(UNESP - 2021 - 1ª fase - DIA 2)
A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”, recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo com a necessária justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram “necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da África no século XIX eram
desdobramentos do pensamento ilustrado, que valorizava a liberdade e a igualdade social e de natureza.
manifestações ideológicas que buscavam justificar a exploração e o domínio europeus sobre o continente africano.
baseadas no pensamento lamarckista, que explicava a transmissão genética de características fisiológicas e intelectuais adquiridas.
validadas pela defesa darwinista do direito dos superiores se imporem aos demais seres vivos.
sustentadas pelo pensamento antropológico, que tratava as diferenças culturais dos diversos povos como positivas e necessárias.