Os liberais, quando no governo, agiam sempre de maneira idêntica aos conservadores. O programa liberal era uma espécie de trombeta sonora que eles só se lembravam de clarinar quando estavam na oposição. Então, todo o país acordava sob o estridor imenso de toques de alarme, de sonoridades marciais, de cânticos de guerra, chamando a postos as consciências altivas para a defesa da Pátria, da Democracia e da Liberdade. Desde o momento, porém, em que, ao aceno da Coroa, retornavam ao poder,cessavam o trombetear formidável e passavam a ser... como os conservadores. (ALENCAR; RIBEIRO; CECCON, 1986, p.134). As razões que explicam a situação descrita no texto, sobre a época do Segundo Império brasileiro resultavam do fato de
Os holandeses [...] não eram, nem de longe, os hereges e os bichos-papões dos quais tanto se ouvia falar mal. Muito pelo contrário. Eram uma gente perseverante e trabalhadora, que construía sua pátria domando rios, drenando lagos, escavando canais, erguendo paisagens imensas e tomando terras ao Mar do Norte. Um povo destemido, que lutava contra os espanhóis pela independência [...] e, ainda assim, entre uma batalha e outra, havia construído a nação mais próspera do mundo cristão. - Sei pouco sobre essas gentes comentou em tom de mal disfarçado despeito Dom Álvaro de Abranches, um capitão da infantaria. Deve de ser um país bem grande, imagino eu. Muito pelo contrário, companheiro garantiu Dom Diogo, naquele sorriso vaidoso dos viajados É até bem pequeno. Um pouquinho menor do que Portugal. E lá ninguém passa fome; quase toda a gente sabe ler e escrever... É o povo mais rico e feliz que conheço. (RORIZ, 2006, p.130-131). O texto, de ficção, traça um perfil otimista dos holandeses no século XVII, cuja prosperidade na história relaciona-se com
Art. 6: Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a I. gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; II. proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade e III. proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. (LEI N. 12.527..., 2012). O texto da Lei No 12.527, de 18/11/2011, assegurou ao cidadão brasileiro livre acesso à informação de órgãos e entidades de poder público, estabelecendo uma prática política que se diferencia
BAHIA A Bahia também sofreu com a crise mundial de 1929, devido à redução da exportação de bens agrícolas. O cacau era o principal deles e a crise confirmou um período de dificuldades crescentes para o produtor de cacau. A partir de 1930, a região cacaueira viveu um longo período de dificuldades que foram se acumulando. As crises eram cíclicas. O Estado dependeu economicamente do cacau, seu principal produto de exportação, até a década de 80. (FALÊNCIAS..., 2009, p. 3). A comparação entre o contexto econômico da Bahia na época da crise mundial descrita no texto e a situação atual da Bahia, no contexto da crise mundial iniciada em 2008, revela que
Os protagonistas de hoje são diferentes daqueles de vinte anos atrás. A liderança dos Estados Unidos na questão ambiental foi anulada pela falta de propósito nacional, de interesses e pelas disputas partidárias que parecem ignorar a relevância da preservação e de uma economia de baixo consumo de carbono. A Europa está limitada pela grave crise que se abateu sobre a zona do euro. A China, a Índia e muitos outros países continuam queimando combustíveis fósseis como se não houvesse amanhã. Alguns líderes de países ricos não participarão da Rio+20, indicação chocante do desrespeito à urgência da agenda, o que pode prejudicar tanto pobres quanto ricos. (LOVEJOY, 2012, p.135). Os problemas destacados no texto e os conhecimentos sobre as discussões da Rio+20 permitem afirmar:
Corpos imersos em fluidos líquidos ou gases estão sujeitos a pressões. Em relação aos conceitos básicos de hidrostática, marque com V as verdadeiras e com F, as falsas. ( ) O empuxo que atua em uma esfera maciça, imersa em um fluido, é maior do que o empuxo que atuaria sobre essa esfera, caso ela fosse oca e estivesse imersa no mesmo fluido. ( ) A diferença de pressão entre dois pontos de um líquido em equilíbrio é inversamente proporcional à densidade do líquido e ao desnível entre eles. ( ) O funcionamento de um elevador hidráulico é uma aplicação prática do princípio de Pascal. A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
A torre de marfim, a torre alada, esguia e triste sob o céu cinzento, corredores de bruma congelada, galerias de sombras e lamentos. A torre de marfim fez-se esqueleto e o esqueleto desfez-se num momento, Ó! não julgueis as coisas pelo aspecto que as coisas mudam como muda o vento. LIMA, Jorge de. Sonetos. Antologia poética. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974. p. 99. Está em desacordo com o texto o que se enuncia na alternativa
TEXTO: O amor a Deus, pelo qual o poder assegura a submissão do homem medieval, é substituído, nas sociedades capitalistas, pelo amor à pátria, dever do cidadão. Embora se instalem essas diferenças no 5 desenvolvimento da história, tanto o poder religioso como o político se exercem pelo amor e pela crença. Esses são o suporte da autoridade. Contudo não é só pela violência física ou verbal que se encontram os meios de se obter a 10 submissão. Há uma violência mais insidiosa e eficaz: a do silêncio. E o poder, além de silenciar, também se exerce acompanhado desse silêncio. Esse, por sua vez, numa sociedade como a nossa, se legitima em função do amor à pátria e da crença na responsabilidade do 15 cidadão. Tais reflexões levam Cl. Haroche (1984) a dizer que, com esse silêncio, o Estado procura manter a distância, ignorar, e mesmo sufocar, a questão crucial do sujeito, isto é, dos modos com que o sujeito pensa, deseja, 20 critica, resiste. Nos trabalhos em que procurei refletir a respeito da questão indígena sobre educação indígena (1982), sobre discurso das lideranças indígenas (1984) e sobre a relação entre língua e cultura dos pataxós (1985) , 25 pude constatar que, no caso do contato cultural entre índios e brancos, o silenciamento produzido pelo Estado não incide apenas sobre o que o índio, enquanto sujeito, faz, mas sobre a própria existência do sujeito índio. E, quando digo Estado, digo o Estado brasileiro do branco, 30 que silencia a existência do índio enquanto sua parte e componente da cultura brasileira. Nesse Estado, o negro chega a ter uma participação. De segunda classe, é verdade, mas tem uma participação, à margem. O índio é totalmente 35 excluído. No que se refere à identidade cultural, o índio não entra nem como estrangeiro, nem sequer como antepassado. Esse processo de apagamento do índio da identidade cultural nacional tem sido escrupulosamente 40 mantido durante séculos. E se produz pelos mecanismos mais variados, dos quais a linguagem, com a violência simbólica que ela representa, é um dos mais eficazes. Os portugueses descobriram o Brasil. Daí se infere que nossos antepassados são os portugueses e 45 o Brasil era apenas uma extensão de terra. Haviaselvagens arredios que faziam parte da terra e que, descobertos, foram o objeto da catequese. São, desde o começo, o alvo de um apagamento, não constituem nada em si. Esse é o seu estatuto histórico transparente: 50 não constam. Há uma ruptura histórica pela qual se passa do índio para o brasileiro, através de um salto. ORLANDI, Eni Puccinelli: Pátria ou Terra: o índio e a identidade nacional. Terra à vista Discurso do confronto: Velho e Novo Mundo. 2. ed. São Paulo: Editora da UNICAMP, 2008. p. 65-66. Adaptado. Depois de ler o texto, marque V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas abaixo. ( ) Uma das maiores violências praticadas contra o elemento nativo do Brasil foi o seu apagamento como sujeito histórico. ( ) O elemento indígena, no Brasil-Colônia, comportou-se como um ser passivo e negativo para a cultura nacional. ( ) O índio, elemento excluído da cultura brasileira, é responsabilizado pela sua interdição nesse contexto. ( ) O historicamente não dizível relatado no texto constitui um mal político de uma cultura de tradição hegemônica. ( ) O negro e o índio, do ponto de vista histórico, tiveram o mesmo grau de apagamento como antepassados nacionais.
Texto: Adalgisa Adalgisa mandou dizê Que a Bahia tá viva ainda lá Com a graça de Deus inda lá Que nada mudou inda lá... (Dorival Caymmi) Aproveito o samba Adalgisa (1964), composição e interpretação do nosso saudoso Dorival Caymmi, para trocar algumas ideias sobre essa Bahia que tá viva ainda lá. Vou considerar ainda lá como um lugar de origem 5 que torna a Bahia singular. Ele compôs Adalgisa no tempo em que a Bahia foi colocada no turbilhão do capitalismo transnacional e suas derivações tecnoeconômicas. Adalgisa é um aviso importante, animando-nos a acreditar, ainda, numa Bahia que insiste 10 em se manter viva. Viva face à teia dos valores que tendem a transformá-la numa metrópole, extensão geopolítica e expansionista de alguns estados nacionais com suas supremacias étnicas e territoriais. Estamos assistindo à imposição de um mercado global, que cria 15 cenários alegóricos, forjando um novo sujeito social: o produtor/consumidor refém das leis do capital. Na Bahia de Adalgisa, a população vive submetida à imposição de políticas institucionais que não conseguem acolher a identidade profunda da sua população. 20 Ainda lá, no recado de Adalgisa, é o lugar da recusa à geografia civilizatória europocêntrica, e que mantém comunidades estruturadas através do patrimônio civilizatório africano. São comunidades que continuam expandindo seus valores de civilização, 25 face às imposições espaço-temporais de cunho militar-econômico que têm a pretensão de estabelecer com a natureza uma relação mediatizada pela ciência e a técnica, interferindo nos modos de elaboração de mundo característicos da nossa gente. Mãe Aninha, a 30 Iyá Oba Biyi, afirmava ser a Bahia uma Roma Negra, referindo-se metaforicamente à Bahia como uma pólis transatlântica, referência de continuidade dos vínculos comunitários da civilização africana. Que nada mudou inda lá... 35 A Bahia carrega um rico universo simbólico africano-brasileiro sustentado por formas de comunicação com narrativas sobre os princípios fundadores que marcam o alvorecer da humanidade, permitindo presentificar acontecimentos míticos, 40 aproximar-nos de tempos imemoriais, da relação entre vida e morte, rememorar e reverenciar e cultuar aancestralidade de famílias, linhagens, personalidades exponenciais que contribuíram para expandir e fortalecer as instituições, remeter a lugares sagrados, 45 dramatizações que contam a história de afirmação das nossas comunidades. Na Bahia, transborda a dinâmica ininterrupta da ancestralidade africana, que constitui a corrente sucessiva de gerações que mantêm o legado dos nossos antepassados. LUZ, Narcimária C. P. A Bahia tá viva ainda lá.... A Tarde, Salvador, 15 jun. 2012. Caderno Opinião, p. A 2. O que se afirma sobre o fragmento transcrito está correto em
Em um triângulo retângulo, sejam S a soma das medidas dos comprimentos dos catetos; T, a diferença entre eles e H, a medida do comprimento da hipotenusa. Se x for é a medida do menor ângulo interno desse triângulo, então cos2x é igual a
TEXTO: Tu desprecio será mi fuerza Sé que me desprecias. Siempre lo he sabido. Me lo decían tu mirada y tus falsas promesas. Cuando decías que yo para ti era una prioridad y que mi trabajo te importaba, sabía que me estabas mintiendo. Ahora, 5 ya es público tu desprecio. Creo que en realidad me tienes miedo. Sabes que soy quien enseñará a leer a alguien para que pueda estudiar, quien ayudará a que otro aprenda un oficio y quien procurará que el padre y la madre de cualquiera 10 se interesen por sus estudios para que no abandone el colegio sin acabar la Secundaria. Sabes que soy el ascensor y soy la puerta. Sabes que soy una amenaza para tu poder porque vengo cargado de ideas y de palabras y a ti te da miedo que se piense y que se 15 hable. También conozco tu estrategia: sé que intentarás enfrentarme con los padres y las madres de mis propios estudiantes. Usarás los lugares comunes para intentar que no me apoyen. Buscarás dividirnos, segmentarnos, 20 fragmentarnos. Pero no lo conseguirás. Tú quieres construir una sociedad de consumidores obedientes y pagadores devotos mientras que yo procuro una sociedad de ciudadanos libres. Tú buscas dominar a todos sometiéndome a mí; yo busco liberarlos a pesar 25 de ti. Tú crees que estoy solo y, sin embargo, yo sé que somos miles. Muy pronto saldrás a la calle a pedir mi voto. No te creeré, porque sé que me desprecias, pero sí te doy un consejo: cuando vayas por la calle, mira la cara de la 30 gente. Podrás verme en cada rostro porque dentro de nosotros siempre vive la profesora o el profesor que nos hizo libres. TRUJILLO, Fernando. Tu desprecio será mi fuerza. Disponível em: http:/ /deestranjis.blogspot.com/2011/09/tu-desprecio-sera-mi-fuerza.html Acesso em: 7 jun.2012. (Adaptado.) La lectura del cuarto párrafo del texto permite afirmar que el autor
As leis do Açúcar, do Selo, do Chá, dentre outras leis decretadas pela Inglaterra contra as Treze Colônias da América do Norte, expressavam
Em uma promoção, ao comprar um computador, o consumidor leva um pacote no qual ele deve escolher 2 periféricos distintos, dentre 5 opções, sendo que o primeiro terá 10% de desconto e o segundo 5%; 3 jogos distintos, dentre 7 títulos disponíveis. Nessas condições, o número de pacotes diferentes à disposição dos consumidores é
O volume da menor caixa cúbica que pode ser usada para guardar uma esfera de aço com 8cm3 de volume, considerando-se 3,14 é de, aproximadamente,
São formações arbustivas, que apresentam folhas grossas, troncos retorcidos e raízes profundas, que permitem a retirada de água do lençol freático, durante a seca prolongada do inverno. A formação vegetal descrita