(UNESP - 2016 - 1ª FASE)
Duas fortes motivações converteram-se em molas de composição desta obra:
a) por um lado, o desejo de contar e cantar episódios em torno de uma figura lendária que trazia em si os atributos do herói, entendido no senso mais lato possível de um ser entre humano e mítico, que desempenha certos papéis, vai em busca de um bem essencial, arrosta perigos, sofre mudanças extraordinárias, enfim vence ou malogra...;
b) por outro lado, o desejo não menos imperioso de pensar o povo brasileiro, nossa gente, percorrendo as trilhas cruzadas ou superpostas da sua existência selvagem, colonial e moderna, à procura de uma identidade que, de tão plural que é, beira a surpresa e a indeterminação.
(Alfredo Bosi. Céu, inferno, 2003. Adaptado.)
Tal comentário aplica-se à obra
Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
Vidas secas, de Graciliano Ramos.
Macunaíma, de Mário de Andrade.
Os sertões, de Euclides da Cunha
Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.