(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
Parece notícia velha, mas a ciência e o ensino da ciência continuam sob ataque. No portal www.brasilescola.com há um texto de Rainer Sousa, da Equipe Brasil Escola, que discute a origem do homem. No final, o texto diz: “sendo um tema polêmico e inacabado, a origem do homem ainda será uma questão
capaz de se desdobrar em outros debates. Cabe a cada um adotar, por critérios pessoais, a corrente explicativa que lhe parece plausível”. “Critérios pessoais” para decidir sobre a origem do homem? A religião como “corrente explicativa” sobre um tema científico, amplamente discutido e comprovado,
dos fósseis à análise genética? Como é possível essa afirmação de um educador, em pleno século 21, num portal que leva o nome do nosso país e se dedica ao ensino?
(Marcelo Gleiser. Folha de S.Paulo, 13.02.2011. Adaptado.)
O pensamento de Marcelo Gleiser é expresso por meio de uma
perspectiva conciliatória entre religião e ciência acerca da origem do homem.
abordagem do conflito entre criacionismo e evolucionismo sob um ponto de vista liberal, defendendo a liberdade individual para escolher qual adotar.
pressuposição de que a teoria da evolução das espécies de Charles Darwin é anacrônica e, portanto, inapropriada para explicar a origem do homem.
crítica da posição adotada pela Equipe Brasil Escola, por seu teor de irracionalismo.
pressuposição segundo a qual, no que tange à origem do homem, os critérios subjetivos devem prevalecer sobre os critérios empíricos.