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Questões de Português - PUC | Gabarito e resoluções

Questão
2010Português

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A coragem (...) só se torna uma 12virtude quando a serviço de outrem ou de uma causa geral e generosa. Como traço de caráter, a coragem é, sobretudo, uma fraca sensibilidade ao medo, seja por ele ser pouco sentido, seja por ser bem suportado, ou até provocar prazer. É a coragem dos estouvados, dos brigões ou dos 10impávidos, a coragem dos durões, como se diz em nossos filmes policiais, e todos sabem que a 2virtude pode não ter nada a ver com ela. Isso quer dizer que 1ela é, do ponto de vista moral, totalmente indiferente? Não é tão simples assim. Mesmo numa situação em que 3eu agiria apenas por 11egoísmo, pode-se estimar que a ação generosa (por exemplo, o combate contra um agressor, em vez da súplica) manifestará maior domínio, maior 13dignidade, maior 14liberdade, 15qualidades moralmente significativas e que darão à coragem, como que por retroação, 5algo de seu valor: sem ser sempre moral, em sua essência, a coragem é aquilo sem o que, não há dúvida, qualquer moral seria impossível ou sem efeito. 4Alguém que se entregasse totalmente ao medo que lugar poderia deixar aos seus deveres? (...) O medo é egoísta. A covardia é egoísta. (...) Como virtude, ao contrário, a coragem supõe sempre uma forma de 7desinteresse, de 8altruísmo ou de 9generosidade. Ela não exclui, sem dúvida, uma certa 16insensibilidade ao medo, até mesmo um gosto por ele. Mas não 6os supõe necessariamente. Essa coragem não é a ausência do medo, é a capacidade de superá-lo, quando ele existe, por uma vontade mais forte e mais generosa. Já não é (ou já não é apenas) fisiologia, é força de alma, diante do perigo. Já não é uma paixão, é uma virtude, é a condição de todas. Já não é a coragem dos durões, é a coragem dos doces, e dos heróis. André Comte-Sponville. Pequeno tratado das grandes virtudes. p. 55 a 57 (adaptado). (Pucrs 2010) A propósito do sentido de certos vocábulos no texto, afirma-se: 1. impávidos (ref. 10) significa destemidos e poderia ser substituído por valentes sem prejuízo à coerência da frase. 2. egoísmo (ref. 11) e altruísmo (ref. 8) são antônimos. 3. virtude (ref. 12) inclui, em seu sentido amplo, os sentidos de dignidade (ref. 13), liberdade (ref. 14), qualidades (ref. 15) e generosidade (ref. 9). 4. Na composição das palavras desinteresse (ref. 7) e insensibilidade (ref. 16), há elementos de valor semântico equivalente. As afirmativas corretas são, apenas:

Questão
2010Português

(Pucmg 2010) Todas as alternativas a seguir apresentam conteúdos implícitos ao trecho da Constituição, EXCETO:

Questão
2009Português

(Pucpr/2009) Assinale o que for INCORRETO a respeito da estética simbolista e da poesia de Cruz e Sousa.

Questão
2009Português

(Pucsp 2009) Mesmo os mais recalcitrantes céticos, que insistem em negar o aquecimento global ou que ele seja provocado por atividades humanas, deveriam apoiar investimentos na busca de novas fontes energéticas. Iniciar o parágrafo com o termo destacado serve para

Questão
2009Português

(Pucpr 2009) Sobre Dom Casmurro, de Machado de Assis, leia as afirmações a seguir e depois assinale a alternativa CORRETA: I. A obra mais conhecida de Machado de Assis tem como temática o adultério feminino, a exemplo de outras narrativas suas contemporâneas. II. O ciúme foi a causa da separação de Bentinho e Capitu, pois o fato de que Ezequiel é filho de Bentinho fica comprovado na narrativa. III. Ao criticar a sociedade de seu tempo, Machado de Assis desnuda as relações interpessoais, sempre egoístas, como acontece com Bentinho e Capitu. IV. Capitu, a mulher dissimulada, de olhos de cigana oblíqua, não consegue dissimular sua dor, por ocasião da morte de Escobar. V. Dom Casmurro é o marco inicial do Realismo brasileiro, de que Machado de Assis é o maior representante.

Questão
2009Português

(Pucpr 2009) Observe o seguinte fragmento do conto "Felicidade Clandestina", do livro com o mesmo nome, escrito por Clarice Lispector: "Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. E como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grande, meu Deus, era um livro pra se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria". Fonte: Clarice Lispector, "Felicidade Clandestina" Na relação entre as personagens se verificam as seguintes temáticas presentes no todo da obra de Clarice Lispector:

Questão
2009Português

(PUC/MG - 2009) TRECHO 1 Belo Horizonte, que lindo nome! Fiquei a repeti-lo e a enroscar-me na sua sonoridade. Era longo, sinuoso, tinha de pssaro e sua cauda repetia rimas belas e amenas. Fonte. Monte. Ponte. Era refrescante. Continha fceis ascenses e aladas evases. Sugeria associaes cheias de nobreza na riqueza das homofonias. Belerofonte. Laocoonte. Caronte. Era bom de repetir Belorizonte, Belorizonte, Belorizonte e ir despojando aos poucos a palavra: das arestas de suas consoantes e ir deixando apenas suas vogais ondularem molemente. Belo Horizonte. Belorizonte, Beoizonte Beoionte. Fui nossa sala de visitas e apliquei no ouvido a concha mgica que me abria os caminhos da distncia. Ouvi seu rudo helnico e o apelo longnquo beoioooooo prolongado como silvo dos trens que subiam de Caminho Novo acima, dobrando o canto dos apitos na pauta das noites divididas. NAVA, Pedro. Balo cativo. Ateli, 2000. p. 85. TRECHO 2 Belo Horizonte hoje para mim uma cidade soterrada. Em vinte anos eliminaram a minha cidade e edificaram uma cidade estranha. Para quem continuou morando l, a amputao pode ter sido lenta, quase indolor; para mim foi cirurgia de urgncia, a prestaes, sem a inconscincia do anestsico. Enterraram a minha cidade e muito de mim com ela. Em nome do progresso municipal, enterraram as minhas casas; enterraram os pisos de pedra das minhas ruas; enterraram os meus bares; minhas moas bonitas; meus bondes; minhas livrarias; bancos de praa; folhagens; enterraram-me vivo na cidade morta. Por cima de ns construram casas modernas, arranha-cus, agncias bancrias; pintaram tudo, deceparam as rvores, demoliram, mudaram fachadas, acrescentaram varandas, disfararam de novas as casas velhas, muraram o espao livre, reviraram jardins, mexeram por toda a parte com uma sanha cruenta. Como se tivessem o propsito de desorientar-me, de destruir tudo que me estendia uma ponte entre o que sou e o que fui. Ai, Belo Horizonte! TRECHO 3 Dessas marchas a p havia uma que eu fazia com prazer. Era a da noite, indo para casa. Sempre s, seguia Afonso Pena pela beirada perfumosa do Parque ou pelo passeio fronteiro. Passava pela esquina de Seu Artur Haas e logo depois era um muro imenso at as paredes em construo da Delegacia Fiscal. Novo terreno baldio (ainda no havia Automvel Clube). Depois era o Palcio da Justia todo negro e fechado. Vinham as casas seguintes: A do Doutor Rodolfo Jacob; depois a deliciosa edificao em que residiriam sucessivamente oDr. Francisco Peixoto, o Dr. Bolivar, a Dona Alice Neves, a quase igual do Dr. Balena. Em seguida o baldio, onde seria levantado o Conservatrio Mineiro, a casa amarela do Maestro Flores [] Naquele ponto o cu era o mais longnquo do mundo e as estrelas palpitavam em alturas inconcebveis. Eu andava de um lado para o outro na avenida como imantado por tal ou qual polo de atrao. [] Nas noites escuras ou de chuva, tomava Cludio Manuel, Chumbo, logo acima da esquina de Palmira dava com o Louco da Noite sempre parado debaixo dum poste de iluminao, pasmo, recebendo aquela luz voltaica e as guas do cu sem ir, vir, esconder-se, voltar, falar. Imvel, fora do tempo, estuporado, catatnico. Todos temiam-no na Serra. Mas ele era tmido e manso. NAVA, Pedro. Beira-Mar. Memrias 4. Nova Fronteira, 1985. p. 132. TRECHO 4 Noturno de Belo Horizonte Dorme Belo Horizonte. Seu corpo respira leve o aclive vagarento das ladeiras No se escuta sequer o rudo das estrelas caminhando Mas os poros abertos da cidade Aspiram com sensualidade com delcia O ar da terra elevada. Ar arejado batido nas pedras dos morros, Varado atravs da gua tranada das cachoeiras, Ar que brota nas fontes com as guas Por toda a parte de Minas Gerais. ANDRADE, Mrio de. Poesias completas. Para responder a questo, leia os trechos 1, 2, 3, 4 e as consideraes que se apresentam logo aps o trecho 4. I - Cada um dos trechos (1, 2, 3 e 4) apresenta uma leitura particular que o autor faz da cidade de Belo Horizonte. Em cada um deles, a partir de um ponto de vista, emerge uma cidade. II - Quando lemos textos que leem a cidade, estamos partilhando de uma construo de sentido de um dado objeto, na qual est inscrito o modo como o autor desenha, mapeia a cidade, ou seja, apreende e representa tal objeto. III - A descrio dos elementos fsico-geogrficos (a paisagem urbana) feita no universo do discurso literrio pode ser talhada pela memria subjetiva, pela fabricao discursiva de um objeto, que difere daquela que se d nos manuais de instruo da geografia ou de turismo. A afirmativa est CORRETA em:

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2009Português

(PUC-SP-2009) Alguns dias antes estava sossegado, preparando látegos, consertando cercas. De repente, um risco no céu, outros riscos, milhares de riscos juntos, nuvens, o medonho rumor de asas a anunciar destruição. Ele já andava meio desconfiado vendo as fontes minguarem. E olhava com desgosto a brancura das manhãs longas e a vermelhidão sinistra das tardes. O crítico Álvaro Lins, referindo-se a Vidas Secas, obra de Graciliano Ramos, da qual se extraiu o trecho anterior, afirma que, além de ser o mais humano e comovente dos livros do autor, é o que contém maior sentimento da terra nordestina, daquela parte que é áspera, dura e cruel, sem deixar de ser amada pelos que a ela estão ligados teluricamente. Por outro lado, merece destaque, dentre os elementos constitutivos dessa obra, a paisagem, a linguagem e o problema social. Assim, a respeito da linguagem de Vidas Secas, é CORRETO afirmar-se que:

Questão
2009Português

(PUC - PR - 2009) UE REABRE PARCIALMENTE IMPORTAO DE FRANGO DA CHINA Ao mesmo tempo em que retarda qualquer deciso que possibilite aos EUA retomar suas exportaes de carne de frango para o bloco (o argumento o de que os norte-americanos desinfetam suas carcaas com cloro), a Unio Europeia reabre - embora parcialmente - suas portas carne de frango de origem chinesa. A reabertura atenua um embargo de ordem sanitria mantido sobre todos os produtos da avicultura chinesa h quatro anos e que foi declarado logo aps a China ter anunciado, oficialmente, os primeiros casos de Influenza Aviria no pas. A atenuao do embargo no envolve carnes avcolas e ovos in natura, apenas produtos tratados a uma temperatura mnima de 70 C, considerada suficiente para inativar algum vrus da Influenza Aviria eventualmente presente no produto. Alm disso, est restrito apenas provncia de Shandong e, assim, exclui outras 29 provncias chinesas, sobre as quais prevalece o embargo total. Ainda que duplamente parcial, essa reabertura no deve ser menosprezada - avaliam analistas europeus. Primeiro, porque a provncia de Shandong a principal regio avcola chinesa, tendo sido responsvel (2006) por 10% de toda a carne de frango produzida pela China. Segundo, porque imediatamente aps os primeiros embargos as empresas locais passaram a investir com nfase no ps-processamento (frango cozido) e hoje tm uma capacidade de atendimento bem maior que h quatro ou cinco anos atrs. E isso, completam, deve acelerar o ritmo de expanso das exportaes chinesas. Autor: Redao A visite. Fonte: http://www.agrolink.com.br/gripeaviaria/NoticiaDetalhe.aspx?codNoticia=74605. Disponvel em 15/09/2008 Os pronomes, os advrbios, os numerais e as conjunes so recursos lingusticos que atribuem coeso ao texto, ou seja, estabelecem relaes de sentido entre as unidades textuais. A esse respeito, assinale a alternativa que apresenta uma informao INADEQUADA.

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2008Português

(Pucsp 2008) MONA LISA DE DA VINCI SEM MOTIVOS PARA SORRIR Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a Mona Lisa está se deteriorando. O grito de alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê doestrago. O fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração por escrito. O museu não diz quando essa última avaliação ocorreu. O estudo será feito pelo Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França e vai determinar os materiais usados na tela e avaliar sua vulnerabilidade a mudanças climáticas. O Museu do Louvre recebe cerca de seis milhões de visitantes por ano, e todos, praticamente, veem a Mona Lisa, uma tela de 77 centímetros de altura por 55 de largura, protegida por uma caixa de vidro, com temperatura controlada. A tela será mantida no mesmo local, exposta ao público, enquanto for realizado o estudo. (Fonte:http://www.italiaoggi.com.bracessado em 13/11/07) Observe o trecho: O fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde queespecialistas em conservação examinaram a pintura pela última vez... Nele, o elemento coesivo desde que, mais do que ligar duas orações, estabelece uma relação de sentido entre elas. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que indica a relação de sentido estabelecida pelo desde que no referido trecho.

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2008Português

(Pucrs/2008) ________, autor de ________, está situado na geração que se convencionou chamar ________, e apresenta uma literatura voltada para as questões sociais do Brasil, compondo retratos dos problemas das cidades. Os dados que completam as lacunas estão reunidos em:

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2008Português

(PUC/RS - 2008/ Adaptada) TEXTO 1 Valores apresentam diferenas significativas conforme a cultura e o pas. Os universitrios brasileiros, por exemplo, se preocupam mais com o sucesso pessoal e profissional do que os argentinos e uruguaios, sentimento que predomina tambm entre os homens, independentemente da nacionalidade, enquanto as mulheres valorizam a simplicidade e a segurana. Os brasileiros do mais valor ______ uma vida confortvel, feliz e prazerosa. Um mundo de beleza (apreciao da arte e do que belo) e paz, a igualdade e a segurana familiar so destacados pelos argentinos, e 1os uruguaios priorizam a liberdade e tambm a segurana familiar. Essas concluses fazem parte da dissertao do professor de Administrao do Campus Uruguaiana Elvisnei Camargo Conceio, defendida no Mestrado em Administrao e Negcios da PUCRS e orientada por Paulo Fernando Burlamaqui. Os resultados surgiram dequestionrios respondidos por 624 estudantes de universidades situadas na fronteira, no interior ou nas capitais. Os valores, explica o autor, expressam crenas duradouras, menos sujeitas ______ influncias do ambiente. Foram investigados dois grupos de valores: os relacionados aos objetivos de vida (terminais) e os que assumimos como orientadores de conduta social (instrumentais). Segurana familiar, felicidade e liberdade so prioridades para os universitrios das trs nacionalidades. Como valores instrumentais, honestidade, responsabilidade e capacidade lideraram o ranking. Ambio est em sexto lugar entre os brasileiros e em 12 entre argentinos e uruguaios. Quanto ______ obedincia, o autor considera que a sociedade moderna enxerga esse valor como subservincia e submisso, no condizente com a liberdade de escolha. (...) 2Conforme o professor, os resultados cientficos no so generalizveis para toda a populao, mas apontam indicativos para os meios acadmicos e empresarial. Camargo ressalta3 que a aplicao multidisciplinar, 4podendo interessar Administrao, Psicologia, Antropologia e Sociologia. 5O estudo pode contribuir para a elaborao de planos de marketing e de programas de relacionamento com o cliente, para a definio de estratgias e de aes de endomarketing. PUCRS Informao, maro-abril/2008, p. 14. (fragmento adaptado) As palavras que preenchem correta e respectivamente as lacunas das linhas 05, 14 e 20 esto reunidas em:

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2008Português

(Pucsp 2008) Gil Vicente escreveu o Auto da Barca do Inferno em 1517, no momento emque eclodia na Alemanha a Reforma Protestante, com a crítica veemente de Lutero ao mau clero dominante na igreja. Nesta obra, há a figura do frade, severamente censurado como um sacerdote negligente. Indique a alternativa cujo conteúdo NÃO se presta a caracterizar, na referida peça, os erros cometidos pelo religioso.

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2008Português

(Pucsp 2008) CIDADÃOS COM CIDADANIA RUY CASTRO RIO DE JANEIRO Um chiclete ou toco de cigarro jogado na rua atrai outro chiclete ou toco de cigarro. Uma garrafa pet atirada na pista pela janela de um carro induz a que outro cretino, passando de carro, atire outra garrafa. Um monte de lixo não recolhido na calçada leva o indivíduo a despejar mais lixo na calçada, achando que o ponto está liberado para vazadouro. Uma faixa com os dizeres Maricotinha, te amo ou Obrigado a santo Agapito pela graça alcançada, estendida de poste a poste, de um lado a outro da rua, estimula que alguém pendure outras faixas apregoando Vendem-se túmulos ou Jazigos abaixo do custo, como já vi perto de cemitérios, penduradas de árvore a árvore. Uma tabuleta na porta de um açougue prometendo Coxão mole a xis reais o quilo, empatando metade da calçada, é um convite a que farmácias, lanchonetes, locadoras de vídeo etc. atravanquem o resto da via pública com seus anúncios. Um carro estacionado com duas rodas no passeio está a um passo de botar as outras duas rodas no passeio e interrompê-lo de vez. Uma pichação na fachada de um prédio leva outro pichador a emporcalhar o prédio ao lado ou a tentar competir com o primeiro, pichando os andares mais altos. Um grafiteiro autorizado a cobrir uma parede com seus horrendos desenhos estará apenas se prevalecendoda coação que sua categoria impõe ao poder público ou este libera o grafite, por ser uma arte, ou os grafiteiros vão na marra e pintam do mesmo jeito. Tanta imundície revela abandono e é uma porta aberta para a criminalidade bandidos sentem-se bem em meio a ela. Algumas prefeituras fazem sua parte, mas os cidadãos precisam ajudar, exercendo a cidadania. Embora pertença a todos, o espaço público não é a casa da mãe joana. (Folha de S. Paulo, Opinião A2. 19 de maio de 2008) Considere o seguinte trecho: Uma tabuleta na porta de um açougue prometendo Coxão mole a xis reais o quilo, empatando metade de calçada, é um convite a que farmácias, lanchonetes, locadoras de vídeo, etc. atravanquem o resto da via pública com seus anúncios. A forma nominal do verbo prometer pode ser reescrita de várias formas (ainda que com alterações de sentido), como se observa nas alternativas a seguir, exceto em:

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2008Português

(Pucsp 2008) Leia o poema a seguir, de Alberto Caeiro, e indique a alternativa que estabelece conexão entre o poeta e o texto. Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar...