(UNESP - 2014 - 1ª FASE) Segundo Franz Boas, as pessoas diferem porque suas culturas diferem. De fato, é assim que deveríamos nos referir a elas: a cultura esquimó ou a cultura judaica, e não a raça esquimó ou a raça judaica. Apesar de toda a ênfase que deu à cultura, Boas não era um relativista que acreditava que todas as culturas eram equivalentes, nem um empirista que acreditava na tábula rasa. Ele considerava a civilização europeia superior às culturas tribais, insistindo apenas em que todos os povos eram capazes de atingi-la. Não negava que devia existir uma natureza humana universal ou que poderia haver diferenças entre as pessoas de um mesmo grupo étnico. O que importava para ele era a ideia de que todos os grupos étnicos são dotados das mesmas capacidades mentais básicas.
(Steven Pinker. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana, 2004. Adaptado.)
Considerando o texto, é correto afirmar que, de acordo com o antropólogo Franz Boas,
os critérios para comparação entre as culturas são inteiramente relativos.
a vida em estado de natureza é superior à vida civilizada.
as diferenças culturais podem ser avaliadas por critérios universalistas.
as diferenças entre as culturas são biologicamente condicionadas.
o progresso cultural é uma ilusão etnocêntrica europeia.