(AFA - 2023) Nas questes de Fsica, quando necessrio, utilize: acelerao da gravidade: calor especfico da gua: calor latente de fuso do gelo: temperatura de fuso do gelo: densidade do gelo: densidade da gua: Uma partcula lanada obliquamente e descreve um movimento parablico, sem resistncia do ar. No momento do lanamento dessa partcula, o vetor velocidade faz o ngulo com a horizontal e, ao atingir a altura mxima de sua trajetria, o vetor posio da partcula faz um ngulo com essa mesma horizontal, conforme ilustra figura a seguir: Nessas condies, a razo entre as tangentes de e, , vale
(AFA - 2023) Nas questes de Fsica, quando necessrio, utilize: acelerao da gravidade: calor especfico da gua: calor latente de fuso do gelo: temperatura de fuso do gelo: densidade do gelo: densidade da gua: Por duas vezes, observa-se o movimento de um bloco, sem resistncia do ar, sobre um plano inclinado, conforme ilustra figura seguinte: O coeficiente de atrito cintico entre as superfcies do bloco e do plano inclinado . No primeiro lanamento, em que, o tempo que o bloco gasta at parar, sobre o plano inclinado, t. No segundo lanamento, que se d com mesma velocidade inicial do primeiro, e o tempo gasto pelo bloco at parar, tambm sobre o plano inclinado, t. Nessas condies, a razo entre os tempos igual a
(AFA - 2023) Nas questes de Fsica, quando necessrio, utilize: acelerao da gravidade: calor especfico da gua: calor latente de fuso do gelo: temperatura de fuso do gelo: densidade do gelo: densidade da gua: Uma cuba de ondas, de profundidade constante, contm gua at a altura 20 cm. A partir de determinado instante, dois estiletes, e , que funcionam como fontes de ondas circulares, vibrando em oposio de fase com frequncia de 5 HZ , produzem ondas de amplitudes de 2 cm na superfcie da gua, que se propagam com velocidade de 10 cm/s. No ponto P, indicado na figura acima, uma rolha de cortia ao ser atingida pelas duas ondas poder ter sua posio vertical y, em funo do tempo t, descrita pela equao
QUESTO ANULADA! (AFA - 2023) TEXTO I Carta Nela [terra], at agora, no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porm a terra em si de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, 5 porque neste tempo de agora os achvamos como os de l. As guas so muitas; infindas. E em tal maneira graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se- nela tudo, por bem das guas que tem. Porm o melhor fruto, que nela se pode fazer, me 10 parece que ser salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lanar. E que a no houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegao de Calecute, bastaria. Quando mais disposio para se nela cumprir e fazer o que 15 Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa santa f. (CAMINHA, Pero Vaz de. Carta. In: PEREIRA, Paulo Roberto Dias. (Org.) Os trs nicos testemunhos do descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 1999, p. 58.) Quanto s percepes de Caminha e do destinatrio da carta, sobre a terra, correto afirmar que a)o destinatrio espera informaes sobre ouro, prata e outros metais. Caminha v a terra pela qualidade dos ares e da gua. b)ambos esto preocupados em povoar a terra nova, mas sem se concentrar na agricultura e na extrao de ouro e pedras preciosas. c)a terra para o destinatrio vale principalmente por ser um campo aberto para a propagao da religio de Portugal. d)Caminha busca o ouro e a prata, ao passo que o destinatrio se concentra na religio e nas guas abundantes da terra nova QUESTO ANULADA!
(AFA - 2023) TEXTO I Carta Nela [terra], at agora, no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porm a terra em si de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, 5 porque neste tempo de agora os achvamos como os de l. As guas so muitas; infindas. E em tal maneira graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se- nela tudo, por bem das guas que tem. Porm o melhor fruto, que nela se pode fazer, me 10 parece que ser salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lanar. E que a no houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegao de Calecute, bastaria. Quando mais disposio para se nela cumprir e fazer o que 15 Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa santa f. (CAMINHA, Pero Vaz de. Carta. In: PEREIRA, Paulo Roberto Dias. (Org.) Os trs nicos testemunhos do descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 1999, p. 58.) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha:
(AFA - 2023) TEXTO II Cano do exlio (Gonalves Dias) Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabi; As aves, que aqui gorjeiam, 4 No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida 8 Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras 12 Onde canta o Sabi. Minha terra tem primores, Que tais no encontro eu c; Em cismar sozinho, noite Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, 18 Onde canta o Sabi. No permita Deus que eu morra Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, 24 Onde canta o Sabi. Coimbra, julho de 1843 (BARBOSA, Frederico (Org.). Clssicos da poesia brasileira antologia da poesia brasileira anterior ao Modernismo. So Paulo: O Estado de So Paulo/Klick Editora, 1997, p. 66-67.) Sobre os recursos estilsticos presentes na construo do Texto II, assinale a alternativa INCORRETA.
(AFA - 2023) TEXTO II Cano do exlio (Gonalves Dias) Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabi; As aves, que aqui gorjeiam, 4 No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida 8 Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras 12 Onde canta o Sabi. Minha terra tem primores, Que tais no encontro eu c; Em cismar sozinho, noite Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, 18 Onde canta o Sabi. No permita Deus que eu morra Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, 24 Onde canta o Sabi. Coimbra, julho de 1843 (BARBOSA, Frederico (Org.). Clssicos da poesia brasileira antologia da poesia brasileira anterior ao Modernismo. So Paulo: O Estado de So Paulo/Klick Editora, 1997, p. 66-67.) Gonalves Dias um profundo conhecedor da lngua brasileira, sabendo us-la com grande proveito potico. Considerando esse fato, assinale a alternativa correta quanto composio da primeira estrofe da Cano do exlio.
(AFA - 2023) TEXTO III A Ptria Ama, com f e orgulho, a terra em que nasceste! Criana! no vers nenhum pas como este! Olha que cu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, 5 um seio de me a transbordar carinhos. V que vida h no cho! v que vida h nos ninhos, Que se balanam no ar, entre os ramos inquietos! V que luz, que calor, que multido de insetos! 10 Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha o po que mata a fome, o teto que agasalha... Quem com o seu suor a fecunda e umedece, V pago o seu esforo, e feliz, e enriquece! 15 Criana! no vers pas nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! (BILAC, Olavo. Poesias infantis. Rio de Janeiro, Minas, So Paulo: Francisco Alves Cia,1904, p. 114-115.) O poema A Ptria, de Olavo Bilac, est inserido no livro Poesias infantis, publicado em 1904. No prefcio daquela publicao, consta o seguinte trecho: O autor deste livro destinado s escolas primrias do Brasil no quis fazer uma obra de arte: quis dar s crianas alguns versos simples e naturais, sem dificuldade de linguagem e mtrica, mas, ao mesmo tempo, sem a exagerada futilidade com que costumam ser feitos os livros do mesmo gnero /.../ O que o autor deseja que se reconhea neste pequeno volume, no o trabalho de um artista, mas a boa vontade com que um brasileiro quis contribuir para a educao moral das crianas do seu pas. Considerando esse trecho do prefcio e o poema A Ptria, assinale a alternativa correta.
(AFA - 2023) TEXTO III A Ptria Ama, com f e orgulho, a terra em que nasceste! Criana! no vers nenhum pas como este! Olha que cu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, 5 um seio de me a transbordar carinhos. V que vida h no cho! v que vida h nos ninhos, Que se balanam no ar, entre os ramos inquietos! V que luz, que calor, que multido de insetos! 10 Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha o po que mata a fome, o teto que agasalha... Quem com o seu suor a fecunda e umedece, V pago o seu esforo, e feliz, e enriquece! 15 Criana! no vers pas nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! (BILAC, Olavo. Poesias infantis. Rio de Janeiro, Minas, So Paulo: Francisco Alves Cia,1904, p. 114-115.) Assinale a alternativa correta referente ao poema A Ptria, de Olavo Bilac:
(AFA - 2023) TEXTO I Carta Nela [terra], at agora, no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porm a terra em si de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, 5 porque neste tempo de agora os achvamos como os de l. As guas so muitas; infindas. E em tal maneira graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se- nela tudo, por bem das guas que tem. Porm o melhor fruto, que nela se pode fazer, me 10 parece que ser salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lanar. E que a no houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegao de Calecute, bastaria. Quando mais disposio para se nela cumprir e fazer o que 15 Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa santa f. (CAMINHA, Pero Vaz de. Carta. In: PEREIRA, Paulo Roberto Dias. (Org.)Os trs nicos testemunhos do descobrimento do Brasil.Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 1999, p. 58.) TEXTO II Cano do exlio (Gonalves Dias) Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabi; As aves, que aqui gorjeiam, 4 No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida 8 Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras 12 Onde canta o Sabi. Minha terra tem primores, Que tais no encontro eu c; Em cismar sozinho, noite Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, 18 Onde canta o Sabi. No permita Deus que eu morra Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, 24 Onde canta o Sabi. Coimbra, julho de 1843 (BARBOSA, Frederico (Org.).Clssicos da poesia brasileira antologia da poesia brasileira anterior ao Modernismo. So Paulo: O Estado de So Paulo/Klick Editora, 1997, p. 66-67.) TEXTO III A Ptria Ama, com f e orgulho, a terra em que nasceste! Criana! no vers nenhum pas como este! Olha que cu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, 5 um seio de me a transbordar carinhos. V que vida h no cho! v que vida h nos ninhos, Que se balanam no ar, entre os ramos inquietos! V que luz, que calor, que multido de insetos! 10 Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha o po que mata a fome, o teto que agasalha... Quem com o seu suor a fecunda e umedece, V pago o seu esforo, e feliz, e enriquece! 15 Criana! no vers pas nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! (BILAC, Olavo. Poesias infantis. Rio de Janeiro, Minas, So Paulo: Francisco Alves Cia,1904, p. 114-115.) Comparando os textos I, II e III, julgue como Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada assertiva a seguir, considerando os recursos lingusticos empregados com a finalidade de demarcar no espao a posio do emissor da mensagem. ( ) O advrbio l (Texto I, linha. 5 / Texto II, v. 4) indica que os locutores de ambos os textos esto no mesmo espao geogrfico. ( ) O advrbio aqui (Texto I, linha. 12 / Texto II, v. 3 / Texto III, v. 4) refere-se ao mesmo espao geogrfico em todos os textos. ( ) O pronome demonstrativo este (Texto III, v.2) refere-se ao mesmo lugar que os advrbios aqui (Texto I, linha. 12) e l (Texto II, v.4). A partir da anlise das afirmativas, correto concluir que
