(UEFS 2013 - Meio do ano) A noção de que as células de animais e plantas tiveram origem por meio da simbiose não é mais motivo de controvérsia. A biologia molecular, incluindo o sequenciamento gênico, reivindicou esse aspecto de minha teoria da simbiose celular. Mas o verdadeiro impacto da visão simbiótica da evolução ainda está para ser sentido. E a ideia de que novas espécies surgem de fusões entre membros de espécies antigas ainda não é sequer debatida na sociedade científica respeitável. (MARGULIS, 2001, p. 14)
A respeito dos processos endossimbióticos propostos pela pesquisadora Lynn Margulis, que atualmente são amplamente aceitos pela ciência, é possível afirmar:
Relações de fusões citoplasmáticas entre seres eucariontes ancestrais teriam aperfeiçoado a capacidade dos organismos atuais na realização de suas funções metabólicas
A capacidade fotoautótrofa presente em alguns eucariontes atuais é necessariamente dependente de uma relação simbiótica anterior, que englobou, a esse padrão de organização, determinadas cianobactérias ancestrais
A presença da mitocôndria no padrão eucarionte é considerada como resultado de uma relação endossimbiótica por apresentar, no seu interior, todas as informações genéticas presentes no DNA das atuais bactérias anaeróbias.
A formação dos cloroplastos precedeu a formação das mitocôndrias na história da vida, já que, para ocorrer a respiração celular, é necessária a presença do O2 produzido pela fotossíntese.
Englobamentos primitivos entre seres unicelulares distintos geraram relações parasitárias que interferiram de forma significativa na história da vida no planeta.