(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Observao: No Vestibular de 1999, a FUVEST props aos candidatos que avaliassem a atual gerao de jovens, isto , a gerao de que eles prprios faziam parte. Desta vez, muda-se a perspectiva e prope-se aos candidatos que avaliem a gerao precedente: a de seus formadores. Assim, o tema para este ano : Como voc avalia os responsveis por sua formao, ou seja, seus pais e familiares, professores, orientadores religiosos, lderes polticos, intelectuais, autoridades etc.? Visando ao desenvolvimento do tema, voc poder, se quiser, refletir sobre as seguintes questes: quais foram os principais responsveis por sua formao? Quais so as caractersticas mais marcantes que apresentam? Voc julga que eles assumiram, de fato, sua funo de formadores? Em que aspectos a formao que lhe proporcionaram foi satisfatria ou insatisfatria? Voc poder, ainda, identificar os valores que so realmente importantes para eles, opinando sobre esses valores. Poder, tambm, considerar se eles so, em si mesmos, pessoas ntegras e felizes e se, assim, constituem bons modelos de vida. Considerando aspectos como os acima sugeridos ou, ainda, escolhendo outros que voc julgue mais importantes para tratar do tema, redija, com sinceridade e plena liberdade de opinio, uma DISSERTAO EM PROSA, em linguagem adequada situao, procurando argumentar com pertinncia e coerncia.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Responda s seguintes questes sobre Os Lusadas, de Cames: a) Identifique o narrador do episdio no qual est inserida a fala do Velho do Restelo. b) Compare, resumidamente, os principais valores que esse narrador representa, no conjunto de Os Lusadas, aos valores defendidos pelo Velho do Restelo, em sua fala.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Mas no senti diferena entre o Agreste e a Caatinga, e entre a Caatinga e aqui a Mata a diferena a mais mnima. Est apenas em que a terra por aqui mais macia; est apenas no pavio, ou melhor, na lamparina: pois igual o querosene que em toda parte ilumina, e quer nesta terra gorda quer na serra, de calia, a vida arde sempre com a mesma chama mortia. (Joo Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina) Neste excerto, o retirante, j chegado Zona da Mata, reflete sobre suas experincias, reconhecendo uma diferena e uma semelhana entre as regies que conhecera ao longo de sua viagem. Considerando o excerto no contexto da obra a que pertence, a) explique sucintamente em que consistem a diferena e a semelhana reconhecidas pelo retirante. b) Depois de chegar ao Recife, o retirante mudar substancialmente o julgamento que expressa neste excerto? Justifique brevemente sua resposta.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Considere as afirmaes abaixo e responda s questes referentes a cada uma delas: I Em Primeiras estrias, o autor escolheu realizar um mergulho profundo no Brasil ainda arcaico e rural, preferindo, por isso, excluir do livro os assuntos que se relacionassem aos processos de modernizao do pas. a) Voc concorda com essa afirmao? Justifique sucintamente sua resposta. II Diante do estilo empregado na composio da maioria dos contos de Primeiras estrias, o leitor se v forado a renunciar a uma recepo passiva, sendo levado a participar ativamente da produo do sentido. b) Essa afirmao correta? Justifique resumidamente sua resposta.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) IRENE NO CU Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor. Imagino Irene entrando no cu: Licena, meu branco! E So Pedro bonacho: Entra, Irene. Voc no precisa pedir licena. (Manuel Bandeira, Libertinagem) Neste poema, aparecem duas caractersticas marcantes da poesia de Manuel Bandeira, recorrentes em Libertinagem: I) a predileo por certo grupo social e II) um modo peculiar de relacionar-se com o Catolicismo. a) Caracterize sucintamente o grupo social em questo. b) Caracterize, resumidamente, esse modo peculiar de relacionar-se com o Catolicismo.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Um pequeno holofote H, que pode ser considerado como fonte pontual P de luz, projeta, sobre um muro vertical, uma regio iluminada, circular, definida pelos raios extremos A1 e A2. Desejando obter um efeito especial, uma lente convergente foi introduzida entre o holofote e o muro. No esquema, apresentado na folha de resposta, esto indicadas as posies da fonte P, da lente e de seus focos f. Esto tambm representados, em tracejado, os raios A1 e A2, que definem verticalmente a regio iluminada antes da introduo da lente. Para analisar o efeito causado pela lente, represente, no esquema da folha de resposta: a) O novo percurso dos raios extremos A1 e A2, identificando-os, respectivamente, por B1 e B2. (Faa, a lpis, as construes necessrias e, com caneta, o percurso solicitado). b) O novo tamanho e formato da regio iluminada, na representao vista de frente, assinalando as posies de incidncia de B1 e B2.