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Questões de Português - PUC | Gabarito e resoluções

Questão
2006Português

(PUCPR-2006) A GENTE NAS CALÇADAS - O ataúde que lhe preparam é mais estreito que sua cela. - Sepultura de sete palmos, não se poderá andar nela. - Como pôde existir imóvel quem tem a cabeça inquieta? - Não estranhará a sepultura quem pôde existir nessa cela. - Pôde ver o negro da morte durante o tempo da cadeia. O fragmento do Auto do frade, de João Cabral de Melo Neto, demonstra alguns recursos comuns à poética do autor. Assinale a alternativa correta que os identifica:

Questão
2006Português

(Pucsp 2006) Aquela senhora tem um piano Que é agradável mas não é o correr dos rios Nem o murmúrio que as árvores fazem... Para que é preciso ter um piano? O melhor é ter ouvidos E amar a Natureza. Sobre o poema acima apresentado, de Alberto Caeiro, é INCORRETO dizer que:

Questão
2006Português

(Pucrs 2006) Morte e _________ são temas presentes tanto na poesia de _________ quanto na de _________, considerados as duas principais matrizes do _________ no Brasil, movimento do final do século XIX, de inspiração francesa. As lacunas podem ser correta e respectivamente preenchidas por:

Questão
2006Português

(PUC/PR - 2006) REBELADO Ri tua face um riso acerbo e doente, que fere, ao mesmo tempo que contrista... Riso de ateu e riso de budista gelado no Nirvana impenitente. (...) Na estrofe do poema Rebelado, de Cruz e Sousa, possvel identificar caractersticas do Simbolismo. Assinale a alternativa que as identifica:

Questão
2006Português

(Pucsp 2006) A afirmação de Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa,Sou o Descobridor da Natureza / Sou o Argonauta das sensações verdadeiras, disseminou-se,ao longo de seus poemas, em expansões exemplificadoras da relação do poeta com anatureza e as coisas. Indique a alternativa que não reflete tal relação.

Questão
2005Português

ESTRADAS DE RODAGEM Comparados os países com veículos, veremos que os Estados Unidos são uma locomotiva elétrica; a Argentina um automóvel; o México uma carroça; e o Brasil um carro de boi. O primeiro destes países voa; o segundo corre a 50 km por hora; o terceiro apesar das revoluções tira 10 léguas por dia; nós... Nós vivemos atolados seis meses do ano, enquanto dura a estação das águas, e nos outros 6 meses caminhamos à razão de 2 léguas por dia. A colossal produção agrícola e industrial dos americanos voa para os mercados com a velocidade média de 100 km por hora. Os trigos e carnes argentinas afluem para os portos em autos e locomotivas que uns 50 km por hora, na certa, desenvolvem. As fibras do México saem por carroças e se um general revolucionário não as pilha em caminho, chegam a salvo com relativa presteza. O nosso café, porém, o nosso milho, o nosso feijão e a farinha entram no carro de boi, o carreiro despede-se da família, o fazendeiro coça a cabeça e, até um dia! Ninguém sabe se chegará, ou como chegará. Às vezes pensa o patrão que o veículo já está de volta, quando vê chegar o carreiro. - Então? Foi bem de viagem? O carreiro dá uma risadinha. - Não vê que o carro atolou ali no Iriguaçu e... - E o quê? - ... e está atolado! Vim buscar mais dez juntas de bois para tirar ele. E lá seguem bois, homens, o diabo para desatolar o carro. Enquanto isso, chove, a farinha embolora, a rapadura derrete, o feijão caruncha, o milho grela; só o café resiste e ainda aumenta o peso. (LOBATO, M. Obras Completas, 14 ed., São Paulo, Brasiliense, 1972, v. 8, p.74) (Pucsp 2005) As palavras DESATOLAR, VELOCIDADE, CARROÇA e CARREIRO são formadas, respectivamente, por meio dos seguintes processos:

Questão
2005Português

(Pucpr 2005) Leia o poema: o bicho alfabeto tem vinte e três patas ou quase por onde ele passa nascem palavras e frases com frases se fazem asas palavras o vento leve o bicho alfabeto passa fica o que não se escreve (Paulo Leminski) Identifique a alternativa correta:

Questão
2004Português

(Pucrs/2004) Autores como ________, ________ e ________, contemporâneos de Euclides da Cunha, apresentaram novas facetas da realidade brasileira, produzindo, respectivamente, romances que discutem temas tais como: a imigração alemã, os costumes urbanos e o universo rural.

Questão
2004Português

(Pucpr 2004) Aula de Português A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada das estrelas, sabe lá o que ela quer dizer? (ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: Poesia e Prosa. Rio: Nova Aguilar,1988.) Em relação às duas estrofes do poemaAula de Português, de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:

