(UNESP 2021 - 2ª fase)
A revolução das telecomunicações, iniciada no Brasil dos anos 70, foi um marco no processo de reticulação do território. Novos recortes espaciais, estruturados a partir de forças centrípetas e centrífugas, decorriam de uma nova ordem, de uma divisão territorial do trabalho em processo de realização. Do telégrafo ao telefone e ao telex, do fax e do computador ao satélite, à fibra óptica e à internet, o desenvolvimento das telecomunicações participou vigorosamente do jogo entre separação material das atividades e unificação organizacional dos comandos.
(Milton Santos e María Laura Silveira. O Brasil, 2006.)
No Brasil, a revolução das telecomunicações possibilitou
o avanço de indicadores sociais, uma vez que facilitou o contato entre pessoas que habitam regiões remotas.
o anonimato em mensagens eletrônicas, ainda que informações pessoais alimentem bancos de dados de empresas privadas.
a participação das cidades na globalização, o que uniformizou as possibilidades de apropriação dos espaços pelo capital.
a desconcentração industrial paulista, embora os centros corporativos estratégicos tenham permanecido centralizados.
o rompimento do paradigma técnico-científico-informacional, o que contribuiu para democratizar a troca de mensagens entre as pessoas.