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Questões - UNICAMP 2016 | Gabarito e resoluções

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Questão 88
2016Português

(UNICAMP - 2016 - 1 fase) Quanto ao conto Negrinha, de Monteiro Lobato, corretoafirmar que:

Questão 89
2016Português

(UNICAMP - 2016 -1 fase) Morro da Babilnia noite, do morro descem vozes que criam o terror (terror urbano, cinquenta por cento de cinema, e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na lngua Geral). Quando houve revoluo, os soldados espalharam no morro, o quartel pegou fogo, eles no voltaram. Alguns, chumbados, morreram. O morro ficou mais encantado. Mas as vozes do morro no so propriamente lgubres. H mesmo um cavaquinho bem afinado que domina os rudos da pedra e da folhagem e desce at ns, modesto e recreativo, como uma gentileza do morro. (Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo. So Paulo:Companhia das Letras, 2012, p.19.) No poema Morro da Babilnia, de Carlos Drummond deAndrade,

Questão 90
2016Português

(UNICAMP - 2016 - 1 fase) Leia o seguinte trecho da obra Terra Sonmbula, de MiaCouto, extrado do Sexto caderno de Kindzu, subintituladoO regresso a Matimati. Lembrei meu pai, sua palavra sempre azeda: agora, somos um povo de mendigos, nem temos onde cair vivos. Era como se ainda escutasse: - Mas voc, meu filho, no se meta a mudar os destinos. Afinal, eu contrariava suas mandanas. Fossem os naparamas, fosse o filho de Farida: eu no estava a deixar o tempo quieto. Talvez, quem sabe, cumprisse o que sempre fora: sonhador de lembranas, inventor de verdades. Um sonmbulo passeando entre o fogo. Um sonmbulo como a terra em que nascera. Ou como aquelas fogueiras por entre as quais eu abria caminho no areal. (Mia Couto, Terra Sonmbula. So Paulo: Companhia de Bolso, 2015, p. 104.) Na passagem citada, a personagem Kindzu recorda osensinamentos de seu pai diante do estado desolador emque se encontrava sua terra, assolada pela guerra, ereflete sobre a coerncia de suas aes em relao a taisensinamentos. Levando em considerao o contexto danarrativa do romance de Mia Couto, correto afirmar que:

Questão
2016Português

(UNICAMP - 2016 - 2 fase) Em ensaio publicado em 2002, Nicolau Sevcenko discorre sobre a repercusso da obra de Euclides da Cunha no pensamento poltico nacional. Acima de tudo Euclides exaltava o papel crucial do agenciamento histrico da populao brasileira. Sua maior aposta para o futuro do pas era a educao em massa das camadas subalternas, qualificando as gentes para assumir em suas prprias mos seu destino e o do Brasil. Por isso se viu em conflito direto com as autoridades republicanas, da mesma forma como outrora lutara contra os tiranetes da monarquia. Nunca haveria democracia digna desse nome enquanto prevalecesse o ambiente mesquinho e corrupto da repblica dos medocres(...). Gente incapaz e indisposta a romper com as mazelas deixadas pelo latifndio, pela escravido e pela explorao predatria da terra e do povo. (...) Euclides exps a mistificao republicana de uma ordem excludente e um progresso comprometido com o legado mais abominvel do passado. Sua morte precoce foi um alvio para os csares. A histria, porm, orgulhosa de quem a resgatou, no deixa que sua voz se cale. (Nicolau Sevcenko, O outono dos csares e a primavera da histria. Revista da USP, So Paulo, n. 54, p. 30-37, jun-ago 2002.) a) No ltimo perodo do texto, h uma ocorrncia do conectivo porm. Que argumentos do texto so articulados por esse conectivo? b) Apresente o argumento que embasa a posio atribuda a Euclides da Cunha em relao ao lema da Bandeira Nacional

