Tomado pela via linguagem diplomática, o conflito na Síria poderia ser descrito como uma guerra civil em que todo um lado, o governo e suas milícias, luta contra o outro, os rebeldes armados. Pelas notícias que chegaram ao longo de quinze meses, narradas pelos poucos jornalistas que entraram na Síria e pelos observadores internacionais, a sensação é outra. O que acontece no país árabe é um massacre da população civil, em que o poder descomunal e violento de um dos lados, o governo, não enfrenta um contrapeso relevante. (TEIXEIRA, 2012, p. 116).
A cautela dos países ocidentais quanto à intervenção internacional armada na Síria e o discurso de proteção à população civil, face aos ataques do governo sírio, relacionamse com
a presença de numerosa população palestina e israelense que vive refugiada no país.
a defesa militar da Síria, composta predominantemente de armas nucleares e de destruição biológica.
o irrestrito apoio dos países africanos à Síria, colocando em risco o frágil equilíbrio da paz no Oriente Médio.
os interesses estratégicos e militares dos russos, instalados na região, gerando uma aliança entre os dois países.
a existência de uma forte ala política e popular de apoio ao governo local, dificultando a identificação das posições políticas conflitantes.