(AFA - 2009)
Texto I
Preces por São Francisco
Por meio de uma greve de fome de 23 dias, o bispo dom Cappio voltou a chamar a atenção para os problemas inerentes à transposição das águas do Velho Chico para o semi-árido nordestino.
Em dezembro de 2007, um religioso fez jejum de 23 dias [2] por São Francisco. Esse, que poderia ser uma manifestação qualquer de algum dos milhões de católicos brasileiros, ultrapassou os limites da Igreja e virou um problema de Estado. Afinal, não era um São Francisco qualquer, mas o rio brasileiro que atravessa cinco estados; tampouco se tratava de um religioso qualquer, mas de dom Luís Flávio Cappio, bispo de Barra, histórico ambientalista, defensor e conhecedor das populações pobres do sertão nordestino. A greve de fome foi amplamente divulgada pela imprensa nacional e esquentou o debate sobre as obras no Velho Chico.
(...)
O Velho Chico, como o rio é conhecido Brasil afora, nasce em João de Roque de Minas, na serra da Canastra, e lança suas águas entre Alagoas e Sergipe no oceano Atlântico. O São Francisco foi descoberto por Américo Vespúcio em 4 de outubro de 1501, quando o navegador mapeava o litoral brasileiro. Sua bacia hidrográfica representa 8% do território nacional e 57% da área do semi-árido. São 32 sub-bacias, 168 afluentes e envolve 505 municípios – 101 no vale do rio – onde vivem aproximadamente 15 milhões de pessoas.
(Revista Discutindo Geografia, Ano 3 – adaptado.)
Sobre o texto acima, é correto afirmar que o/a
forma carinhosa como o rio São Francisco é conhecido caracteriza uma figura de linguagem conhecida como eufemismo.
pronome esse (l. 2) funciona como um elemento de coesão textual e substitui o termo religioso.
repercussão da atitude do frei não era esperada pela Igreja Católica que delegou o problema para o Estado.
descoberta do rio São Francisco está condicionada a uma situação exploratória.