Questão
2016Português

(UNICAMP - 2016) possvel fazer educao de qualidade sem escola possvel fazer educao embaixo de um p de manga? No s , como j acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guin-Bissau e Moambique. Decepcionado com o processo de ensinagem, o antroplogo Tio Rocha pediu demisso do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento). Curvelo, no Serto mineiro, foi o laboratrio da escola que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianas e familiares na pedagogia da roda. A roda um lugar da ao e da reflexo, do ouvir e do aprender com o outro. Todos so educadores, porque esto preocupados com a aprendizagem. uma construo coletiva, explica. O educador diz que a roda constri consensos. Porque todo processo eletivo um processo de excluso, e tudo que exclui no educativo. Uma escola que seleciona no educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, s que cada um no seu ritmo, no podemos uniformizar. Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionrio de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abrao, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabo e at oficinas de cafun. Esta ltima foi provocada depois que um garoto perguntou: Tio, como fao para conquistar uma moleca? Foi a deixa para ele colocar questes de sexualidade na roda. Para resolver a falncia da educao, Tio inventou uma UTI educacional, em que mes cuidadoras fazem biscoito escrevido e folia do livro (biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetizao. E ainda colocou em uso termos como empodimento, aps vrias vezes ser questionado pelas comunidades: Pode [fazer tal coisa], Tio? Seguida da resposta certeira: Pode, pode tudo. Aos 66 anos, Tio diz estar convicto de que a escola do futuro no existir e que ela ser substituda por espaos de aprendizagem com todas as ferramentas possveis e necessrias para os estudantes aprenderem. Educao se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e h dcadas d sinais de falncia. No precisamos de sala, precisamos de gente. No precisamos de prdio, precisamos de espaos de aprendizado. No precisamos de livros, precisamos ter todos os instrumentos possveis que levem o menino a aprender. Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que terceira idade para fruta: verde, madura e podre, Tio diz se sentir privilegiado de viver o que j viveu e acreditar na utopia de no haver mais nenhuma criana analfabeta no Brasil. Isso no uma poltica de governo, nem de terceiro setor, uma questo tica, pontua. A partir da identificao de vrias expresses nominais aolongo do texto, correto afirmar que:

Questão
2016Redação

(UNICAMP - 2016 - 2 fase - REDAO) Texto 2 Voc est participando de um curso sobre o livro O sentimento de si: corpo, emoo e conscincia, de autoria do neurocientista Antnio Damsio. Uma das avaliaes do curso consiste na produo de um texto de divulgao cientfica a ser publicado em um blog do curso. O objetivo do seu texto ser o de divulgar as ideias do autor para um pblico mais amplo, especialmente para alunos do ensino mdio. Voc dever escrever o seu texto sobre o tema da induo das emoes, baseado no excerto abaixo, incluindo: a) uma explicao sobre indutores de emoo com exemplos do prprio texto; b) uma breve narrativa que exemplifique processos de induo de emoes; c) uma finalizao baseada no fechamento do texto original. Lembre-se de que o texto de divulgao cientfica dever ter um ttulo adequado aos contedos tratados.

Questão
2016Biologia

(UNICAMP - 2016) A concentração de na atmosfera em uma floresta varia ao longo de um dia e está intimamente associada com a fisiologia (fotossíntese e respiração) das espécies presentes. A concentração de na atmosfera também varia em função da disponibilidade de água no ambiente. Considerando o gráfico abaixo, é correto afirmar que

Questão
2016Português

(UNICAMP - 2016 - 1 fase) Considere que uma das funes da comdia corrigir oscostumes ou criticar os valores de uma sociedade em umperodo histrico. O cmico em Lisbelae o prisioneiro

Questão
2016Biologia

(UNICAMP - 2016) De acordo com o cladograma a seguir, é correto afirmar que:

Questão
2016Português

(UNICAMP- 2016 - 1 fase) A publicidade acima foi divulgada no site da agnciaFAMIGLIA no dia 24 de janeiro de 2007, vspera doaniversrio de So Paulo, no perodo em que foi propostaa campanha Cidade Limpa. Na base da foto, em letrasbem pequenas, est escrito: Tomara, mas tomara mesmo,que nos prximos aniversrios o paulistano comemore umacidade nova de verdade. Considerando os sentidos produzidos por esse anncio, correto afirmar:

Questão
2016Biologia

(UNICAMP - 2016) Na antiguidade, alguns cientistas e pensadores famosos tinham um conceito curioso sobre a origem da vida e em alguns casos existiam at receitas para reproduzir esse processo. Os experimentos de Pasteur foram importantes para a mudana dos conceitos e hipteses alternativas para o surgimento da vida. Evidncias sobre a origem da vida sugerem que:

Questão
2016Redação

(UNICAMP - 2016 - 2 fase - REDAO) Texto 1 Voc um estudante universitrio que participar de um concurso de resenhas, promovido pelo Centro de Apoio ao Estudante (CAE), rgo que desenvolve atividades culturais em sua Faculdade. Esse concurso tem o objetivo de estimular a leitura de obras literrias e ampliar o horizonte cultural dos estudantes. A resenha ser lida por uma comisso julgadora que dever selecionar os dez melhores textos, a serem publicados. Voc escolheu resenhar a fbula de La Fontaine transcrita abaixo. Em seu texto, voc dever incluir: a) uma sntese da fbula, indicando os seus elementos constitutivos; b) a construo de uma situao social anloga aos fatos narrados, que envolva um problema coletivo; c) um fechamento, estabelecendo relaes com a temtica do texto original. Seu texto dever ser escrito em linguagem formal, dever indicar o ttulo da obra e ser assinado com um pseudnimo. A Deliberao Tomada pelos Ratos Rodilardo, gato voraz, aprontou entre os ratos tal matana, que deu cabo de sua paz, de tantos que matava e guardava na pana. Os poucos que sobraram no se aventuravam a sair dos buracos: mal se alimentavam. Para eles, Rodilardo era mais que um gato, era o prprio Sat, de fato. Um dia em que, pelos telhados, foi o galante namorar, aproveitando a trgua, os ratos, assustados, resolveram confabular e discutir um modo de solucionar esse grave problema. O decano, prudente, definiu a questo: simples alta de aviso, j que o ato chegava, solerte. Era urgente amarrar-lhe ao pescoo um guizo, concluiu o decano, rato de juzo. Acharam a ideia excelente, e aplaudiram seu autor. Restava, todavia, um pequeno detalhe a ser solucionado: quem prenderia o guizo e qual se atreveria? Um se esquivou, dizendo estar muito ocupado; Outro alegou que andava um tanto destreinado em dar laos e ns. E a bela ideia teve triste final. Muita assembleia, ao fim nada decide mesmo sendo de frades ou de venerveis abades... Deliberar, deliberar... conselheiros, existem vrios, mas quando para executar, onde esto os voluntrios? (Fbulas de La Fontaine. Traduo de Milton Amado e Eugnia Amado. Belo Horizonte: Itatiaia, 2003, p. 134-136) Glossrio Abade: superior de ordem religiosa que dirige uma abadia. Frade: indivduo pertencente a ordem religiosa cujos membros seguem uma regra de vida e vivem separados do mundo secular. Decano: o membro mais velho ou mais antigo de uma classe, assembleia, corporao, etc. Guizo: pequena esfera de metal com bolinhas em seu interior que, quando sacudida, produz um som tilintante. Solerte: engenhoso, esperto, sagaz, ardiloso, arguto, astucioso.

Questão
2016Português

(UNICAMP - 2016 - 1 fase) Leia o poema Mar Portugus, de Fernando Pessoa. MAR PORTUGUS mar salgado, quanto do teu sal So lgrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mes choraram, Quantos filhos em vo rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma no pequena. Quem quer passar alm do Bojador Tem que passar alm da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele que espelhou o cu. (Disponvel em http://www.jornaldepoesia.jor.br/fpesso03.html.) No poema, a apstrofe, uma figura de linguagem, indicaque o enunciador

Questão
2016Português

(UNICAMP - 2016 - 2 fase) No livro Veneno Remdio - o futebol e o Brasil (So Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 14), o msico, compositor e ensasta Jos Miguel Wisnik afirma que o futebol se tornou uma espcie de lngua geral, vlida para todos, que pe em contato as populaes de todos os continentes. Leia a seguir dois trechos em que o autor explora essa analogia: (...) Nada nos impede de dizer que os lances criativos mais surpreendentes no dispensam a prosa corrente do arroz com feijo do jogo, necessrio a toda partida. Ou de constatar, na literatura como no futebol, que a prosa pode ser bela, ntegra, articulada e fluente, ou burocrtica e andina, e a poesia, imprevista, fulgurante e eficaz, ou firula retrica sem nervo e sem alvo. (...) o futebol o esporte que comporta mltiplos registros, sintaxes diversas, estilos diferentes e opostos, e gneros narrativos, a ponto de parecer conter vrios jogos dentro de um nico jogo. A sua narratividade aberta s diferenas ter relao, muito possivelmente, com o fato de ter se tornado o esporte mais jogado no mundo, como um modelo racional e universalmente acessvel que fosse guiado por uma ampla margem de diversidade interna, capaz de absorver e expressar culturas. a) O autor v o futebol como formas de prosa e de poesia. Embora ambas as formas sejam consideradas necessrias, cada uma tem um lado negativo. Indique-os. b) Apresente dois argumentos por meio dos quais o autor justifica sua afirmao de que o futebol uma espcie de lngua geral.

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