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Disciplina

(Unifesp 2014)O nada que éUm canavial tem a extens

(Unifesp 2014)

O nada que é

Um canavial tem a extensão
ante a qual todo metro é vão.

Tem o escancarado do mar
que existe para desafiar

que números e seus afins
possam prendê-lo nos seus sins.

Ante um canavial a medida
métrica é de todo esquecida,

porque embora todo povoado
povoa-o o pleno anonimato

que dá esse efeito singular:
de um nada prenhe como o mar.

(João Cabral de Melo Neto. Museu de tudo e depois, 1988.)

No título do poema – O nada que é –, ocorre a substantivação do pronome nada. Esse processo de formação de palavras também se verifica em:

A

A arquitetura do poema em João Cabral define-lhe o processo de criação.

B

A poética de João Cabral assume traços do Barroco gongórico.

C

Poema algum de João Cabral escapa de seu processo rigoroso de composição.

D

Em Morte e Vida Severina, João Cabral expressa o homem como coisa.

E

A poesia de João Cabral tem um quê de despoetização