(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE)
Concentração e controle, em nossa cultura, escondem-se em sua própria manifestação. Se não fossem camuflados, provocariam resistências. Por isso, precisa ser mantida a ilusão e, em certa medida, até a realidade de uma realização individual. Por pseudo-individuação entendemos o envolvimento da cultura de massas com uma aparência de livre-escolha. A padronização musical mantém os indivíduos enquadrados, por assim dizer, escutando por eles. A pseudo-individuação, por sua vez, os mantém enquadrados, fazendo-os esquecer que o que eles escutam já é sempre escutado por eles, “pré-digerido”.
(Theodor Adorno. “Sobre música popular”. In: Gabriel Cohn (org.). Theodor Adorno, 1986. Adaptado.)
Em termos filosóficos, a pseudo-individuação é um conceito
identificado com a autonomia do sujeito na relação com a indústria cultural.
que identifica o caráter aristocrático da cultura musical na sociedade de massas.
que expressa o controle disfarçado dos consumidores no campo da cultura.
aplicável somente a indivíduos governados por regimes políticos totalitários
relacionado à autonomia estética dos produtores musicais na relação com o mercado.