(UNESP - 2012/2 - 1a fase)
O psicólogo Drew Westen mostrou que, na política, emoções falam mais alto que a lógica. Ele monitorou os cérebros de militantes partidários enquanto viam seus candidatos favoritos caindo em contradição. Como previsto, eles não tiveram dificuldade para perceber a incongruência do “inimigo”, mas foram bem menos críticos em relação ao “aliado”. Segundo Westen, quando confrontados com informações ameaçadoras às nossas convicções políticas, redes de neurônios associadas ao estresse são ativadas. O cérebro percebe o conflito e tenta desligar a emoção negativa. Circuitos encarregados de regular emoções recrutam, então, crenças capazes de eliminar o estresse. A contradição é apenas fracamente percebida.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 07.02.2012.)
A tese exposta no texto expõe uma dificuldade em compreender a contradição entre convicções pessoais e fatos objetivos. De acordo com o texto, essa contradição está relacionada
à capacidade da razão de prevalecer sobre interferências de natureza emocional.
às fortes tendências de manipulação do noticiário político pelos meios de comunicação.
a estados patológicos que dificultam a tarefa de compreensão racional da realidade.
a mecanismos neurológicos de proteção contra ideias e emoções ameaçadoras.
à defasagem entre valores éticos e interesses pessoais no campo político e partidário.