(UNESP - 1ª FASE)
O diabo parece ter sido estranho tanto para os tupis do Brasil quanto aos nauas, maias, incas e demais povos americanos. O cosmos maia era neutro, as forças e os seres sagrados “não eram nem bons, nem ruins, mas apenas caprichosos”. [...] A cosmologia das populações andinas não contava com a noção de mal personificada num ser satânico [...].
(Laura de Mello e Souza. Inferno atlântico. Demonologia e colonização: Séculos XVI-XVIII, 1993.)
O excerto permite afirmar que
os sacrifícios humanos realizados por alguns povos nativos da América eram destituídos de significado religioso.
a influência do catolicismo europeu na colonização da América facilitou a preservação de elementos religiosos nativos.
a carência da noção de mal nas culturas originárias da América indica a ingenuidade e a pureza dos povos nativos.
os povos nativos americanos tinham uma visão religiosa binária e incompleta das forças que os afetavam.
a presença de representações do diabo no imaginário americano derivou do processo colonizador.