(UFPR - 2016 - 2ª FASE)
Não é possível explicar precisamente como a Divindade poder ser a causa imediata de todas as ações dos homens sem ser autora do pecado e da maldade moral. Esses são mistérios que a simples razão natural desassistida não está minimamente preparada para examinar (...). Feliz [da filosofia] se (...) tornar-se consciente de quão temerário é espreitar mistérios tão sublimes, e, abandonando um cenário tão cheio de obscuridades e complicações, retornar com a devida modéstia a sua província própria e genuína, o exame da vida ordinária, em que encontrará dificuldades suficientes com que se ocupar em suas investigações, sem mergulhar na imensidão de um oceano de dúvidas, incertezas e contradições!
(HUME, D. Uma Investigação sobre o entendimento humano, seção 8, In: MARÇAL, J.; CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (Orgs.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 397.)
De acordo com Hume, em “Uma Investigação sobre o entendimento humano”, seção 8, que tipo de investigação é apropriado à filosofia? Que tipo de investigação não é? Por quê?