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Questões - ITA 2019 | Gabarito e resoluções

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Questão 8
2019Física

(ITA - 2019 - 1 FASE) Em um reservatrio so armazenados 1 mol de gs hlio e 1 mol de gs oxignio em equilbrio trmico. Por meio de um orifcio de dimenses muito menores que o comprimento livre mdio das espcies gasosas, inicia-se um vazamento de gs para o exterior. Sobre essa situao so feitas as seguintes afirmaes: I. No interior do reservatrio, os tomos de hlio tm, em mdia energia cintica menos em comparao das molculas de oxignio. II. No interior do reservatrio, os tomos de hlio tm, em mdia, velocidade de translao maior em comparao das molculas de oxignio. III. A poro do gs que vaza e a que permanece no interior do reservatrio tm a mesma frao molar do hlio. Assinale a opo correta.

Questão 8
2019Matemática

(ITA - 2019 - 2 FASE) Um cone circular reto, de altura h, e um cilindro circular reto tm bases de mesmo raio. O volume do cone metade do volume do cilindro, e a rea lateral do cone igual rea lateral do cilindro. Determine, em funo de h, o raio da esfera inscrita no cone.

Questão 9
2019Física

(ITA - 2019 - 1 FASE) Na figura mostra-se o valor do potencial eltrico para diferentes pontos P(50 V), Q(60 V), R(130 V) e S(120 V) situados no plano xy. Considere o campo eltrico uniforme nessa regio e o comprimento dos segmentos eigual a 5,0m. Pode-se afirmar que a magnitude do campo eltrico igual a

Questão 9
2019Química

(ITA - 2019 - 2 FASE) A figura ao lado mostra a estrutura bsica de um triacilglicerdeo, em que R, R, R representam cadeias carbnicas, saturadas ou insaturadas, com pelo menos oito tomos de carbono. Sabe-se que o triacilglicerdeo pode reagir tanto por transesterificao (reao A) quanto por hidrlise bsica (reao B). Em ambos os casos, um produto comum dessas reaes pode ser usado na produo de nitroglicerina (reao C). Com base nessas informaes, escreva as equaes que descrevem as reaes A, B e C.

Questão 9
2019Física

(ITA - 2019 - 2 FASE) Uma placa quadrada de vrtices A, B, C, D e lado L,medido em seu referencial de repouso, move-se em linha reta com velocidade de mdulo v, prximo ao da velocidade da luz no vcuo c, em relao a um observador localizado a uma distncia muito maior que L, conforme ilustra a figura. A imagem percebida pelo observador formada a partir dos raios de luz que lhe chegam simultaneamente. Sabe-se que o movimento da placa faz com que o observador a perceba girada. Determine em funo de ve co ngulo de giro aparente da placa e indique o seu sentido, sabendo que esta e o observador se situam num mesmo plano.

Questão 9
2019Matemática

(ITA - 2019 - 2 FASE) Sejam A, B, C os vrtices de um tringulo. Determine, sabendo que

Questão 10
2019Física

(ITA - 2019 - 1 FASE) Seja uma partcula de massa m e carga positiva q, imersa em um campo magntico uniforme, com velocidade inicialno instante de tempo . Sabe-se que o ngulo entree, cujos respectivos mdulos so v e B. Pode-se afirmar que a distncia mnima percorrida pela partcula at que sua velocidade readquira a mesma direo e sentido iniciais dada por

Questão 10
2019Matemática

(ITA - 2019 - 2 FASE) Escolhem-se aleatoriamente trs nmeros distintos no conjunto {1, 2, 3, ... ,29, 30}. Determine a probabilidade da soma desses trs nmeros ser divisvel por 3.

Questão 10
2019Física

(ITA - 2019 - 2 FASE) Considere um eltron confinado no interior de uma cavidade esfrica de raiocuja fronteira intransponvel. (a) Estime o valor do mdulo de velocidade e a energia total desse eltron em seu estado fundamental. (b) De acordo com o modelo de Bohr, o estado de menor energia do eltron de um tomo de hidrognio caracterizado pela rbita circular de raio , tendo o eltron a velocidade tangencial de mdulo . Obtenha a restrio empara que ocorra a desigualdade.

