(UFU - 2021 - 1ª fase) Porque considerados “desnecessários e demasiado antiquados” para os alunos, “nada lhes dizendo”, os autores clássicos foram fechados numa “arte do passado”, sem qualquer ligação ao presente e por isso “desinteressante para os alunos”. Daí a necessidade de uma “simplificação dos conteúdos literários”, retirandose autores de referência cultural e atingindo-se parcialmente outros como, por exemplo, Gil Vicente e Luis de Camões. De nós, dependerá que eles continuem a ser uma presença, mais efetiva.
VIEIRA, Maria do Carmo. O ensino do Português. Lisboa, Portugal: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2010. p. 48 (Fragmento adaptado)
No fragmento acima, o uso recorrente de aspas constitui uma estratégia enunciativa por meio da qual a autora
apresenta características de uma proposta de ensino de literatura que considera adequada.
explicita, a cada trecho aspeado, a opinião de um locutor distinto.
se posiciona contrariamente a certa proposta de ensino de literatura.
cita trechos de manuais de ensino de literatura portuguesa.