(UEL - 2009)
[...] é necessário, ainda, introduzir-se um método completamente novo, uma ordem diferente e um novo processo, para continuar e promover a experiência. Pois a experiência vaga, deixada a si mesma [...] é um mero tateio, e presta-se mais a confundir os homens que a informá-los. Mas quando a experiência proceder de acordo com leis seguras e de forma gradual e constante, poder-se-á esperar algo de melhor da ciência. [...] A infeliz situação em que se encontra a ciência humana transparece até nas manifestações do vulgo. Afirma-se corretamente que o verdadeiro saber é o saber pelas causas. E, não indevidamente, estabelecem- se quatro coisas: a matéria, a forma, a causa eficiente, a causa final. Destas, a causa final longe está de fazer avançar as ciências, pois na verdade as corrompe; mas pode ser de interesse para as ações humanas.
(BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. São Paulo: Abril Cultural. 1973. p. 72; 99-100.)
Com base no texto e no pensamento de Francis Bacon acerca da verdadeira indução experimental como interpretação da natureza, é correto afirmar.
Na busca do conhecimento, não se podem encontrar verdades indubitáveis, sem submeter as hipóteses ao crivo da experimentação e da observação.
A formulação do novo método científico exige submeter a experiência e a razão ao princípio de autoridade para a conquista do conhecimento.
O desacordo entre a experiência e a razão, prevalecendo esta sobre aquela, constitui o fundamento para o novo método científico.
Bacon admite o finalismo no processo natural, por considerar necessário ao método perguntar para que as coisas são e como são.
O estabelecimento de um método experimental, baseado na observação e na medida, aprimora o método escolástico.