Questão 10
2019Química

(ITA - 2019 - 2 FASE) Considere a reao genrica 2A(g)B(g). No instante inicial, apenas o reagente A est presente. Sabendo que a reao direta exotrmica, construa os grficos de concentrao de cada substncia em funo do tempo de reao para as seguintes condies: a) desde o instante inicial at o equilbrio, na presena e na ausncia de catalisador. b) a partir do equilbrio inicial, com um rpido aumento da temperatura, at um novo equilbrio. c) a partir do equilbrio inicial, com um rpido aumento da presso, at um novo equilbrio. d) a partir do equilbrio inicial, com a remoo rpida de 50% do produto B, at um novo equilbrio.

Questão 11
2019Física

(ITA - 2019 - 1 FASE) Dentro de uma cmara de vcuo encontra-se um filamento F aquecido por meio de uma fonte eltrica externa de d.d.p.. A radiao emitida por F atinge o eletrodo metlico, que passa a emitir eltrons que podem ser coletados no eletrodo, acarretando a corrente I medida em num ampermetro. Uma segunda fonte externa, de d.d.p., conectada ao circuito ilustrado na figura. Um obstculo O impede que receba radiao do filamento F. Analise as seguintes afirmaes: I. A corrente I aumenta sempre que aumenta e tende a um valor assinttico II. Toda a radiao que incide em pode causar ejeo dos eltrons. III. Para certo valor , possvel obter uma corrente invertida em relao ao sentido mostrado na figura. IV. possvel ter para com dependente de. Esto corretas

Questão 12
2019Física

(ITA - 2019 - 1 FASE) A figura mostra uma espira circular, de raio a e resistncia R, com centro situado sobre o eixo de um solenoide muito longo, com n voltas por unidade de comprimento e raio b (b a). No instante inicial, t=0, o eixo do solenoide encontra-se perpendicular ao plano da espira, que oscila segundo a expresso , em que a frequncia angular do movimento. Se a corrente que passa pelo solenoide cresce linearmente com o tempo, conforme, e sendo a permeabilidade magntica do vcuo, ento a intensidade da corrente eltrica induzida na espira