Questão
2004Português

(Pucrs 2004) 7Vamos admitir que o estudante 1se encontre diante da página em branco, de lápis e papel em punho, a esperar que as ideias 3lhe jorrem da mente com ímpeto proporcional à sua ansiedade. É um momento de transe _______ estão sujeitos todos os que ainda não adquiriram o desembaraço natural advindo da prática diuturna de escrever (transe e aflição traduzidos em mordiscar a ponta do lápis). O assunto sobre o qual se propõe a escrever é vago, não depende de pesquisa, mas apenas da experiência e das vivências. E agora? Vejamos como resolver isso, mediante a sábia lição do Professor Júlio Nogueira: O assunto é um desses temas abstratos, que 4nos parecem áridos, avaros de ideias: a amizade, por exemplo. Que dizer sobre a amizade? Como encher tantas linhas, formando períodos sobre períodos, se as ideias 5nos escapam, se a imaginação está inerte, se nada encontramos no cérebro que nos pareça digno de ser expresso de forma agradável e, sobretudo, correta? Antes de tudo, se nosso estado de espírito é de perplexidade, se 2nos domina essa preocupação pungente, esse desânimo de chegar a um resultado satisfatório, o que devemos fazer é não começar a tarefa imediatamente. Em vez de lançar a esmo algumas frases inexpressivas no papel, 8devemos refletir, devemos nos concentrar. Uma quarta parte do tempo _________ dispomos deve ser destinada a metodizar o assunto, a 6dividi-lo nos pontos que comporta. GARCIA, Othon. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1996, p. 340. (adaptação) As palavras que completam corretamente as lacunas do texto, na ordem em que se encontram, são

Questão
2003Português

(Pucsp 2003) Os cinco sentidos Os sentidos so dispositivos para a interao com o mundo externo que tm por funo receber informao necessria sobrevivncia. necessrio ver o que h em volta para poder evitar perigos. O tato ajuda a obter conhecimentos sobre como so os objetos. O olfato e o paladar ajudam a catalogar elementos que podem servir ou no como alimento. O movimento dos objetos gera ondas na atmosfera que so sentidas como sons. As informaes, baseadas em diferentes fenmenos fsicos e qumicos, apresentam-se na natureza de formas muito diversas. Os sentidos so sensores cujo desgnio perceber, de modo preciso, cada tipo distinto de informao. A luz parte da radiao magntica de que estamos rodeados. Essa radiao percebida atravs dos olhos. O tato e o ouvido baseiam-se em fenmenos que dependem de deformaes mecnicas. O ouvido registra ondas sonoras que se formam por variaes na densidade do ar, variaes que podem ser captadas pelas deformaes que produzem em certas membranas. Ouvido e tato so sentidos mecnicos. Outro tipo de informao nos chega por meio de molculas qumicas distintas que se desprendem das substncias. Elas so captadas por meio dos sentidos qumicos, o paladar e o olfato. Esses se constituem nos tradicionais cinco sentidos que foram estabelecidos j por Aristteles. (SANTAELLA, Lucia. Matrizes da Linguagem e Pensamento. So Paulo: Iluminuras, 2001). O 2 pargrafo do texto, tendo em vista sua organizao sinttica, constitui-se basicamente de oraes complexas, isto , principais, seguidas por oraes

Questão
2001Português

(PUC - SP) APELO Amanh faz um ms que a Senhora est longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, no senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa da esquina. No foi ausncia por uma semana: o batom ainda no leno, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite pela primeira vez coalhou. A notcia e sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no cho, ningum os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e at o canrio ficou mudo. Para no dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava s, sem o perdo de sua presena a todas as aflies do dia, como a ltima luz na varanda. E comecei a sentir falta das primeiras brigas por causa do tempero na salada - o meu jeito de querer bem. Acaso saudade, Senhora? s suas violetas, na janela, no lhes poupei gua e elas murcham. No tenho boto na camisa, calo a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de ns sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Dalton Trevisan (In: BOSI, A. (org.) O conto brasileiro contemporneo. So Paulo, Cultrix, 1997, p. 190.) Sobre a subordinao, relembre: a construo sinttica em que uma orao determinante, e, pois subordinada, se articula com outra, determinada por ela e principalem relao a ela. (Mattoso Cmara Jr - Dicionrio de Filologia e Gramtica, Rio de Janeiro, J. Ozon, 1971, p.362). Em seguida, assinale a alternativa correta:

Questão
2001Português

(PUC-SP-2001) A QUESTÃO É COMEÇAR Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o bom dia, o boa tarde, como vai? já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos alfabetizados, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. Pare aí, me diz você. O escrevente escreve antes, o leitor lê depois. Não!, lhe respondo, Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho. Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde. (MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13). __________________________________________________________________________________________________________________________________________ Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: Em nossa civilização apressada, o bom dia, o boa tarde já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é quebrar o gelo. Indique a alternativa que explicita essa função.

Questão
2001Português

(Pucsp 2001) O argumento da peça A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, consiste na demonstração do refrão popular Mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube. Identifique a alternativa que NÃO corresponde ao provérbio, na construção da farsa. Andar! Pero Marques seja! Quero tomar por esposo quem se tenha por ditoso de cada vez que me veja. Meu desejo eu retempero: asno que me leve quero, não cavalo valentão: antes lebre que leão, antes lavrador que Nero.

Questão
2001Português

(PUC - SP) Tu s, tu, puro amor, com fora crua Que os coraes humanos tanto obriga, Deste causa molesta morte sua, Como se fora prfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lgrimas tristes se mitiga, porque queres, spero e tirano, Tuas aras banhar em sangue humano. Estavas, linda Ins, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruito, Naquele engano da alma ledo e cego, Que a fortuna no deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus fermosos olhos nunca enxuito, Aos montes ensinando e s ervinhas, O nome que no peito escrito tinhas. Os Lusadas, obra de Cames, exemplificam o gnero pico na poesia portuguesa, entretanto oferecem momentos em que o lirismo se expande, humanizando os versos. O episdio de Ins de Castro, do qual o trecho acima faz parte, considerado o ponto alto do lirismo camoniano inserido em sua narrativa pica. Desse episdio, como um todo, pode afirmar-se que seu ncleo central