(UNESP - 2013 - 1a fase)
Desde o início da semana, alunos da rede municipal de Vitória da Conquista, na Bahia, não vão mais poder cabular aulas. Um “uniforme inteligente” vai contar aos pais se os alunos chegaram à escola – ou “dedurar” se eles não passaram do portão. O sistema, baseado em rádio-frequência, funciona por
meio de um minichip instalado na camiseta do novo uniforme, que começou a ser distribuído para 20 mil estudantes na segunda-feira. Funciona assim: no momento em que os alunos entram na escola, um sensor instalado na portaria detecta o chip e envia um SMS aos pais avisando sobre a entrada na instituição.
(Natália Cancian. Uniforme inteligente entrega aluno que cabula aula na Bahia. Folha de S.Paulo, 22.03.2012.)
A leitura do fato relatado na reportagem permite repercussões filosóficas relacionadas à esfera da ética, pois o “uniforme inteligente”
está inserido em um processo de resistência ao poder disciplinar na escola.
é fruto de uma ação do Estado para incrementar o grau de liberdade nas escolas.
indica a consolidação de mecanismos de consulta democrática na escola pública.
introduz novas formas institucionais de controle sobre a liberdade individual.
proporciona uma indiscutível contribuição científica para a autonomia individual.