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Considere este trecho de um dilogo entre pai e filho (do romance Lavoura arcaica, de Raduan Nassar): Quero te entender, meu filho, mas j no entendo nada. Misturo coisas quando falo, no desconheo, so as palavras que me empurram, mas estou lcido, pai, sei onde me contradigo, piso quem sabe em falso, pode at parecer que exorbito, e se h farelo nisso tudo, posso assegurar, pai, que tem muito gro inteiro. Mesmo confundindo, nunca me perco, distingo para o meu uso os fios do que estou dizendo. No trecho, ao qualificar o seu prprio discurso, o filho se vale tanto de linguagem denotativa quanto de linguagem conotativa. a) A frase estou lcido, pai, sei onde me contradigo um exemplo de linguagem de sentido denotativo ou conotativo? Justifique sua resposta. b) Traduza em linguagem de sentido denotativo o que est dito de forma figurada na frase: se h farelo nisso tudo, posso assegurar, pai, que tem muito gro inteiro.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Estas duas estrofes encontram-se em O samba da minha terra, de Dorival Caymmi: Quem no gosta de samba bom sujeito no , ruim da cabea ou doente do p. Eu nasci com o samba, no samba me criei, do danado do samba nunca me separei. a) Reescreva a primeira estrofe, iniciando-a com a frase afirmativa Quem gosta de samba e fazendo as adaptaes necessrias para que se mantenha a coerncia do pensamento de Caymmi. No utilize formas negativas. b) Reescreva os dois primeiros versos da segunda estrofe, substituindo as formas nasci e me criei, respectivamente, pelas formas verbais correspondentes de provir e conviver e fazendo as alteraes necessrias.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) O que di nem a frase (Quem paga seu salrio sou eu), mas a postura arrogante. Voc fala e o aluno nem presta ateno, como se voc fosse uma empregada. (Adaptado de entrevista dada por uma professora. Folha de S. Paulo, 03/06/01) a) A quem se refere o pronome voc, tal como foi usado pela professora? Esse uso prprio de que variedade lingstica? b) No trecho como se voc fosse uma empregada, fica pressuposto algum tipo de discriminao social? Justifique sua resposta.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Dilogo ultra-rpido Eu queria propor-lhe uma troca de idias ... Deus me livre! (Mrio Quintana) No dilogo acima, a personagem que responde: Deus me livre! cria um efeito de humor com o sentido implcito de sua frase fulminante. a) Continue a frase Deus me livre!, de modo que a personagem explicite o que estava implcito nessa frase. b) Transforme o dilogo acima em um nico perodo, utilizando apenas o discurso indireto e conservando o sentido do texto.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Nas frases abaixo, h falta de paralelismo sinttico. Reescreva-as, mantendo seu sentido e fazendo apenas as alteraes necessrias para que se estabelea o paralelismo. a) Funcionrios cogitam uma nova greve e isolar o governador. b) Essa reforma agrria, por um lado, fixa o homem no campo, mas no lhe fornece os meios de subsistncia e de produzir.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Um astrnomo, ao estudar uma estrela dupla E1-E2, observou que ambas executavam um movimento em torno de um mesmo ponto P, como se estivessem ligadas por uma barra imaginria. Ele mediu a distncia Dentre elas e o perodo T de rotao das estrelas, obtendo T = 12 dias. Observou, ainda, que o raio R1, da trajetria circular de E1, era trs vezes menor do que o raio R2, da trajetria circular de E2. Observando essas trajetrias, ele concluiu que as massas das estrelas eram tais que M1 = 3 M2. Alm disso, sups que E1 e E2 estivessem sujeitas apenas fora gravitacional entre elas. A partir das medidas e das consideraes do astrnomo: a) Indique as posies em que E1 e E2 estariam, quinze dias aps uma observao em que as estrelas foram vistas, como est representado no esquema da folha de respostas. Marque e identifique claramente as novas posies de E1 e E2 no esquema da folha de respostas. b) Determine a razo entre os mdulos das velocidades lineares das estrelas E2 e E1. c) Escreva a expresso da massa M1 da estrela E1, em funo de T, D e da constante universal da gravitao G.
(Fuvest 2002) A figura a seguir representa o gráfico de uma função da forma para -1 ≤ x ≤ 3. Pode-se concluir que o valor de b é:
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) Analise os croquis cartogrficos e caracterize a organizao da economia mundial em cada perodo indicado.
(FUVEST - 2002 - 2 FASE) No primeiro plano desta fotografia, Fernando Henrique Cardoso e Fidel Castro juntam as mos com Hugo Chvez. Na dcada de 1970, esta foto seria impossvel, j que os governos do Brasil e de Cuba no mantinham relaes diplomticas. Aponte duas razes uma nacional e outra internacional para essa impossibilidade.