesta sexta-feira, 7. De acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados que usam jornal impresso afirmaram confiar sempre ou muitas vezes nas notcias veiculadas. Disponvel em: . Acesso: 7 mar. 2014. No laboratrio, os cientistas submeteram os ratos a provas de comportamento nas quais usaram diferentes adoantes e acares e observaram as respostas qumicas em seus crebros com o sinal de recompensa. Quando os cientistas aplicaram substncias que interferiam na converso de acar em energia, o interesse dos ratos pelos adoantes artificiais diminuiu significativamente e, com isso, baixaram os nveis de dopamina no crebro. Disponvel em:. Acesso: 12 fev. 2014. (fragmento) Considerando o emprego dos termos em destaque, conclui-se que
(UFU -2014 - Meio do ano) Nis quer carro e manso, n? Por que no? T bem patro de avio, n? Por que no? Quer opo, quer salmo, n? Por que no? Ser feliz, jo, diz a, por que no? Disponvel em: . Acesso em 4 mar. 2014. Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido como Emicida, um rapper brasileiro reconhecido pelo grande pblico e pela crtica especializada. No trecho da letra da cano Gueto, de sua autoria, a palavra patro, no segundo verso,
(UFU - 2014/Meio do ano) Considere a situao comunicativa apresentada a seguir. O mdico chega de manh ao hospital e pergunta ao paciente: Como estamos hoje? Como passamos a noite? FIORIN, Jos Luiz. Disponvel em: http://revistalingua.uol.com.br. Acesso: 12 fev. 2014. A forma pronominal ns, implcita no texto, refere-se
(UFU-MG-2014 - Meio do ano) Cinco Hídrias I Elas apoiam as hídrias sobre os joelhos E recolhem a água na casa da Fonte. Vestidas de negro, os cabelos presos Soltam-se pesadamente Em colos e ombros Nem a água tem contornos tão simples O escuro verniz é semeado de alvuras Em gestos graciosos elas detêm O efêmero. SILVA, Dora Ferreira. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004, p.58. Com relação à obra Hídrias, assinale a alternativa correta.
(UFU 2014 - Meio do ano) Considere o diálogo a seguir. Não comprei o presente da Maria Luiza. Há um shopping aqui perto. José Luiz Fiorin. Disponível em http://revistalingua.uol.com.br. Acesso: 12 fev. 2014. Considerando a situação de uso da língua, apresentada no diálogo acima, infere-se que
(UFU/MG - 2014 - Meio do ano) Um canguru cinzento surpreendeu os usurios e os seguranas do estacionamento do aeroporto de Melbourne, na Austrlia. O animal, de 3 anos de idade, circulou pelo local e escapou do cerco feito pelos guardas. Acabou sendo capturado depois de receber sedativos do servio de proteo aos animais. Um dos responsveis pelo resgate disse que as unhas do canguru estavam desgastadas de tanto que ele saltou sobre o asfalto e que o animal provavelmente estava sentindo fortes dores. Segundo a imprensa australiana, o animal vai ser mantido em cativeiro e observado por um veterinrio, at ser devolvido natureza selvagem. Disponvel em: http://www.estadao.com.br. Acesso: 10 fev. 2014. (fragmento) O produtor do texto nos apresenta um quadro bem definido a respeito de um acontecimento. A configurao do texto evidencia a predominncia do tipo textual
(UFU-MG-2014-Meio do ano) Em busca da liberdade Autora de A vida secreta das abelhas lança novo romance sobre a escravidão nos EUA A escritora americana Sue Monk Kidd tornou-se conhecida com o best-seller A vida secreta das abelhas, que ficou mais de cem semanas na lista dos mais vendidos do New York Times e ganhou adaptação nos cinemas com as atrizes Queen Latifah e Dakota Fanning em 2008. É com essa bagagem que Sue lança agora A invenção das asas. O livro conta a história de duas mulheres: Sarah, uma personagem forte e questionadora da sociedade do sul dos EUA no século 19, e Hetty, uma escrava que Sarah ganhou de presente quando criança. Passando por temas como a luta contra o racismo, o feminismo e a liberdade, o romance entrelaça realidade e ficção e foi elogiado pela apresentadora Oprah Winfrey, que o recomendou para seu clube de leitura. NUNES, Amanda. Em busca da liberdade. TPM, São Paulo, ano 13, n. 139, p. 31, fev. 2014. O texto, publicado em uma revista feminina, foi produzido com o objetivo de
(UFU-MG-2014-Meio do ano) Foi o bode! Algumas pessoas parecem verdadeiros mestres na arte de fazer com que os outros se sintam culpados. E para isso empregam estratégias cognitivas complexas, ainda não suficientemente estudadas no âmbito psicossocial, diz a doutora em psicologia com formação em filosofia Maria Miceli, pesquisadora do Instituto de Ciência e Tecnologia da Cognição (ISTC), na Itália. No âmbito pessoal, quando apontamos o responsável por algo ruim aparentemente nos preservamos, colocamos o mal fora de nós. Num nível mais amplo, estratégias de culpabilização contribuem para o aprendizado e interiorização de normas sociais, além de funcionar como instrumento para exercitar o próprio poder sobre o outro, afirma Miceli. Em muitas famílias e até empresas cultiva-se a cultura do bode expiatório: alguém, nem sempre a mesma pessoa em todas as ocasiões, tem de arcar com o peso do erro. Na tradição judaica, durante a cerimônia do Yom Kippur, animais eram sacrificados no templo ou deixados sós na natureza, sem água ou alimento. Simbolicamente, seu sofrimento expiaria os pecados dos homens daí o uso do termo quando uma única pessoa é culpabilizada por todo o grupo. CICERONE, Paola. Foi o bode!. Mentecérebro. São Paulo: Ediouro Duetto Editorial. Ano XX, n. 253, fev., 2014. p. 29. (fragmento adaptado) Segundo o texto, a expressão bode expiatório decorre da relação estabelecida entre fazer alguém arcar com o peso de um erro que não foi seu ou apenas seu e o sacrifício de animais na cultura judaica como forma de expiação dos pecados dos homens. Esse tipo de explicação se sustenta sobre o mecanismo discursivo da
(UFU-MG-2014-Meio do ano) Trocar o dia pela noite faz mal à saúde, avisa um time de pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Texas, em Dallas. A pesquisa acaba de ser publicada na revista Science e pode desmentir a mística de que certas tarefas mentais podem ser estimuladas se embaladas pelo silêncio inspirador e criativo das madrugadas. DA EDIÇÃO. Boa noite para você. Carta Capital. São Paulo: Editora Confiança. Ano XIX, n. 775, 20 nov., 2013. p. 83. (fragmento) No fragmento, o verbo avisa, presente no trecho Trocar o dia pela noite faz mal à saúde, avisa um time de pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Texas, em Dallas, confere a esse enunciado um tom de