(UFPR - 2018- 2 FASE) A distncia que um automvel percorre a partir do momento em que um condutor pisa no freio at a parada total do veculo chamada de distncia de frenagem. Suponha que a distncia de frenagem d, em metros, possa ser calculada pela frmula , sendo v a velocidade do automvel, em quilmetros por hora, no momento em que o condutor pisa no freio. a) Qual a distncia de frenagem de um automvel que se desloca a uma velocidade de 40 km/h? b) A que velocidade um automvel deve estar para que sua distncia de frenagem seja de 53,2 m?
(UFPR - 2018 - 2 FASE) Leia os dois excertos abaixo sobre o Museu Nacional do Rio de Janeiro: A primeira instituio museolgica e de pesquisa do Brasil, o Museu Nacional/UFRJ, segue seu pioneirismo com estudos de ponta e amplo acervo enriquecido constantemente. [...] O embrio das colees foi implantado pela famlia real portuguesa, e atualmente o maior museu de histria natural e antropolgica da Amrica Latina. (PIRES, Debora de Oliveira. 200 anos do Museu Nacional. Rio de Janeiro: Associao Amigos do Museu Nacional, 2017, pp.2; 6.) As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelas chamas na noite do ltimo domingo, so mais do que restos de fsseis, cermicas e espcimes raros. O museu abrigava entre suas mais de 20 milhes de peas os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda no haviam sido respondidas ou sequer feitas por pesquisadores brasileiros. E pode ter calado para sempre palavras e cantos indgenas ancestrais, de lnguas que no existem mais no mundo. (ALESSI, Gil. A cincia perdida no incndio do Museu Nacional. El Pas, 06 set 2018. Disponvel em: https://brasil.elpais.com/ brasil/2018/09/05/politica/1536160858_009887.html. Acesso em 06 de set. 2018.) O Museu Nacional foi construdo no Rio de Janeiro juntamente com outras iniciativas, como o Jardim Botnico e a Biblioteca Real, nas duas primeiras dcadas do sculo XIX, aps a vinda da famlia real portuguesa ao Brasil. a) Identifique a razo pela qual a famlia real se instalou no Brasil em 1808 e pontue outras duas consequncias da sua vinda para os brasileiros, durante o chamado perodo joanino (1808-1821). b) A partir da leitura dos excertos apresentados e dos conhecimentos sobre histria, disserte sobre duas funes sociais e/ou cientficas da existncia de lugares de memria e de patrimnio, tais como o Museu Nacional.
(UFPR - 2018 2 FASE) O texto a seguir um trecho do depoimento da surfista brasileira Mayra Gabeira revista Veja (ed. 2603, de 10/10/2018), no qual ela conta episdios marcantes da sua trajetria profissional. Um trecho dessa narrativa foi suprimido, resultando em duas partes. D continuidade narrativa a partir do ponto em que foi interrompida, garantindo a coerncia entre o trecho inicial e o trecho posterior interrupo. Seu texto dever: ter no mnimo 8 e no mximo 10 linhas; obedecer aos elementos formais necessrios ao desenvolvimento do gnero discursivo solicitado. Sou surfista de ondas gigantes e passei muitos anos perseguindo a maior de todas. Cismei que ia ter esse ttulo, mais difcil ainda por eu ser uma mulher disputando em um mundo de homens, e fui atrs dele com persistncia. Quase morri em 2013 no mar de Nazar, em Portugal, hoje o local onde se formam as ondas mais altas do mundo, e mesmo assim no desisti. Neste ano, aconteceu: surfei uma onda de mais de 20 metros, a maior da minha vida. Eu consegui, mas a conta no foi nada barata. Tive meu primeiro contato com o oceano revolto de Nazar h exatamente cinco anos. Era um mar ainda pouco explorado, mas cheguei e pensei: se eu quiser ser reconhecida como surfista de onda grande, aqui que tenho de praticar. Fui a primeira mulher a enfrentar as ondas de l. Depois de vinte dias treinando, o mapa meteorolgico apontou uma ondulao enorme para o dia 28 de outubro daquele 2013. . . . . Acho que foi ali que quebrei o tornozelo. Comearam naquele instante as cenas do afogamento que ficaram famosas e at hoje podem ser vistas em vdeo na internet. Fiquei nove minutos tomando ondas na cabea e acabei apagando. Finalmente o Carlos Burle [surfista da mesma equipe] conseguiu me resgatar de jet ski e me levou para a areia. Fizeram-se os procedimentos de ressuscitao, e eu recuperei a conscincia. Lembro-me de abrir os olhos e ver a praia extensa, o dia nublado, s areia e cu. Entendi que estava viva e fiquei surpresa, porque eu j tinha me despedido. Morri e voltei.
