(ENEM - 2003) No dia 7 de outubro de 2001, Estados Unidos e Gr-Bretanha declararam guerra ao regime Talib, no Afeganisto. Leia trechos das declaraes do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama Bin Laden, lder muulmano, nessa ocasio: George Bush: Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos batalha em territrio estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrifcio das prprias vidas. A partir de 11 de setembro, uma gerao inteira de jovens americanos teve uma nova percepo do valor da liberdade, do seu preo, do seu dever e do seu sacrifcio. Que Deus continue a abenoar os Estados Unidos. Osama Bin Laden: Deus abenoou um grupo de vanguarda de muulmanos, a linha de frente do Isl, para destruir os Estados Unidos. Um milho de crianas foram mortas no Iraque, e para eles isso no uma questo clara. Mas quando pouco mais de dez foram mortos em Nairbi e Dar-es-Salaam, o Afeganisto e o Iraque foram bombardeados e a hipocrisia ficou atrs da cabea dos infiis internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fiis e o campo dos infiis. Que Deus nos proteja deles. (Adaptados de O Estado de S. Paulo, 8/10/2001) Pode-se afirmar que
(Enem 2001) O texto a seguir reproduz parte de um dilogo entre dois personagens de um romance. - Quer dizer que a Idade Mdia durou dez horas? Perguntou Sofia. - Se cada hora valer cem anos, ento sua conta est certa. Podemos imaginar que Jesus nasceu meia-noite, que Paulo saiu em peregrinao missionria pouco antes da meia-noite e meia e morreu quinze minutos depois, em Roma. At as trs da manh a f crist foi mais ou menos proibida. (...) At as dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monoplio da educao. Entre dez e onze horas so fundadas as primeiras universidades. Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia, Romance da Histria da Filosofia. So Paulo, Cia. das Letras, 1997. O ano de 476 d.C., poca da queda do Imprio Romano do Ocidente, tem sido usado como marco para o incio da Idade Mdia. De acordo com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como ponto de partida o incio da Era Crist, pode-se afirmar que
(Enem 2001) ... Um operrio desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas pontas para a colocao da cabea do alfinete; para fazer a cabea do alfinete requerem-se 3 ou 4 operaes diferentes, ... (SMITH, Adam. A Riqueza das Naes. Investigao sobre a sua Natureza e suas Causas. Vol. I. So Paulo: Nova Culturas, 1985.) A respeito do texto e do quadrinho so feitas as seguintes afirmaes: I. Ambos retratam a intensa diviso do trabalho, qual so submetidos os operrios. II. O texto refere-se produo informatizada e o quadrinho, produo artesanal. III. Ambos contm a ideia de que o produto da atividade industrial no depende doconhecimento de todo o processo por parte do operrio. Dentre essas afirmaes, apenas
(Enem - 2001) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma pea para teatro chamada Calabar, pondo em dvida a reputao de traidor que foi atribuda a Calabar, pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invaso do Nordeste brasileiro, em 1632. - Calabar traiu o Brasil que ainda no existia? Traiu Portugal, nao que explorava a colnia onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade escravista e discriminatria, traiu a elite branca? Os textos referem-se tambm a esta personagem. Texto I: ... dos males que causou Ptria, a Histria, a inflexvel Histria, lhe chamar infiel, desertor e traidor, por todos os sculos Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JNIOR, A. Do Recncavo aos Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949. Texto II Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas de Belchior Dias com a gente da Casa da Torre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora ferido, e desertara em consequncia de vrios crimes praticados... (os crimes referidos so o de contrabando e roubo). CALMON P. Histria do Brasil. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1959. Pode-se afirmar que:
(Enem 2000) Somos servos da lei para podermos ser livres. Ccero O que apraz ao prncipe tem fora de lei. Ulpiano As frases acima so de dois cidados da Roma Clssica que viveram praticamente no mesmo sculo, quando ocorreu a transio da Repblica (Ccero) para o Imprio (Ulpiano). Tendo como base as sentenas acima, considere as afirmaes: I. A diferena nos significados da lei apenas aparente, uma vez que os romanos no levavam em considerao as normas jurdicas. II. Tanto na Repblica como no Imprio, a lei era o resultado de discusses entre os representantes escolhidos pelo povo romano. III. A lei republicana definia que os direitos de um cidado acabavam quando comeavam os direitos de outro cidado. IV. Existia, na poca imperial, um poder acima da legislao romana. Esto corretas, apenas:
(ENEM - 2001) I - Para o filsofo ingls Thomas Hobbes (1588-1679), o estado de natureza um estado de guerra universal e perptua. Contraposto ao estado de natureza, entendido como estado de guerra, o estado de paz a sociedade civilizada. Dentre outras tendncias que dialogam com as ideias de Hobbes, destaca-se a definida pelo texto abaixo. II - Nem todas as guerras so injustas e correlativamente, nem toda paz justa, razo pela qual a guerra nem sempre um desvalor, e a paz nem sempre um valor. BOBBIO, N. MATTEUCCI, N PASQUINO, G. Dicionrio de Poltica, 5 ed. Braslia: Universidade de Braslia; So Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000. Comparando as ideias de Hobbes (texto I) com a tendncia citada no texto II, pode-se afirmar que
(ENEM - 2000) Os quatro calendrios apresentados abaixo mostram a variedade na contagem do tempo em diversas sociedades. Com base nas informaes apresentadas, pode-se afirmar que:
(Enem 1999) Considere os textos a seguir. (...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos mbitos da atividade humana, graas ao exerccio de uma razo que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da f. Papa Joo Paulo II. Carta Encclica Fides et Ratio aos bispos da igreja catlica sobreas relaes entre f e razo, 1998 As verdades da razo natural no contradizem as verdades da f crist. So Toms de Aquino, pensador medieval Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que
(ENEM -1999) Em dezembro de 1998, um dos assuntos mais veiculados nos jornais era o que tratava da moeda nica europeia. Leia a notcia destacada a seguir. O nascimento do Euro, a moeda nica a ser adotada por onze pases europeus a partir de 1 de janeiro, possivelmente a mais importante realizao deste continente nos ltimos dez anos que assistiu derrubada do Muro de Berlim, reunificao das Alemanha, libertao dos pases da Cortina de Ferro e ao fim da Unio Sovitica. Enquanto todos esses eventos tm a ver com a desmontagem de estruturas do passado, o Euro uma ousada aposta no futuro e uma prova da vitalidade da sociedade europeia. A Euroland, regio abrangida por Alemanha, ustria, Blgica, Espanha, Finlndia, Frana, Holanda, Irlanda, Itlia, Luxemburgo e Portugal, tem um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a quase 80% do americano, 289 milhes de consumidores e responde por cerca de 20% do comrcio internacional. Com este cacife, o Euro vai disputar com o dlar a condio de moeda hegemnica. A matria refere-se a desmontagem das estruturas do passado que pode ser entendida como
(Enem - 1999) A revoluo industrial ocorrida no final de sculo XVIII transformou as relaes do homem com o trabalho. As mquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fbricas concentraram-se em regies prximas s matrias-primas e grandes portos, originando vastas concentraes humanas. Muitos dos operrios vinham da rea rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condies adversas. A legislao trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do sculo XIX e a diminuio da jornada de trabalho para oito horas dirias concretizou-se no incio do sculo XX. Pode-se afirmar que as conquistas no incio deste sculo, decorrentes da legislao trabalhista, esto relacionadas com
(Enem 1998) Voc est estudando o abolicionismo no Brasil e ficou perplexo ao ler o seguinte documento: Texto 1 Discurso do deputado baiano Jernimo Sodr Pereira - Brasil, 1879 No dia 5 de maro de 1879, o deputado baiano Jernimo Sodr Pereira, discursando na Cmara, afirmou que era preciso que o poder pblico olhasse para a condio de um milho de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro. Nessa altura do discurso foi aparteado por um deputado que disse: BRASILEIROS, NO. Em seguida, voc tomou conhecimento da existncia do Projeto Ax (Bahia), nos seguintes termos: Texto 2 Projeto Ax, Lio de cidadania - 1998 - Brasil Na lngua africana lorub, ax significa fora mgica. Em Salvador, Bahia, o Projeto Ax conseguiu fazer em apenas trs anos, o que sucessivos governos no foram capazes: a um custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda meninos e meninas de rua a construrem projetos de vida, transformando-os de pivetes em cidados. A receita do Ax simples: competncia pedaggica, administrao eficiente, respeito pelo menino, incentivo, formao e bons salrios para os educadores. Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo italiano Cesare de Florio La Rocca, o Ax atende hoje a mais de duas mil crianas e adolescentes. A cultura afro, forte presena na Bahia, d o tom do Projeto Er (entidade criana do candombl), a parte cultural do Ax. Os meninos participam da banda mirim do Olodum, do Il Ay e de outros blocos, jogam capoeira e tm um grupo de teatro. Todas as atividades so remuneradas. Alm da bolsa semanal, as crianas tm alimentao, uniforme e vale-transporte. Com a leitura dos dois textos, voc descobriu que a cidadania: