(UNESP - 2017 - 1ª FASE)
O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seus valores estejam sendo atacados por elementos como os fundamentalistas americanos e o islamismo radical, isto é, pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo”. Estas palavras do historiador britânico Anthony Pagden chegam em um momento em que algumas forças insistem em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo é um projeto importante e em incessante evolução. Proporciona uma imagem de um mundo capaz tanto de alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar-se das restrições do tipo de normas morais oferecidas pelas comunidades religiosas e suas análogas ideologias laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusive, o comunitarismo”, afirma Pagden.
(Winston Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.)
No texto, o Iluminismo é entendido como
um impulso intelectual propagador de ideologias políticas e religiosas contrárias à hegemonia do Ocidente.
um movimento filosófico e intelectual de valorização da razão, da liberdade e da autonomia, restrito ao século XVIII.
uma tendência de pensamento legitimadora do domínio colonialista e imperialista exercido pelas nações europeias.
um projeto intelectual eurocêntrico baseado em imagens de mundo dotadas de universalidade teológica.
uma experiência intelectual racional e emancipadora, de origem europeia, porém passível de universalização.