(UFPR - 2018 - 2 FASE) O Estado e a fronteira formam um par indissolvel, na medida em que a existncia formal de um Estado passa necessariamente pela delimitao de uma linha fronteiria, que define o territrio da ao estatal. (NOGUEIRA, R. J.B. O Estado brasileiro e sua geografia em regies fronteirias. 2013.) O texto acima relaciona Estado e fronteira. Defina o termo fronteira, caracterizando as fronteiras terrestres do Brasil, citando ao menos dois problemas contemporneos relacionados ao controle do Estado brasileiro em suas fronteiras.
(UFPR - 2018 - 2 FASE) Leia o texto abaixo. A web j faz parte do cotidiano de pesquisadores, editoras e instituies cientficas. Publicamos e lemos peridicos on-line, e utilizamos plataformas da web social (Twitter, Facebook, blogues, YouTube etc.) para divulgar nossos trabalhos, fazer contatos, encontrar novos colaboradores... Nossas produes e resultados de pesquisa tambm circulam no ambiente on-line, recebendo curtidas e comentrios, sinalizando um interesse que, at pouco tempo atrs, era muito mais difcil de acompanhar. O padro ouro da avaliao dos artigos cientficos at a dcada passada era a citao. Diante da possibilidade de se ver e monitorar todo esse dilogo da cincia em ao na internet, no seria interessante considerar essa uma nova forma de medir os impactos da cincia? Quando olhamos para as citaes que um artigo recebeu, estamos considerando um grupo relativamente limitado de pessoas que o usaram: aquele grupo que se interessou, leu e utilizou aquele texto para construir e publicar o seu prprio trabalho. Esse grupo com certeza muito importante afinal, assim que se faz cincia, com pesquisadores usando trabalhos de outros pesquisadores para construir conhecimento novo. Mas a citao no o nico uso que um artigo cientfico pode ter. Estudantes leem artigos como parte da sua formao profissional. Profissionais leem artigos para ficar em dia com novas tendncias da rea e para resolver questes especficas, como definir um diagnstico mdico. Pacientes, gestores, ativistas, amadores, wikipedistas, curiosos, muita gente pode se interessar pela literatura cientfica, pelos mais diversos motivos. Hoje, nas redes sociais, encontramos traos desses interesses por artigos cientficos e pela cincia. O bilogo compartilha seu artigo novo no Facebook. A astrnoma explica sua pesquisa em um vdeo no YouTube. A cientista social escreve uma sequncia no Twitter mostrando com o que a pesquisa acadmica pode contribuir para a sociedade... So atos que no necessariamente geram citaes, mas demonstram que a utilidade da cincia no se resume ao que publicado formalmente em peridicos consagrados. As mtricas dessa disseminao de trabalhos cientficos nas redes sociais, que chamamos altmetrias (do ingls altmetrics, encurtamento da expresso alternative metrics mtricas alternativas, em portugus), vo aos poucos se incorporando ao nosso cotidiano. Em alguns peridicos e repositrios, encontramos, junto aos dados de download, informaes sobre quantas vezes o arquivo foi compartilhado. Para alguns, as altmetrias podem ser indicadores do impacto social da cincia, algo importante para a sociedade que quer e deve acompanhar o que se faz com os recursos pblicos investidos em cincia. Mas quais seriam essas mtricas? Podemos lanar o olhar para a disseminao dos contedos em tutes e posts de divulgao, ver a interao dos usurios a partir desses posts (as tais curtidas e reaes do Facebook e coraes do Twitter), os downloads dos artigos e sua incorporao em gestores de referncia como o Mendeley e a gerao de contedo a partir do uso dos artigos em documentos como blogues, sites e Wikipedia. Podemos avaliar quantitativamente as diferentes reaes (no caso do Facebook), redes de relaes e compartilhamentos dos usurios, ler os comentrios e respostas, enfim, ver todo esse processo que vai da divulgao cientfica ao dilogo entre pares, em um olhar sobre a cincia e sua disseminao e comunicao. Outro ponto importante reconhecer os diferentes nveis de engajamento representados por cada ato nas redes sociais. Um clique no boto curtir, por exemplo, um tipo de engajamento superficial, que pode ser uma demonstrao de interesse mas demanda pouco esforo do usurio. Se queremos transformar os tais polegares e coraes em indicadores, eles precisam estar refletindo mais do que mera repercusso viral e ir mais fundo. (Fbio Castro Gouveia (Fundao Oswaldo Cruz) e Iara Vidal Pereira de Souza (UFRJ). Revista Cincia Hoje, edio 348, outubro de 2018. Disponvel em: http://cienciahoje.org.br/artigo/a-ciencia-compartilhada-na-rede. Adaptado.) Com base nessa leitura, escreva um texto argumentativo sobre a relao entre cincia e redes sociais, procurando dar uma resposta questo que se levanta no primeiro pargrafo: no seria interessante considerar a altmetria uma nova forma de medir os impactos da cincia? Seu texto dever: contextualizar o tema; conter um posicionamento, com as devidas justificativas, acerca do uso da altmetria para avaliar os impactos da cincia; identificar e opor pontos positivos e pontos negativos do uso da altmetria; apresentar os elementos formais e discursivos caractersticos de um texto argumentativo; ter no mnimo 10 e no mximo 12 linhas.
