(UNESP - 2015 - 2 FASE)
Texto 1
Não se pode matar sempre. Faz-se a paz com o vizinho até que se acredite estar bastante forte para recomeçar. Os que sabem escrever redigem tratados de paz. Os chefes de cada povo, para melhor enganar seus inimigos, testemunham pelos deuses que eles próprios criaram. Inventam-se os juramentos. Um promete por Samonocodão, outro, em nome de Júpiter, viver sempre em harmonia, e na primeira ocasião degolam em nome de Júpiter e de Samonocodão.
(VOLTAIRE. Dicionário filosófico, 1984. Adaptado.)
Texto 2
Realizou-se, na tarde deste domingo, 08 de junho, nos Jardins Vaticanos, o encontro de oração pela paz entre o Papa Francisco e os presidentes de Israel e Palestina, respectivamente, Shimon Peres e Mahmoud Abbas. Eis um trecho da oração pela paz feita pelo Papa Francisco: “Senhor Deus de Paz, escutai a nossa súplica! Tornai-nos disponíveis para ouvir o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão.”
O Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, proferiu as seguintes palavras: “Reconciliação e paz, Ó Senhor, são as nossas metas. Deus, em seu Livro Sagrado, disse aos fiéis: ‘Fazei a paz entre vós!’ Nós estamos aqui, Senhor, orientados em direção à paz. Tornai firmes os nossos passos e coroa com o sucesso os nossos esforços e nossas iniciativas”. O Presidente de Israel, Shimon Peres, disse: “O nosso Livro dos Livros nos impõe o caminho da paz, nos pede que trabalhemos por sua realização. Diz o Livro dos Provérbios: Suas vias são vias de graça, e todas as suas sendas são paz. Assim devem ser as nossas vias. Vias de graça e de paz. Nós todos somos iguais diante do Senhor. Nós todos fazemos parte da família humana”.
(“Papa Francisco: ‘Para fazer a paz é preciso coragem’”. http://pt.radiovaticana.va, 08.06.2014.)
Considerando a relação entre política e religião, indique e comente duas diferenças entre os textos apresentados.