A primeira estratificação social na colônia brasileira se fundou na cor da pele. Pela cor da pele se distinguiam os senhores dos escravos. A estratificação étnica correspondia exatamente à estratificação social. A população colonial distribuía-se, pois, em duas camadas principais: de um lado a nobreza, os senhores, de outro a massa servil. (NOVINSKY, 1972, p. 59).
Apesar da estratificação social indicada no texto, havia outra forma de diferenciação social entre os próprios brancos na Bahia colonial, baseada
no nível de riqueza, sendo os brancos pobres comparados aos escravos negros e encarregados de trabalhos braçais nas áreas urbanas e rurais.
na nacionalidade, visto que os estrangeiros, mesmo brancos eram impedidos de desembarcar nos portos coloniais, inclusive em situações de emergência.
na condição de gênero, que destinava à vida reclusa nos conventos e mosteiros as mulheres brancas que não se casavam.
na origem religiosa, que distinguia os cristãos novos de origem judaica dos cristãos antigos, sendo os primeiros impedidos de participar de diversas organizações da sociedade.
no nível intelectual, privilegiando os brancos portadores de educação universitária e excluindo da vida pública os brancos que possuíam apenas a educação fundamental