(UFPR - 2018 - 2 FASE) A climatologia tradicional era baseada, em grande parte, na mdia dos elementos meteorolgicos para representao do clima dos lugares. Com o avano dos estudos da atmosfera, surge a climatologia dinmica, representando um rompimento dos paradigmas tradicionais e trazendo novas abordagens para a compreenso dos mecanismos climticos. Com base nesses pressupostos, descreva as duas correntes citadas, ressaltando as divergncias e destacando as principais inovaes trazidas pela climatologia dinmica.
(UFPR - 2018 - 2 FASE) to cmodo ser menor. Possuo um livro que faz as vezes de meu entendimento; um guru espiritual, que faz as vezes de minha conscincia; um mdico, que decide por mim a dieta etc.; assim no preciso eu mesmo dispender nenhum esforo. No preciso necessariamente pensar, se posso apenas pagar; outros se incumbiro por mim dessa aborrecida ocupao. (KANT, I. Resposta questo: O que esclarecimento? Trad. Vinicius de Figueiredo. In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Orgs.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 407.) Na passagem citada acima, Kant apresenta alguns exemplos para sua tese de que o homem, mesmo j sendo adulto, prefere muitas vezes permanecer na menoridade. Considerando essa tese, discorra sobre a diferena entre menoridade e esclarecimento, em Kant, e explique em que sentido o homem pode ser considerado culpado por no atingir o esclarecimento.
(UFPR - 2018 - 2 FASE) A dilatao trmica linear sofrida por um objeto em forma de barra feito de um dado material foi investigada por um estudante, que mediu o comprimento L da barra em funo de sua temperatura T. Os dados foram dispostos no grfico apresentado abaixo. Com base nos dados obtidos nesse grfico, determine o comprimento final Lfde uma barra feita do mesmo material que a barra utilizada para a obteno do grfico acima, tendo comprimento L0= 3, 00 m em T0 = 20 C, aps sofrer uma variao de temperatura de modo que sua temperatura final seja Tf= 70 C. Formulrio:
(UFPR - 2018 - 2 FASE) Considere o seguinte excerto do Manifesto Comunista, publicado em 1848: Burgueses e Proletrios (1) [...] A nossa poca, a poca da burguesia, caracteriza-se, contudo, pelo fato de ter simplificado os antagonismos de classes. A sociedade toda cinde-se, mais e mais, em dois grandes campos inimigos, em duas grandes classes diretamente confrontadas: burguesia e proletariado. (MARX, Karl ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. Estudos Avanados.12 (34), 1998, p. 8 [1848].) Com base nos conhecimentos sobre Idade Mdia, Idade Moderna e Idade Contempornea, responda: a) Quem eram os burgueses no perodo da Baixa Idade Mdia (sculos X a XV) e qual foi a razo de seu crescimento nesse perodo? b) Em relao ao contexto em que escreveram Marx e Engels, caracterize a burguesia francesa durante a Idade Moderna (1453-1789) a partir de suas atividades econmicas e seu status poltico. c) Por que Marx e Engels nomeiam o sculo XIX como a poca da burguesia?
(UFPR - 2018- 2 FASE) O cido etanoico, tambm conhecido como cido actico, responsvel pelo cheiro e gosto cido do vinagre. usado na alimentao e na produo de plsticos, steres, acetatos de celulose e acetatos inorgnicos. O cido actico conhecido desde a Antiguidade, quando era obtido dos vinhos que azedavam. A reao qumica envolvida nesse processo est esquematizada a seguir: Reagente + O2 cido actico a) A que tipo de reao qumica pertence a transformao mostrada? b) Fornea a estrutura qumica em grafia basto do cido actico. c) Qual a substncia orgnica empregada como reagente dessa reao?