Questão 13
2019Português

(ITA - 2019 - 1 FASE)(1 questo sobre o texto) Texto 1 1 As discusses muitas vezes acaloradas sobre o reconhecimento da pixao como expresso artstica traz tona um questionamento conceitual importante: uma vez considerado arte contempornea, o movimento perderia sua essncia? Para compreendermos os desdobramentos da pixao, alguns aspectos presentes nograffitiso essenciais e importantes de serem resgatados. Ograffitinasceu originalmente nos EUA, na dcada de 1970, como um dos elementos da cultura hip-hop (Break, MC, DJ e Graffiti). Da at os dias atuais, ele ganhou em fora, criatividade e tcnica, sendo reconhecido hoje no Brasil comograffitiartstico. Sua caracterizao como arte contempornea foi consolidada definitivamente por volta do ano 2000. 2 A distino entregraffitie pixao clara; ao primeiro atribuda a condio de arte, e o segundo classificado como um tipo de prtica de vandalismo e depredao das cidades, vinculado ilegalidade e marginalidade. Essa distino das expresses deu-se em boa parte pela institucionalizao do graffiti, com os primeiros resqucios j na dcada de 70. 3 Esse desenvolvimento tcnico e formal dograffiti ocasionou a perda da potncia subversiva que o marca como manifestao genuna de rua e caminha para uma arte de interveno domesticada enquadrada cada vez mais nos moldes do sistema de arte tradicional. O grafiteiro visto hoje como artista plstico, possuindo as caractersticas de todo e qualquer artista contemporneo, incluindo a prtica e ostatus. Muito alm da diferenciao conceitual entre as expresses ainda que elas compartilhem da mesma matria-prima trata-se de sua fora e essncia intervencionista. 4 Estudos sobre a origem da pixao afirmam que ograffitinova-iorquino original equivale pixao brasileira; os dois mantm os mesmos princpios: a fora, a exploso e o vazio. Uma das principais caractersticas do pixo justamente o esvaziamento sgnico, a potncia esvaziada. No existem frases poticas, nem significados. A pixao possui dimenso incomunicativa, fechada, que no conversa com a sociedade. Pelo contrrio, de certa forma, a agride. A rejeio do pblico geral reside na falta de compreenso e inteleco das inscries; apenas os membros da prpria comunidade de pixadores decifram o contedo. 5 A significncia e a fora intervencionista do pixo residem, portanto, no prprio ato. Ela evidenciada pela impossibilidade de insero em qualquer estatuto pr-estabelecido, pois isso pressuporia a diluio e a perda de sua potncia signo-esttica. Enquanto ograffitifoi sendo introduzido como uma nova expresso de arte contempornea, a pichao utilizou o princpio de no autorizao para fortalecer sua essncia. 6 Mas o quo sensvel essa forma de expresso extremista e antissistema como a pixao? Como lidar com a linha tnue dos princpios estabelecidos para no cair em contradio? Na 26 Bienal de Arte de So Paulo, em 2004, houve um caso de pixo na obra do artista cubano naturalizado americano, Jorge Pardo. Seu comentrio, diante da interveno, foi Se algum faz alguma coisa no seu trabalho, isso positivo, para mim, porque escolheram a minha pea entre as expostas (). Quem fez isso deve discordar de alguma coisa na obra. Pode ser outro artista fazendo sua prpria obra dentro da minha. Pode ser s uma brincadeira e finalizou dizendo que pichar a obra de algum tambm no to incomum. J tradicional. 7 interessante notar, a partir do depoimento de Pardo, a recorrncia de padres em movimentos de qualquer natureza, e o inevitvel enquadramento em algum tipo de sistema, mesmo que imposto e organizado pelos prprios elementos do grupo. Na pixao, levando em conta o sistema em que esto inseridos, constatamos que tambm passa longe de ser perfeito; existe rivalidade pesada entre gangues, hierarquia e disputas pelo poder. 8 Em 2012, a Bienal de Arte de Berlim, com o tema Forget Fear, considerado ousado, priorizou fatos e inquietaes polticas da atualidade. Os pixadores brasileiros, Cripta (Djan Ivson), Biscoito, William e R.C., foram convidados na ocasio para realizar umworkshopsobre pixao em um espao delimitado, na igreja Santa Elizabeth. Eles compareceram. Mas no seguiram as regras impostas pela curadoria, ao pixar o prprio monumento. O resultado foi tumulto e desentendimento entre os pixadores e a curadoria do evento. 9 O grande dilema diante do fato que, ao aceitarem o convite para participar de uma bienal de arte, automaticamente aceitaram as regras e o sistema imposto. Mesmo sem adotar o comportamento esperado, caram em contradio. Por outro lado, pela pichao ser conhecidamente transgressora (ou pelo jeito, no to conhecida assim), os organizadores deveriam pressupor que eles no seguiriam padres pr-estabelecidos. 10 Embora existam movimentos e grupos que consideram, sim, a pixao como forma de arte, como o caso dos curadores da Bienal de Berlim, h uma questo substancial que permeia a realidade dos pichadores. Quem disse que eles querem sua expresso reconhecida como arte? Se arte pressupe, como ocorreu com ograffiti, adaptar-se a um molde especfico, seguir determinadas regras e por consequncia ver sua potncia intervencionista diluda e branda, muito improvvel que tenham esse desejo. 11 A representao da pixao como forma de expresso destrutiva, contra o sistema, extremista e marginalizada o que a mantm viva. De certo modo, a rejeio e a ignorncia do pblico o que garante sua fora intervencionista e a to importante e sensvel essncia. Adaptado de: CARVALHO, M.F.Pichao-arte pichao?Revista Arruaa, Edio n 0, Csper lbero, 2013. Disponvel em https://casperlibero.edu.br/revistas/pichacao-arte-e-picha%C3%A7%C3%A3o/ Acesso em: maio 2018. Podemos afirmar que o texto:

Questão 14
2019Português

(ITA - 2019 - 1 FASE)(2 questo sobre o texto) Texto 1 1 As discusses muitas vezes acaloradas sobre o reconhecimento da pixao como expresso artstica traz tona um questionamento conceitual importante: uma vez considerado arte contempornea, o movimento perderia sua essncia? Para compreendermos os desdobramentos da pixao, alguns aspectos presentes nograffitiso essenciais e importantes de serem resgatados. Ograffitinasceu originalmente nos EUA, na dcada de 1970, como um dos elementos da cultura hip-hop (Break, MC, DJ e Graffiti). Da at os dias atuais, ele ganhou em fora, criatividade e tcnica, sendo reconhecido hoje no Brasil comograffitiartstico. Sua caracterizao como arte contempornea foi consolidada definitivamente por volta do ano 2000. 2 A distino entregraffitie pixao clara; ao primeiro atribuda a condio de arte, e o segundo classificado como um tipo de prtica de vandalismo e depredao das cidades, vinculado ilegalidade e marginalidade. Essa distino das expresses deu-se em boa parte pela institucionalizao do graffiti, com os primeiros resqucios j na dcada de 70. 3 Esse desenvolvimento tcnico e formal dograffiti ocasionou a perda da potncia subversiva que o marca como manifestao genuna de rua e caminha para uma arte de interveno domesticada enquadrada cada vez mais nos moldes do sistema de arte tradicional. O grafiteiro visto hoje como artista plstico, possuindo as caractersticas de todo e qualquer artista contemporneo, incluindo a prtica e ostatus. Muito alm da diferenciao conceitual entre as expresses ainda que elas compartilhem da mesma matria-prima trata-se de sua fora e essncia intervencionista. 4 Estudos sobre a origem da pixao afirmam que ograffitinova-iorquino original equivale pixao brasileira; os dois mantm os mesmos princpios: a fora, a exploso e o vazio. Uma das principais caractersticas do pixo justamente o esvaziamento sgnico, a potncia esvaziada. No existem frases poticas, nem significados. A pixao possui dimenso incomunicativa, fechada, que no conversa com a sociedade. Pelo contrrio, de certa forma, a agride. A rejeio do pblico geral reside na falta de compreenso e inteleco das inscries; apenas os membros da prpria comunidade de pixadores decifram o contedo. 5 A significncia e a fora intervencionista do pixo residem, portanto, no prprio ato. Ela evidenciada pela impossibilidade de insero em qualquer estatuto pr-estabelecido, pois isso pressuporia a diluio e a perda de sua potncia signo-esttica. Enquanto ograffitifoi sendo introduzido como uma nova expresso de arte contempornea, a pichao utilizou o princpio de no autorizao para fortalecer sua essncia. 