(UEL - 2009)
Oswald de Andrade, no Manifesto Antropofágico, procurou transformar o “bom selvagem” de Rousseau num aguerrido selvagem devorador, que digere e transforma a cultura europeia do colonizador, tornando-a parte de sua própria cultura. Considerando a questão do “bom selvagem” no pensamento de Rousseau, é correto afirmar.
A idealização do bom selvagem, no estado de natureza, representa a exaltação da animalidade do homem primitivo que, no estado civil, adquire forma agressiva.
A felicidade original do bom selvagem se realiza no suor de seu trabalho em sua propriedade, de onde retira o necessário para a sua sobrevivência.
O homem, degenerado pela civilização, só poderá recuperar a felicidade no estado de natureza com o retorno à vida isolada no meio das florestas.
No estado de natureza, o bom selvagem busca satisfazer sua necessidade inata de reconhecimento de si e de admiração pelo outro.
No estado de natureza, o bom selvagem é autossuficiente e vive isolado, sobrevivendo com o que a natureza lhe provê e de acordo com suas necessidades inatas.