(UFU - 2021 - 1 fase)A gesto da emoo procura mitigar, minimizar ou at eliminar a inveja sabotadora e expandir e encorajar a inveja espelho. A inveja espelho definida como aquilo que uma pessoa no tem, mas gostaria de ter, e aquele que deseja cr que tem a capacidade para conquist-lo e se espelha em quem j conquistou para encorajar o prprio potencial. A inveja sabotadora definida como aquilo que algum no tem, mas ambiciona ter, e aquele que deseja cr que no tem capacidade para conquist-lo e procura sabotar quem j conquistou. A inveja espelho promove o desenvolvimento das famlias, das empresas, das cidades, do pas; a inveja sabotadora, ao contrrio, destri naes, corporaes, sociedades. CURY, Augusto. Gesto da emoo: tcnicas de coaching emocional para gerenciar a ansiedade, melhorar o desempenho pessoal e profissional e conquistar uma mente livre e criativa. So Paulo: Saraiva, 2015. p. 31 (Fragmento) Considerando-se o enunciado negritado no trecho, correto afirmar que os verbos que compem a sequncia verbal procura mitigar, minimizar ou at eliminar
(UFU - 2021 - MEDICINA)A urbanizao roubou o espao da paisagem natural. reas verdes e cursos dgua foram tomados pelo concreto. DA EDIO. Global. National Geographic Brasil. Ed. 159-A (Edio Especial Cidades inteligentes). So Paulo: Editora Abril, s.d. p. 16. (Fragmento adaptado) O enunciado composto por duas sentenas: (1) A urbanizao roubou o espao da paisagem natural e (2) reas verdes e cursos dgua foram tomados pelo concreto. Consideradas na sequncia e como partes integrantes de um mesmo enunciado, correto afirmar que
(UFU - 2021 - 1 fase)Porque considerados desnecessrios e demasiado antiquados para os alunos, nada lhes dizendo, os autores clssicos foram fechados numa arte do passado, sem qualquer ligao ao presente e por isso desinteressante para os alunos. Da a necessidade de uma simplificao dos contedos literrios, retirandose autores de referncia cultural e atingindo-se parcialmente outros como, por exemplo, Gil Vicente e Luis de Cames. De ns, depender que eles continuem a ser uma presena, mais efetiva. VIEIRA, Maria do Carmo. O ensino do Portugus. Lisboa, Portugal: Fundao Francisco Manuel dos Santos, 2010. p. 48 (Fragmento adaptado) No fragmento acima, o uso recorrente de aspas constitui uma estratgia enunciativa por meio da qual a autora
(UFU - 2021 - 1 fase) Trecho (1) O Essencial sobre Lngua Portuguesa uma coleo dedicada divulgao do conhecimento que tem sido produzido no domnio da lingustica, particularmente no que diz respeito ao Portugus. LIMA, Jos Pinto de. Pragmtica lingustica. Portugal: Editora Caminho. p. 7 (Fragmento adaptado, recortado da Apresentao da coleo que prefacia o livro) Trecho (2) Uma viso comum sobre o que uma lngua diz-nos, simplesmente, que ela um conjunto de termos um lxico e um conjunto de regras para a formao de outros termos e de frases uma gramtica. Contudo, lxico e gramtica so apenas as pedras e a estrutura de um edifcio que fica inerte se no for usado. Uma lngua s viva na medida em que os falantes a usam. O essencial sobre Pragmtica Lingustica debrua-se precisamente sobre o uso da lngua, sobre as prticas lingusticas dos falantes e sobre a comunicao. O que est em observao so as atividades humanas em que entram a lngua. Em funo disso, ela se ocupa de temas como a diferena entre dizer e implicar; a prtica de delicadeza no uso da linguagem; a estrutura da conversao; e a relao do ato lingustico com o seu contexto. LIMA, Jos Pinto de. Pragmtica lingustica. Portugal: Editora Caminho. (Fragmento adaptado, recortado da contracapa do livro) Considerando-se os trechos (1) e (2) acima e as referncias fornecidas a respeito deles, correto afirmar que o trecho (2)
(UFU - 2021 - MEDICINA)Hoje vivemos numa poca desprovida de festividade, numa poca sem celebrao. O que uma festa? J a especificidade lingustica nos d uma indicao sobre seu ser. No vernculo se diz, celebramos uma festa. A celebrao acompanha uma temporalidade especfica da festa. A palavra celebrao (Begehung) destaca a ideia de um objetivo para o qual nos encaminhamos. Na celebrao o que se d primariamente que no precisamos nos encaminhar para algum ponto para chegar l. Na festa, o tempo como sequencial de momentos passageiros e fugidios suspenso. Adentramos na celebrao da festa como adentramos num espao onde nos demoramos. O adentrar numa celebrao se contrape ao correr. No adentrar a celebrao no h nada que transcorre e passa. O tempo de festa num certo sentido no passa. HAN, Byung-Chul. Tempo de celebrao a festa numa poca sem celebrao. In: A sociedade do cansao. 2 ed. ampliada. Petrpolis: Editora Vozes, 2017. 109-110. (Fragmento) Com base na leitura do fragmento acima, correto afirmar que o uso de verbos substantivados no enunciado O adentrar numa celebrao se contrape ao correr contribui para
(UFU - 2021 - MEDICINA)H iniciativas que conseguem fazer que os leitores saiam do cerco cristalizado do conhecido e confortvel e conheam novos autores e gneros ou se voltem, de modo renovado, aos clssicos. Nesse sentido, o trabalho de ONGs que atuam em territrios vulnerabilizados pelas crises socioeconmicas, programas de leitura que enfatizam mais o encontro entre leitores e os textos do que as estatsticas sobre leitura, propostas de formao e capacitao que do espao a novas leituras e pensam os professores como leitores, revistas virtuais e impressas que propem desafios, todos esses e outros projetos, muitas vezes, abrem caminhos alternativos nos processos de canonizao, to complexos e variveis. Assim como a narradora do livro Histrias para Fernndez da escritora argentina Ema Wolf mobiliza seu cnone pessoal para inventar histrias cativantes, todo mediador (quem escolhe um texto para editar, quem decide o que vai ler com seus alunos, quem faz uma lista de livros para renovar uma biblioteca, alm de tantas outras mediaes) est sempre permeado por questes do cnone. BAJOUR, Cecilia. Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas prticas de leitura. So Paulo: Editora Pulo do Gato, 2012. p. 103-104. (Fragmento adaptado) No segundo pargrafo do fragmento acima, o termo Assim
(UFU - 2021 - 1 fase)Vamos falar direto que aqui a gente pode: as (e os, claro) professoras conscientes deste Brasil, esto loucas para abordar o tema tica na sala de aula. E muita gente est fazendo isso, na escola ou em casa, no trabalho ou no lazer, at porque impossvel escapar do assunto. Minhas colegas de trabalho, eu que ando de escola em escola, mais rouco que vocs de tanto insistir que sem tica no d, acabei fazendo uma srie de poemas sobre a dita cuja, atualmente dita suja. Esses poemas viraram um livro que sai em breve pela Editora FTD, com o ttulo tica uma barra, tica uma farra. Que uma barra discutir (e incutir) conceitos ticos em alunos capazes de se interessar pelo meio ambiente, mas incapazes de no jogar papel de chiclete ou latinha de refrigerante nas ruas e caladas, vocs j sabem. A farra vem de no colocar a solenidade, a pompa, a mentira, a dissimulao em to espinhosa e urgente temtica. tica coisa do dia-a-dia, to importante e necessria como usar camisinha, no colar nas provas ou recolher o coc do cachorrinho de estimao. TAVARES, Ulisses. tica: o que fazer com isso? Discutindo Literatura. Ano 1, n. 6. So Paulo: Escala Educacional, s.d., p. 20. (Adaptado) No trecho, publicado em revista, possvel perceber a presena de marcas lingusticas, negritadas no texto, que o aproximam
(UFU - 2021 - 1 fase) (1) Ser ou no ser, eis a questo (famosa frase dita por Hamlet, clebre personagem literrio, durante o monlogo da primeira cena do terceiro ato da pea de William Shakespeare) (2) Ter ou no ter, eis a questo (retirado do livro: TOLOTTI, Mrcia. As armadilhas do consumo: acabe com o endividamento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007, p. 5) Na pea de Shakespeare, o enunciado (1) Ser ou no ser, eis a questo expressa o conflito de Hamlet, que se encontra entre a escolha por viver ou morrer, isto , entre aceitar a existncia com sua dor inerente ou acabar com a vida (e sofrer externas punies por ser um suicida). O enunciado (2) Ter ou no ter, eis a questo uma pardia de (1). O seu uso no livro de Mrcia Tolotti objetiva
(UFU - 2021 - MEDICINA)O ambiente artstico da Rssia nos anos anteriores Revoluo de 1917 era de uma efervescncia impressionante. A cada dia surgia um novo movimento de vanguarda, um novo manifesto era lido nos bares de Moscou, frequentados por jovens artistas. Serge Diaghilev, numa entrevista datada de 1913, quando chegou a Paris, disse, a propsito do ambiente artstico de Moscou naquela poca: Vinte escolas nascem em um ms. O Futurismo e o Cubismo so a antiguidade, a pr-histria. Em trs dias, a gente se torna acadmico. GULLAR, Ferreira. As vanguardas russas. Arte e informao. Ano 1, n 5, dez. 2001. So Paulo: Editora Ar de Paris. (Fragmento) No fragmento acima, a fora do depoimento de Serge Diaghilev e sua consequente fora argumentativa, no trecho considerado, decorre do emprego que Diaghilev faz do recurso da
(UFU - 2021 - MEDICINA)Abaixo est colocado um trecho situado na Cena V do Segundo Ato da pea teatral O novio, escrita por Martins Pena, em que se veem vrios personagens centrais da trama. O NOVIO Ato Segundo - Cena V (excerto) [...] AMBRSIO Decerto! ( parte:) Quer fazer-me alguma. FLORNCIA Ai, vida da minha alma! AMBRSIO, parte O patife muito capaz... CARLOS Mas ns, os homens, somos to falsos assim dizem as mulheres , que no admira que o tio... AMBRSIO, interrompendo-o Carlos, tratemos da promessa que te fiz. CARLOS verdade; tratemos da promessa. ( parte:) Tem medo, que se pela! AMBRSIO Irei hoje mesmo ao convento falar ao D. Abade, e dir-lhe-ei que temos mudado de resoluo a teu respeito. E de hoje em quinze dias, senhora, espero ver esta sala brilhantemente iluminada e cheia de alegres convidados para celebrarem o casamento de nosso sobrinho Carlos com minha cara enteada. (Aqui entra pelo fundo o mestre dos novios, seguidos dos meirinhos e permanentes, encaminhando-se para a frente do teatro.) CARLOS Enquanto assim praticardes, tereis em mim um amigo. EMLIA Senhor, ainda que no possa explicar a razo de to sbita mudana, aceito a felicidade que me propondes, sem raciocinar. Darei a minha mo a Carlos, no s para obedecer a minha me, como porque muito o amo. CARLOS Cara priminha, quem ser capaz agora de arrancar-me de teus braos? MESTRE, batendo-lhe no ombro Estais preso. (Espanto dos que esto em cena) PENA, Martins. O novio. [s.l.]: Klik. p. 29-30. Disponvel em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000282.pdf. Acesso em: 15 jun. 2021. Sobre o funcionamento do texto dramtico, de que o excerto em anlise exemplar, assinale a alternativa que apresenta a afirmativa INCORRETA.
(UFU - 2021 - 1 fase) Assim comea o conto O nmero da sepultura, de Lima Barreto. Que podia ela dizer, aps trs meses de casada, sobre o casamento? Era bom? Era mau? No se animava a afirmar nem uma cousa, nem outra. Em essncia, aquilo lhe parecia resumir-se em uma simples mudana de casa. BARRETO, Lima. O homem que sabia javans e outros contos, p. 16. Sobre os elementos narrativos que compem esse conto, assinale a alternativa correta.
(UFU - 2021 - 1 fase)Um dos personagens centrais de A cor prpura, romance de Alice Walker, Albert (o Sinh) envolve-se com vrias personagens femininas da narrativa e, com cada uma delas, desenvolve relacionamentos distintos, ainda que constantemente perpassados pelo machismo. Assinale a alternativa que apresenta de forma INCORRETA uma das relaes amorosas-sexuais que Albert assume ao longo da trama.
(UFU - 2021 - MEDICINA)Abaixo, encontram-se dois textos poticos inscritos no Modernismo brasileiro, o primeiro contm um trecho de Acalanto do seringueiro, de Mrio de Andrade; e o segundo traz um trecho do poema em que Carlos Drummond homenageia Mrio de Andrade, por ocasio da morte deste. ACALANTO DO SERINGUEIRO Seringueiro brasileiro, Na escureza da floresta Seringueiro, dorme. Ponteando o amor eu forcejo Pra cantar uma cantiga Que faa voc dormir. Que dificuldade enorme! Quero cantar e no posso, Quero sentir e no sinto A palavra brasileira Que faa voc dormir... S eringueiro, dorme... [....] Seringueiro, eu no sei nada! E no entanto estou rodeado Dum despotismo de livros, Estes mumbavas* que vivem. *mumbavas: parasitas Chupitando vagarentos O meu dinheiro o meu sangue E no do gosto de amor... Me sinto bem solitrio No mutiro de sabena Da minha casa, amolado Por tantos livros geniais, sagrados, como se diz... E no sinto os meus patrcios! E no sinto os meus gachos! Seringueiro dorme... E no sinto os seringueiros Que amo de amor infeliz... [...] ANDRADE, Mrio de. O cl do jabuti. So Paulo: Poeteiro Editor Digital, 2016, p. 36-8. MRIO DE ANDRADE DESCE AOS INFERNOS [...] III O meu amigo era to de tal modo extraordinrio, cabia numa s carta, esperava-me na esquina, e j um poste depois ia descendo o Amazonas, tinha coletes de msica, entre cantares de amigo pairava na renda fina dos Sete Saltos, na serrania mineira, no mangue, no seringal, nos mais diversos brasis, e para alm dos brasis, nas regies inventadas, pases a que aspiramos, fantsticos, mas certos, inelutveis, terra de Joo invencvel, a rosa do povo aberta [...] ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. So Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 154-5. Sobre a relao entre os dois textos poticos e o modo pelo qual eles exemplificam a relao que se estabeleceu entre a potica de Drummond e a potica de Mrio de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA.
(UFU - 2021 - 1 fase)No livro A rosa do povo, Carlos Drummond de Andrade recorre manipulao de elementos autobiogrficos para atingir uma reflexo universal como o trecho do poema Amrica, colocado abaixo, exemplifica bem. AMRICA (Trecho) Ah, por que tocar em cordilheiras e oceanos! Sou to pequeno (sou apenas um homem) e verdadeiramente s conheo minha terra natal, dois ou trs bois, o caminho da roa, alguns versos que li h tempos, alguns rostos que contemplei. Nada conto do ar e da gua, do mineral e da folha, ignoro profundamente a natureza humana e acho que no devia falar nessas coisas. Uma rua comea em Itabira, que vai dar no meu corao. Nessa rua passam meus pais, meus tios, a preta que me criou. Passa tambm uma escola - o mapa -, o mundo de todas as cores. Sei que h pases roxos, ilhas brancas, promontrios azuis. A terra mais colorida do que redonda, os nomes gravam-se em amarelo, em vermelho, em preto, no fundo cinza da infncia. Amrica, muitas vezes viajei nas tuas tintas. Sempre me perdia, no era fcil voltar. O navio estava na sala. Como rodava! As cores foram murchando, ficou apenas o tom escuro, no mundo escuro. Uma rua comea em Itabira, que vai dar em qualquer ponto da terra. Nessa rua passam chineses, ndios, negros, mexicanos, turcos, uruguaios. Seus passos urgentes ressoam na pedra, ressoam em mim. Pisado por todos, como sorrir, pedir que sejam felizes? Sou apenas uma rua numa cidadezinha de Minas humilde caminho da Amrica. ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. So Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.121-3. Considerando-se o trecho acima, assinale a alternativa correta.
(UFU - 2021 - MEDICINA)No conto O homem que sabia javans, um dos mais conhecidos contos de Lima Barreto, o protagonista Castelo narra seus sucessos como um suposto conhecedor de javans, que se vale de sua esperteza para obter um posto de chefe de consulado em Havana. [...] Passei a ser uma glria nacional e, ao saltar no cais Pharoux, recebi uma ovao de todas as classes sociais e o presidente da repblica, dias depois, convidava-me para almoar em sua companhia. Dentro de seis meses fui despachado cnsul em Havana, onde estive seis anos e para onde voltarei, a fim de aperfeioar os meus estudos das lnguas da Malaia, Melansia e Polinsia. fantstico, observou Castro, agarrando o copo de cerveja. Olha: se no fosse estar contente, sabes que ia ser? Que? Bacteriologista eminente. Vamos? Vamos. BARRETO, Lima. O homem que sabia javans e outros contos. Curitiba: Polo Editorial do Paran, 1997, p. 8. Disponvel em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000153.pdf. Acesso em: 02 jun. 2021.] Sobre o lugar das malandragens de Castelo no contexto da obra de Lima Barreto, assinale a alternativa INCORRETA.