6 Mas o quo sensvel essa forma de expresso extremista e antissistema como a pixao? Como lidar com a linha tnue dos princpios estabelecidos para no cair em contradio? Na 26 Bienal de Arte de So Paulo, em 2004, houve um caso de pixo na obra do artista cubano naturalizado americano, Jorge Pardo. Seu comentrio, diante da interveno, foi Se algum faz alguma coisa no seu trabalho, isso positivo, para mim, porque escolheram a minha pea entre as expostas (). Quem fez isso deve discordar de alguma coisa na obra. Pode ser outro artista fazendo sua prpria obra dentro da minha. Pode ser s uma brincadeira e finalizou dizendo que pichar a obra de algum tambm no to incomum. J tradicional. 7 interessante notar, a partir do depoimento de Pardo, a recorrncia de padres em movimentos de qualquer natureza, e o inevitvel enquadramento em algum tipo de sistema, mesmo que imposto e organizado pelos prprios elementos do grupo. Na pixao, levando em conta o sistema em que esto inseridos, constatamos que tambm passa longe de ser perfeito; existe rivalidade pesada entre gangues, hierarquia e disputas pelo poder. 8 Em 2012, a Bienal de Arte de Berlim, com o tema Forget Fear, considerado ousado, priorizou fatos e inquietaes polticas da atualidade. Os pixadores brasileiros, Cripta (Djan Ivson), Biscoito, William e R.C., foram convidados na ocasio para realizar umworkshopsobre pixao em um espao delimitado, na igreja Santa Elizabeth. Eles compareceram. Mas no seguiram as regras impostas pela curadoria, ao pixar o prprio monumento. O resultado foi tumulto e desentendimento entre os pixadores e a curadoria do evento. 9 O grande dilema diante do fato que, ao aceitarem o convite para participar de uma bienal de arte, automaticamente aceitaram as regras e o sistema imposto. Mesmo sem adotar o comportamento esperado, caram em contradio. Por outro lado, pela pichao ser conhecidamente transgressora (ou pelo jeito, no to conhecida assim), os organizadores deveriam pressupor que eles no seguiriam padres pr-estabelecidos. 10 Embora existam movimentos e grupos que consideram, sim, a pixao como forma de arte, como o caso dos curadores da Bienal de Berlim, h uma questo substancial que permeia a realidade dos pichadores. Quem disse que eles querem sua expresso reconhecida como arte? Se arte pressupe, como ocorreu com ograffiti, adaptar-se a um molde especfico, seguir determinadas regras e por consequncia ver sua potncia intervencionista diluda e branda, muito improvvel que tenham esse desejo. 11 A representao da pixao como forma de expresso destrutiva, contra o sistema, extremista e marginalizada o que a mantm viva. De certo modo, a rejeio e a ignorncia do pblico o que garante sua fora intervencionista e a to importante e sensvel essncia. Adaptado de: CARVALHO, M.F.Pichao-arte pichao?Revista Arruaa, Edio n 0, Csper lbero, 2013. Disponvel em https://casperlibero.edu.br/revistas/pichacao-arte-e-picha%C3%A7%C3%A3o/ Acesso em: maio 2018. De acordo com o texto, INCORRETO afirmar que

Questão 15
2019Português

(ITA - 2019 - 1 FASE) 1 As discusses muitas vezes acaloradas sobre o reconhecimento da pixao como expresso artstica traz tona um questionamento conceitual importante: uma vez considerado arte contempornea, o movimento perderia sua essncia? Para compreendermos os desdobramentos da pixao, alguns aspectos presentes nograffitiso essenciais e importantes de serem resgatados. Ograffitinasceu originalmente nos EUA, na dcada de 1970, como um dos elementos da cultura hip-hop (Break, MC, DJ e Graffiti). Da at os dias atuais, ele ganhou em fora, criatividade e tcnica, sendo reconhecido hoje no Brasil comograffitiartstico. Sua caracterizao como arte contempornea foi consolidada definitivamente por volta do ano 2000. 2 A distino entregraffitie pixao clara; ao primeiro atribuda a condio de arte, e o segundo classificado como um tipo de prtica de vandalismo e depredao das cidades, vinculado ilegalidade e marginalidade. Essa distino das expresses deu-se em boa parte pela institucionalizao do graffiti, com os primeiros resqucios j na dcada de 70. 3 Esse desenvolvimento tcnico e formal dograffiti ocasionou a perda da potncia subversiva que o marca como manifestao genuna de rua e caminha para uma arte de interveno domesticada enquadrada cada vez mais nos moldes do sistema de arte tradicional. O grafiteiro visto hoje como artista plstico, possuindo as caractersticas de todo e qualquer artista contemporneo, incluindo a prtica e ostatus. Muito alm da diferenciao conceitual entre as expresses ainda que elas compartilhem da mesma matria-prima trata-se de sua fora e essncia intervencionista. 4 Estudos sobre a origem da pixao afirmam que ograffitinova-iorquino original equivale pixao brasileira; os dois mantm os mesmos princpios: a fora, a exploso e o vazio. Uma das principais caractersticas do pixo justamente o esvaziamento sgnico, a potncia esvaziada. No existem frases poticas, nem significados. A pixao possui dimenso incomunicativa, fechada, que no conversa com a sociedade. Pelo contrrio, de certa forma, a agride. A rejeio do pblico geral reside na falta de compreenso e inteleco das inscries; apenas os membros da prpria comunidade de pixadores decifram o contedo. 5 A significncia e a fora intervencionista do pixo residem, portanto, no prprio ato. Ela evidenciada pela impossibilidade de insero em qualquer estatuto pr-estabelecido, pois isso pressuporia a diluio e a perda de sua potncia signo-esttica. Enquanto ograffitifoi sendo introduzido como uma nova expresso de arte contempornea, a pichao utilizou o princpio de no autorizao para fortalecer sua essncia. 6 Mas o quo sensvel essa forma de expresso extremista e antissistema como a pixao? Como lidar com a linha tnue dos princpios estabelecidos para no cair em contradio? Na 26 Bienal de Arte de So Paulo, em 2004, houve um caso de pixo na obra do artista cubano naturalizado americano, Jorge Pardo. Seu comentrio, diante da interveno, foi Se algum faz alguma coisa no seu trabalho, isso positivo, para mim, porque escolheram a minha pea entre as expostas (). Quem fez isso deve discordar de alguma coisa na obra. Pode ser outro artista fazendo sua prpria obra dentro da minha. Pode ser s uma brincadeira e finalizou dizendo que pichar a obra de algum tambm no to incomum. J tradicional. 7 interessante notar, a partir do depoimento de Pardo, a recorrncia de padres em movimentos de qualquer natureza, e o inevitvel enquadramento em algum tipo de sistema, mesmo que imposto e organizado pelos prprios elementos do grupo. Na pixao, levando em conta o sistema em que esto inseridos, constatamos que tambm passa longe de ser perfeito; existe rivalidade pesada entre gangues, hierarquia e disputas pelo poder. 8 Em 2012, a Bienal de Arte de Berlim, com o tema Forget Fear, considerado ousado, priorizou fatos e inquietaes polticas da atualidade. Os pixadores brasileiros, Cripta (Djan Ivson), Biscoito, William e R.C., foram convidados na ocasio para realizar umworkshopsobre pixao em um espao delimitado, na igreja Santa Elizabeth. Eles compareceram. Mas no seguiram as regras impostas pela curadoria, ao pixar o prprio monumento. O resultado foi tumulto e desentendimento entre os pixadores e a curadoria do evento. 9 O grande dilema diante do fato que, ao aceitarem o convite para participar de uma bienal de arte, automaticamente aceitaram as regras e o sistema imposto. Mesmo sem adotar o comportamento esperado, caram em contradio. Por outro lado, pela pichao ser conhecidamente transgressora (ou pelo jeito, no to conhecida assim), os organizadores deveriam pressupor que eles no seguiriam padres pr-estabelecidos. 10 Embora existam movimentos e grupos que consideram, sim, a pixao como forma de arte, como o caso dos curadores da Bienal de Berlim, h uma questo substancial que permeia a realidade dos pichadores. Quem disse que eles querem sua expresso reconhecida como arte? Se arte pressupe, como ocorreu com ograffiti, adaptar-se a um molde especfico, seguir determinadas regras e por consequncia ver sua potncia intervencionista diluda e branda, muito improvvel que tenham esse desejo. 11 A representao da pixao como forma de expresso destrutiva, contra o sistema, extremista e marginalizada o que a mantm viva. De certo modo, a rejeio e a ignorncia do pblico o que garante sua fora intervencionista e a to importante e sensvel essncia. Adaptado de: CARVALHO, M.F.Pichao-arte pichao?Revista Arruaa, Edio n 0, Csper lbero, 2013. Disponvel em https://casperlibero.edu.br/revistas/pichacao-arte-e-picha%C3%A7%C3%A3o/ Acesso em: maio 2018. Assinale a alternativa cujo trecho sublinhado denote uma condio.

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