— Os liberais, quando no governo, agiam sempre de maneira idêntica aos conservadores. O programa liberal era uma espécie de trombeta sonora que eles só se lembravam de clarinar quando estavam na oposição. Então, todo o país acordava sob o estridor imenso de toques de alarme, de sonoridades marciais, de cânticos de guerra, chamando a postos as consciências altivas para a defesa da Pátria, da Democracia e da Liberdade. Desde o momento, porém, em que, ao aceno da Coroa, retornavam ao poder, cessavam o trombetear formidável — e passavam a ser... como os conservadores. (ALENCAR; RIBEIRO; CECCON, 1986, p.134).
As razões que explicam a situação descrita no texto, sobre a época do Segundo Império brasileiro resultavam do fato de
o direito de voto ser estendido apenas às populações urbanas das capitais das províncias.
o Imperador Pedro II, através da distribuição de cargos e favores, comprar a fidelidade dos componentes dos dois partidos.
todos temerem a volta do absolutismo, possibilidade sempre presente, face ao caráter autoritário e orgulhoso do Imperador Pedro II.
os componentes dos dois partidos temerem a República e a democracia, forma de governo e regime político que entregariam o poder à classe operária.
liberais e conservadores se originarem e expressarem os interesses da mesma classe dominante brasileira, formada por grandes proprietários e grandes negociantes