(UNICAMP - 2018 - 2 FASE) Dados genticos podem ser utilizados para estudar populaes de uma espcie no ambiente natural. Por exemplo, amostras de DNA podem ser coletadas para identificar espcies, estimar tamanhos populacionais ou identificar indivduos. Um pesquisador coletou duas amostras de fezes em uma localidade na ndia e sequenciou parte do gene Gapdh dos DNAs extrados a partir delas. Como resultado, foram obtidas as sequncias abaixo (apenas uma das fitas do DNA mostrada). As sequncias da mesma regio do gene Gapdh nos genomas do tigre de Bengala (Panthera tigris) e do leopardo (Panthera pardus) so: a) De posse desses dados, responda: as amostras de fezes 1 e 2 pertencem, com maior probabilidade, a tigres de Bengala ou a leopardos? As amostras 1 e 2 pertencem ao mesmo indivduo ou a dois indivduos diferentes? Justifique sua resposta. b) Um crtico argumentou que o trabalho do pesquisador no era vlido, pois as sequncias do gene nuclear Gapdh foram obtidas a partir de amostras de fezes. Segundo o crtico, material gentico nuclear de felinos s poderia ser extrado com qualidade a partir de hemcias (eritrcitos) coletadas dos animais. Quem tem razo, o pesquisador ou o crtico? Justifique. (Fonte: J. Bhagavatula e L. Singh. BMC Genetics, Londres, v. 7, p. 48, out. 2006.)
(UNICAMP - 2018 - 2 fase) Enquanto viveu em Portugal, o escritor Mrio Prata reuniu centenas de vocbulos e expresses usados no portugus falado na Europa que so diferentes dos termos correspondentes usados no portugus do Brasil. Reproduzimos abaixo um dos verbetes de seu dicionrio. Descapotvel outra palavra que em portugus faz muito mais sentido do que em brasileiro. No mais claro dizer que um carro descapotvel, do que conversvel? (Mrio Prata, Dicionrio de portugus: schifaizfavoire. So Paulo: Editora Globo, 1993, p. 48.) a) Identifique os dois afixos que formam a palavra descapotvel a partir do substantivo capota (cobertura de um automvel) e explique a funo de cada um. b) Explique por que o autor considera, com certo humor, que a palavra descapotvel do portugus europeu faz mais sentido de que o termo conversvel, usado no portugus brasileiro.
(UNICAMP - 2018 - 1 fase) Estrangeirismos so palavras e expresses de outras lnguas usadas correntemente em nosso cotidiano. Sobre o emprego de palavras estrangeiras no portugus, o linguista Srio Possenti comenta: Tomamos alguns verbos do ingls e os adaptamos a nosso sistema verbal exclusivamente segundo regras do portugus. Se adotarmos start, logo teremos estartar (e todas as suas flexes), pois nossa lngua no tem slabas iniciais como st-, que imediatamente se tornam est-. A forma nunca ser startar, nem ostartar ou ustartar, nem estarter ou estartir, nem printer ou printir, nem atacher ou atachir etc., etc., etc. (Adaptado de Srio Possenti, A questo dos estrangeirismos, em Carlos Alberto Faraco, Estrangeirismos: guerras em torno da lngua. So Paulo: Parbola, 2001, p. 173-174.) Glossrio: Bug: falha devido ao mau funcionamento em um programa de informtica. Computar: contar, incluir. Dar load: carregar. Lolking: site da Internet sobre o jogo Ranked: partida que d pontos ao jogador Server: servidor; em informtica, um programa ou um computador que fornece servios a uma rede de computadores. Upar: subir de nvel, recarregar As alternativas abaixo reproduzem trechos de um frum de discusso na Internet sobre um jogo eletrnico. Nessa discusso, um jogador queixa-se por no ter conseguido se conectar a uma partida e ter perdido pontos. Escolha a alternativa que contm um exemplo do processo de adaptao de verbos do ingls para o sistema verbal do portugus, como descreve Srio Possenti.
(UNICAMP - 2018 - 2 FASE) A ideia de que a demanda de especiarias resultava da necessidade de disfarar o gosto da carne e do peixe putrefatos um dos grandes mitos da histria da alimentao. Na Europa medieval, os alimentos frescos eram mais frescos que os atuais, pois provinham da produo local. Os alimentos em conserva mantinham-se em salga, curtio, dessecao ou gordura, assim como hoje em dia so enlatados, refrigerados, liofilizados ou embalados a vcuo. De qualquer forma, os aspectos determinantes do papel desempenhado pelas especiarias na gastronomia eram o gosto e a cultura. A cozinha muito temperada com especiarias era objeto de desejo por ser cara e por condimentar a posio social dos ricos e as aspiraes de quem ambicionava s-lo. Alm disso, a moda gastronmica predominante na baixa Idade Mdia europeia imitava as receitas rabes, que exigiam sabores doces e ingredientes fragrantes: leite de amndoa, extratos de flores aromticas e outras iguarias orientais. (Adaptado de Felipe Armesto-Fernndez, 1492: o ano em que o mundo comeou. So Paulo: Companhia das Letras, 2017, p.27). A partir do texto acima e de seus conhecimentos histricos: a) defina o que so as especiarias e explique seu significado social na Europa medieval. b) explique como era feito o comrcio de especiarias na baixa Idade Mdia.
(UNICAMP - 2018 - 2 fase) Leia a seguir trechos das entrevistas concedidas pelo escritor chileno Alejandro Zambra ao jornal Folha de So Paulo e revista Cult sobre seu livro Mltipla Escolha, lanado no Brasil em 2017. A obra imita o formato da Prova de Aptido Verbal aplicada de 1966 a 2002 aos candidatos a vagas em universidades no Chile. Falando Folha, Zambra afirma que havia na prova de mltipla escolha uma grande sintonia com a ditadura chilena. Para entrar na universidade, teramos que saber eliminar as oraes. Havia censura, e nos aconselhavam a censurar. E acrescenta que o sistema educacional moldava o pensamento dos alunos com a ideia de que s existe uma resposta correta. Abordando o sentido crtico da escolha desse formato para a narrativa, o autor explica Cult que, tendo sido criado nesse sistema, interessava-lhe mais a autocrtica. Escrevendo uma espcie de novela, lembrou-se da prova e comeou a brincar com esse formato. No comeo foi divertido, como imitar as vozes das pessoas, mas logo me dei conta de que tambm imitava minha prpria voz, at que de repente entendi que esse era o livro. A pardia e a autopardia, a crtica e a autocrtica, o humor e a dor... O formato de prova oferece diversas opes para completar e interpretar cada resposta, mas pede ao leitor um movimento duplo de leitura: testar possibilidades de respostas e erigir uma opo nica e arbitrria. Zambra esclarece: me interessam todos esses movimentos da autoridade. A iluso de uma resposta, por exemplo. Creio que este um livro sobre a iluso de uma resposta. Nos ensinaram isso, que havia uma resposta nica, e logo descobrimos que havia muitas e isso s vezes foi libertador e outras vezes foi terrvel. Quem sabe algumas vezes ns tambm quisemos que houvesse uma resposta nica. (Adaptado de entrevistas de Alejandro Zambra concedidas ao jornal Folha de So Paulo e revista Cult em maio de 2017. Disponveis em https://revistacult.uol.com.br/home/alejandro-zambra-multipla-escolha/ e em http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/05/1885551 -literatura-esta-ligada-a-desordem-diz-escritor-chileno-alejandro-zambra.shtml. Acessados em 11/12/2017.) a) Cite dois fatores que levaram Zambra a adotar a forma narrativa empregada em Mltipla Escolha. b) Por que Mltipla Escolha no funciona como a Prova de Aptido Verbal chilena? Justifique sua resposta com base no tipo de leitor solicitado pela obra
(UNICAMP - 2018 - 2 FASE) A figura A abaixo mostra o claro dimorfismo sexual que ocorre na espcie de besouro neotropical Dynastes hercules (besouro-hrcules), um dos maiores besouros do mundo. Nos machos, protuberncias ceflicas e torcicas formam estruturas semelhantes aos chifres de alguns mamferos. Um estudo mostrou que, nessa espcie, h trs tipos de machos geneticamente distintos, P, M e G, que diferem apenas quanto ao tamanho mdio dos chifres (figura B). Os dados na figura C indicam a capacidade de machos dos trs tipos de copular com fmeas. Testes genticos mostraram ainda que 85% dos filhotes em cada gerao tm machos do tipo G como pais. a) Os chifres so parte do esqueleto do besouro-hrcules macho. Cite duas caractersticas do esqueleto de artrpodes e duas diferenas em relao ao esqueleto de vertebrados. b) Darwin acreditava que diferenas entre animais machos e fmeas como as mostradas na figura A surgem durante a evoluo como consequncia da seleo sexual, um tipo especial de seleo natural. Defina seleo natural. Utilizando os dados fornecidos acima, explique por que a caracterstica masculina dimrfica do besouro-hrcules uma adaptao, fruto da seleo natural.
(UNICAMP - 2018 - 2 FASE) Ao estudar a condio feminina no Brasil colonial no se pode ter a ingenuidade de crer numa solidariedade de gnero, acima de diferenas de raa, credo e segmento econmico. (Adaptado de Mary del Priore, A mulher na histria da colnia, em Ao sul do corpo: condio feminina, maternidade e mentalidades no Brasil colnia. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1993). a) Considerando como era a mentalidade portuguesa no perodo mencionado, cite e explique uma funo da mulher branca no processo de colonizao. b) Explique dois papeis sociais desempenhados pelas mulheres escravizadas de origem africana no contexto do Brasil colonial.
