(UNICAMP - 2018 - 1ª FASE)
Estamos acostumados a considerar que o sistema centro/periferia, ao menos no Ocidente, é um eixo essencial da estrutura e do funcionamento no espaço das economias, das sociedades, das civilizações. O historiador Fernand Braudel estimou que tal sistema só existiu e funcionou plenamente a partir do século XV. Essa definição não se aplica à Cristandade Medieval sem importantes correções. A noção de centro e a oposição centro/periferia são menos decisivas que outros sistemas de orientação espacial. O principal sistema é o que opõe o baixo ao alto, quer dizer, o Aqui, esse “mundo” imperfeito e marcado pelo Pecado Original, ao céu, morada de Deus.
(Adaptado de Jacques Le Goff e Jean-Claude Schmitt, “Centro/Periferia”, em Dicionário temático do ocidente medieval, v. 2. São Paulo: Edusc, 2002, p. 203.)
A partir do texto acima, assinale a alternativa correta.
Usada nas Ciências Humanas para a compreensão de períodos históricos desde a Antiguidade, a noção de centro/periferia perdura até a atualidade e estrutura o sistema econômico global contemporâneo.
As noções de baixo e alto têm um sentido histórico mais preciso para a compreensão da Cristandade Medieval do que o sistema centro/periferia.
O sistema centro/periferia é aplicável ao estudo da Cristandade Medieval, já que os feudos constituíam o centro da vida econômica e cultural naquele contexto.
O sistema centro/periferia aplicado durante a Era Medieval espelhava o sistema de orientação baixo e alto, sendo o baixo o mundo do pecado e o alto o mundo da virtude cristã.