“O problema da fome mundial não é um problema de limitação da produção por coerção das forças naturais; é antes um problema de política, de uma política essencialmente baseada na desigualdade econômica e social e na divisão premeditada do mundo em grupos dominadores e grupos dominados”. Assim escreveu Josué de Castro em Geopolítica da Fome, publicado em 1951 e até hoje referência obrigatória para os estudiosos do tema. (CASTRO, 2008, p. 41).
O conteúdo do texto permite compreender a falência de programas oficiais para
enfrentar com êxito a seca no nordeste do Brasil, mediante a ação dos órgãos criados pelo Governo Federal em 1945 — DNOCS — e 1959 — SUDENE.
erradicar a exploração ilegal de bens da natureza, a exemplo de árvores centenárias e animais silvestres.
estabelecer programas políticos de igualdade socioeconômica entre populações rurais e urbanas.
combater a fome em áreas periféricas das cidades, onde se concentram grupos ligados à contravenção, especialmente ao tráfico de drogas.
promover a igualdade de oportunidades entre negros e indígenas, como preconizava a Constituição de 1937.