(UNICAMP - 2018 - 1 fase) Leia, a seguir, um excerto de Terrorismo Literrio, um manifesto do escritor Ferrz. A capoeira no vem mais, agora reagimos com a palavra, porque pouca coisa mudou, principalmente para ns. A literatura marginal se faz presente para representar a cultura de um povo composto de minorias, mas em seu todo uma maioria. A Literatura Marginal, sempre bom frisar, uma literatura feita por minorias, sejam elas raciais ou socioeconmicas. Literatura feita margem dos ncleos centrais do saber e da grande cultura nacional, isto , de grande poder aquisitivo. Mas alguns dizem que sua principal caracterstica a linguagem, o jeito que falamos, que contamos a histria, bom, isso fica para os estudiosos. Cansei de ouvir: Mas o que cs to fazendo separar a literatura, a do gueto e a do centro. E nunca cansarei de responder: O barato j t separado h muito tempo, foi feito todo um mundo de teses e de estudos do lado de l, e do de c mal terminamos o ensino dito bsico. (Adaptado de Ferrz, Terrorismo literrio, em Ferrz (Org.), Literatura marginal: talentos da escrita perifrica. Rio de Janeiro: Agir, 2005, p. 9,12,13.) Ferrz defende sua proposta literria como uma
(UNICAMP - 2018 - 1 fase) No contexto deste grafite, as frases menos presos polticos e mais polticos presos expressam
(UNICAMP - 2018 - 2 FASE) As questes a seguir tratam de alimentao e sade humana. a) Um dos maiores problemas de sade pblica no mundo a obesidade. Considerando separadamente as populaes masculina e feminina, em qual faixa etria houve maior crescimento proporcional de obesos entre 1975 e 2009, de acordo com os grficos abaixo? Sabendo que os carboidratos constituem aproximadamente 50% da dieta diria recomendada pelo Ministrio da Sade, explique a necessidade desse nutriente e por que ele pode causar obesidade. b) O consumo dirio de frutas, hortalias e legumes considerado altamente benfico para a sade humana. Um estudo realizado no Hospital do Cncer de Barretos (SP) indicou que as hortalias da famlia das crucferas (brcolis, couve-flor, couve, agrio, rcula, entre outras), aps passarem por processamento enzimtico no organismo, liberam sulforafano e indol-3-carbinol, substncias capazes de inibir a proliferao celular. O que o cncer? Por que as hortalias da famlia das crucferas so consideradas importantes na preveno dessa doena? (Fonte: Pesquisa de oramentos familiares, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE. Disponvel em www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal. Acessado em 15/10/2017.)
(UNICAMP - 2018 - 2 fase) Cano tudo aquilo que se canta com inflexo meldica (ou entoativa) e letra. H um artesanato especfico para privilegiar ora a fora entoativa da palavra ora a forma musical; nem s poesia nem s msica. Um dos equvocos dos nossos dias justamente dizer que a cano tende a acabar porque vem perdendo terreno para o rap! Ora, nada mais radical como cano do que uma fala que conserva a entoao crua. A fala no rap entoada com certa regularidade rtmica, o que a torna diferente de uma fala usual. Apesar de convivermos hoje com uma diversidade cancional jamais vista, prevalece na mdia, nos meios cultural e musical a opinio uniforme de que estamos mergulhados num lixo de produo viciada e desinteressante. Vivemos uma descentralizao, com eventos musicais ricos e variados, e a fora do talento desses novos cancionistas tambm no diminuiu. O rap serve-se da entoao quase pura, para transmitir informaes verbais, normalmente intensas, sem perder os traos musicais da linguagem da cano. Seu formato, menos msica mais fala, ideal para se fazer pronunciamentos, manifestaes, revelaes, denncias, etc., sem que se abandone a seara cancional. Podemos dizer que o trabalho musical, no rap, para restabelecer as balizas sonoras do canto, mas nunca para perder a concretude da linguagem oral ou conter a crueza e o peso de seus significados pessoais e sociais. Atenuar a musicalizao reconhecer que as melodias cantadas comportam figuras entoativas (modos de dizer) que precisam ser reveladas por suas letras. (Adaptado de Luiz Tatit. Artigos disponveis em http://www.luiztatit.com.br/artigos/artigo?id=29/CancionistasInvis%C3%ADveis.html e http://www.scielo.br/pdf/rieb/n59/0020-3874-rieb-59-00369.pdf. Acessados em 11/12/2017.) A partir da leitura dos textos acima, a) aponte dois argumentos de Luiz Tatit que defendem a ideia de que o rap um tipo de cano. b) cite duas caractersticas, apresentadas nos textos, que corroboram que o rap uma forma ideal de cano de protesto.
(UNICAMP - 2018 - 2 FASE) O orientalismo um estilo de pensamento baseado em uma distino entre Oriente e Ocidente. Quando o orientalista culto viajava para o pas de sua especializao, ia sempre acompanhado de mximas inabalveis sobre a civilizao que estudara; eram raros os orientalistas que tinham outro interesse que no o de provar poeirentas verdades, aplicando-as aos nativos que no os entendiam e, portanto, eram degenerados. O Oriente precisava primeiro ser conhecido, depois invadido e possudo, e ento recriado por estudiosos. (Adaptado de Edward Said, Orientalismo. So Paulo: Companhia das Letras, 1990). Considerando o texto e o quadro acima reproduzido e seus conhecimentos, responda s questes: a) Segundo Edward Said, o que era o orientalismo? b) Identifique um elemento do Orientalismo no quadro do pintor italiano Giulio Rosati (1858-1917) e explique esse elemento.
(UNICAMP - 2018 - 2 fase) Leia abaixo dois excertos de Terra Sonmbula, de Mia Couto. Muidinga no ganha convencimento. Olha a plancie, tudo parece desmaiado. Naquele territrio, to despido de brilho, ter razo algo que j no d vontade. (...) Sabe, mido, o que vamos fazer? Voc me vai ler mais desses escritos. Mas ler agora, com esse escuro? Acendes o fogo l fora. Mas, com a chuva, a lenha toda se molhou. Ento vamos acender o fogo dentro do machimbombo. Juntamos coisa de arder l mesmo. Podemos, tio? No h problema? Problema deixar este escuro entrar na cabea da gente. No podemos danar nem rir. Ento vamos para dentro desses cadernos. L podemos cantar, divertir. (Mia Couto, Terra Sonmbula. Rio de Janeiro: Record, 1993, p.10 e 152.) a) No primeiro excerto, descreve-se a relao da personagem com o espao narrativo. Considerando o conjunto do romance, caracterize a identidade narrativa de Muidinga em relao a esse espao e explique por que o territrio era despido de brilho. b) No segundo excerto, o dilogo das duas personagens principais do romance aborda a questo da leitura e sua funo para a situao existencial dos protagonistas. Explique o que seriam os escritos e cadernos mencionados e por que neles os protagonistas poderiam cantar e divertir.
(UNICAMP - 2018 - 2 FASE) No dia seguinte ao decreto da Libertao, negros e negras deixaram apressadamente os lugares onde tinham vivido durante longo tempo nas humilhaes da escravido e, das fazendas e stios, afluram em direo s cidades prximas. A maior parte desses novos cidados livres tinha pequenas economias. Ora, seu primeiro ato foi correr s lojas de calados. (Adaptado de Louis Albert Gaffre, Visions du Brsil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1912, p. 205. Disponvel em: https://archive.org/details/visionsdubrsil00gaff. Acessado em 01/08/2017.) a) Considerando o depoimento citado, explique um significado social do uso do sapato na poca. b) Nomeie duas estratgias de sobrevivncia dos brancos pobres, mestios e forros no perodo do ps-abolio.
(UNICAMP - 2018 - 1 fase) Numa entrevista ao jornal El Pas em 26 de agosto de 2016, o jornalista Caco Barcellos comenta uma afirmao sua anterior, feita em um congresso de jornalistas investigativos, de que novos profissionais no deveriam atuar como porta-vozes de autoridades. Tenho o maior encanto e admirao e respeito pelo jornalismo de opinio. O que critiquei l quando isso vai para a reportagem. No acho legtimo. O reprter tem o dever de ser preciso. Pode ser at analtico, mas no emitir juzo. Na reportagem de rua, fico imbudo, inclusive, de melhor informar o meu colega de opinio. Se eu no fizer isso de modo preciso e correto, ele vai emitir um juzo errado sobre aquele universo que estou retratando. E no s ele, mas tambm o advogado, o socilogo, o antroplogo e mais para frente o historiador (...) Por exemplo, essa matana que a polcia militar provoca no cotidiano das grandes cidades brasileiras isso muito mal reportado pela mdia no seu conjunto. Quem sabe, l no futuro, o historiador no passe em branco por esse momento da histria. No vai poder dizer olha, os negros pobres do estado mais rico da federao esto sendo eliminados com a frequncia de trs por dia, um a cada oito horas. Se o reprter no fizer esse registro preciso e contundente, a cadeia toda pode falhar, a comear pelo jornalista de opinio. (Caco Barcelos: Erros histricos nascem da impreciso jornalstica . El Pas. 26/08/2016. Entrevista concedida a Camila Moraes. Disponvel em https://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/19/cultura/1468956578_924541.html. Acessado em 13/07/2017.) De acordo com a posio defendida por Caco Barcellos com relao a seus leitores, uma reportagem exige do jornalista