(UNESP - 2017/2 - 1a fase)
Texto 1
O professor não se aproveitará da audiência cativa dos estudantes para promover os seus próprios interesses, opiniões ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias. Ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito. O professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.
www.programaescolasempartido.org. Adaptado.
Texto 2
Ciências sempre incluem controvérsias, mesmo física e química. Se não ensinamos isso também, ensinamos errado. E o mesmo vale para história e sociologia – o professor precisa ensinar Karl Marx, mas também Adam Smith e Émile Durkheim. Mas o conhecimento que precisa ser passado é essencialmente científico – o que não inclui o criacionismo, que é uma teoria religiosa. Com todo respeito, mas família é família, e sociedade é sociedade: a família pode ter crenças de preconceito homofóbico ou contra a mulher, por exemplo, e não se pode deixar que um jovem nunca seja exposto a um ponto de vista diferente desses. Ele tem que ser exposto a outros valores.
Renato Janine Ribeiro. https://educacao.uol.com.br, 21.07.2016. Adaptado.
O confronto entre os dois textos permite concluir corretamente que
ambos atribuem a mesma importância à fé religiosa e à ciência como fundamentos educativos.
ambos defendem o relativismo no campo dos valores morais, valorizando a aceitação das diferenças.
as duas abordagens valorizam a doutrinação ideológica do professor sobre o aluno no campo educativo.
o texto 1 assume uma posição moralmente conservadora, enquanto o texto 2 defende uma educação pluralista.
o texto 1 é contrário a preconceitos morais, enquanto o texto 2 denuncia o cientificismo na educação.