(UFPR - 2018- 2 FASE) Numa loja de automveis usados, a comisso paga a cada um dos vendedores consiste num percentual sobre o total de vendas do vendedor mais um bnus por meta atingida, conforme a tabela abaixo: Total de vendas no ms Percentual sobre o total de vendas Bnus por meta atingida At R$ 80.000,00 0,8% R$ 0,00 Entre R$ 80.000,00 e R$ 200.000,00 1,0% R$ 600,00 Acima de R$ 200.000,00 1,2% R$ 900,00 a) Qual a comisso paga a um vendedor que consegue vender R$ 120.000,00 em um ms? b) Quanto um vendedor precisar vender em um ms para receber uma comisso de R$ 3.900,00? c) Um dos vendedores apresentou uma reclamao ao gerente da loja porque havia recebido R$ 1.000,00 de comisso. Explique por que esse valor est errado.
(UFPR - 2018 - 2 FASE) Em Mulheres, raa e classe, Angela Davis afirma que os papis das mulheres na procriao, criao da prole e manuteno da casa possibilitam que os membros de sua famlia trabalhem trocando sua fora de trabalho por salrios e isso dificilmente pode ser negado. Mas disso decorre automaticamente que mulheres em geral, independentemente de sua classe e raa, sejam definidas de modo fundamental por suas funes domsticas? Disso decorre automaticamente o fato de que a dona de casa realmente a trabalhadora secreta no interior do processo de produo capitalista? Se a Revoluo Industrial resultou na separao estrutural entre a economia domstica e a economia pblica, ento as tarefas domsticas no podem ser definidas como um componente integrante da produo capitalista. Elas esto, mais exatamente, relacionadas com a produo no sentido de uma pr-condio. O empregador no est minimamente preocupado com o modo como a fora de trabalho produzida e mantida, ele s se preocupa com sua disponibilidade e capacidade de gerar lucro. Em outras palavras, o processo de produo capitalista pressupe a existncia de um conjunto de trabalhadores e trabalhadoras explorveis (DAVIS, Angela. Mulheres, raa e classe. So Paulo: Boitempo, 2016, p. 242.) Considerando a passagem acima, o que se pode entender por trabalhadora secreta no interior do processo de produo capitalista?
(UFPR - 2018- 2 FASE) Aquaponia uma forma de cultivo que une a aquicultura (produo de animais aquticos, como peixes) e a hidroponia (cultivos de plantas na gua, sem o uso de solo). Os dois sistemas so interligados por um mecanismo de bombeamento que mantm constante a circulao de gua entre o tanque dos peixes e a cama de cultivo das plantas. Desse modo, a gua reaproveitada pelo sistema e a reposio mnima. Os peixes se alimentam de rao e produzem excretas nitrogenadas as quais so convertidas por bactrias nitrificantes em nutrientes que so, ento, absorvidos pelas plantas. Desse modo, as plantas e as bactrias promovem filtragem biolgica da gua, garantindo sua condio adequada para o desenvolvimento normal dos peixes. a) Identifique qual a excreta nitrogenada produzida pelos peixes e explique a ao das bactrias nitrificantes que gera o produto assimilado pelas plantas. b) Cite dois compostos orgnicos nitrogenados que podem ser sintetizados pelas plantas a partir do nitrognio inorgnico, relacionando diretamente um deles com a constituio das protenas e outro com a hereditariedade. c) Qual a funo da fotossntese nesse sistema de cultivo?
(UFPR - 2018 - 1 FASE) Leia o trecho abaixo, escrito por Agostinho de Hipona (354-430) em 410, sobre a devastao de Roma: No, irmos, no nego o que ocorreu em Roma. Coisas horrveis nos so anunciadas: devastao, incndios, rapinas, mortes e tormentos de homens. verdade. Ouvimos muitos relatos, gememos e muito choramos por tudo isso, no podemos consolar-nos ante tantas desgraas que se abateram sobre a cidade. (Santo Agostinho. Sermo sobre a devastao de Roma. Traduo de Jean Lauand. Disponvel em: . Acesso em 11 de agosto de 2018.) Considerando os conhecimentos sobre a histria do Imprio Romano (27 a.C. 476 d.C.) e as informaes do trecho acima, assinale a alternativa que situa o contexto histrico em que ocorreram os problemas relatados sobre Roma e a sua consequncia para o Imprio, entre os sculos IV e V.
(UFPR - 2018 - 2 FASE) As atividades industriais tendem a se concentrar em reas selecionadas de acordo com a disponibilidade de fatores de produo. Contudo, cada setor industrial necessita de fatores diferentes, dependendo do tipo de indstria (extrativa ou de transformao), do produto produzido e do mercado ao qual o produto se destina. Com base no enunciado e nos conhecimentos de Geografia Econmica, apresente trs exemplos de fatores de produo e discorra sobre as relaes com a localizao industrial e os tipos de indstrias que so atradas pelos fatores citados.