(AFA - 2023) TEXTO IV Cano do expedicionrio (Guilherme de Almeida) Voc sabe de onde eu venho? Venho do morro, do Engenho, Das selvas, dos cafezais, Da boa terra do coco, 5 Da choupana onde um pouco Dois bom, trs demais, Venho das praias sedosas, Das montanhas alterosas, Dos pampas, do seringal, 10 Das margens crespas dos rios, Dos verdes mares bravios Da minha terra natal. Por mais terras que eu percorra, No permita Deus que eu morra 15 Sem que volte para l; Sem que leve por divisa Esse V que simboliza A vitria que vir: Nossa vitria final, 20 Que a mira do meu fuzil, A rao do meu bornal, A gua do meu cantil, As asas do meu ideal, A glria do meu Brasil. 25 Voc sabe de onde eu venho? de uma Ptria que eu tenho No bojo do meu violo; Que de viver em meu peito Foi at tomando jeito 30 De um enorme corao. Deixei l atrs meu terreiro, Meu limo, meu limoeiro, Meu p de jacarand, Minha casa pequenina 35 L no alto da colina Onde canta o sabi. /.../ (POLCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Departamento de Educao e Cultura. Disponvel em https://dec.pm.df.gov.br/images/pdf/Hinos_e_Cancoes_Militares _-_reduzido.pdf. Acesso em 24/03/2022.) A descrio do espao geogrfico na Cano do expedicionrio mais abrangente em relao Cano do exlio. o que se comprova na estrofe:
(AFA - 2023) TEXTO II Cano do exlio (Gonalves Dias) Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabi; As aves, que aqui gorjeiam, 4 No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida 8 Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras 12 Onde canta o Sabi. Minha terra tem primores, Que tais no encontro eu c; Em cismar sozinho, noite Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, 18 Onde canta o Sabi. No permita Deus que eu morra Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, 24 Onde canta o Sabi. Coimbra, julho de 1843 (BARBOSA, Frederico (Org.).Clssicos da poesia brasileira antologia da poesia brasileira anterior ao Modernismo. So Paulo: O Estado de So Paulo/Klick Editora, 1997, p. 66-67.) TEXTO IV Cano do expedicionrio (Guilherme de Almeida) Voc sabe de onde eu venho? Venho do morro, do Engenho, Das selvas, dos cafezais, Da boa terra do coco, 5 Da choupana onde um pouco Dois bom, trs demais, Venho das praias sedosas, Das montanhas alterosas, Dos pampas, do seringal, 10 Das margens crespas dos rios, Dos verdes mares bravios Da minha terra natal. Por mais terras que eu percorra, No permita Deus que eu morra 15 Sem que volte para l; Sem que leve por divisa Esse V que simboliza A vitria que vir: Nossa vitria final, 20 Que a mira do meu fuzil, A rao do meu bornal, A gua do meu cantil, As asas do meu ideal, A glria do meu Brasil. 25 Voc sabe de onde eu venho? de uma Ptria que eu tenho No bojo do meu violo; Que de viver em meu peito Foi at tomando jeito 30 De um enorme corao. Deixei l atrs meu terreiro, Meu limo, meu limoeiro, Meu p de jacarand, Minha casa pequenina 35 L no alto da colina Onde canta o sabi. /.../ (POLCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Departamento de Educao e Cultura. Disponvel em https://dec.pm.df.gov.br/images/pdf/Hinos_e_Cancoes_Militares _-_reduzido.pdf. Acesso em 24/03/2022.) A primeira estrofe da Cano do exlio estabelece um dilogo mais especfico com a seguinte estrofe da Cano do expedicionrio:
(AFA - 2023) TEXTO I Carta Nela [terra], at agora, no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porm a terra em si de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, 5 porque neste tempo de agora os achvamos como os de l. As guas so muitas; infindas. E em tal maneira graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se- nela tudo, por bem das guas que tem. Porm o melhor fruto, que nela se pode fazer, me 10 parece que ser salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lanar. E que a no houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegao de Calecute, bastaria. Quando mais disposio para se nela cumprir e fazer o que 15 Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa santa f. (CAMINHA, Pero Vaz de. Carta. In: PEREIRA, Paulo Roberto Dias. (Org.) Os trs nicos testemunhos do descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 1999, p. 58.) TEXTO II Cano do exlio (Gonalves Dias) Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabi; As aves, que aqui gorjeiam, 4 No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida 8 Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras 12 Onde canta o Sabi. Minha terra tem primores, Que tais no encontro eu c; Em cismar sozinho, noite Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, 18 Onde canta o Sabi. No permita Deus que eu morra Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, 24 Onde canta o Sabi. Coimbra, julho de 1843 (BARBOSA, Frederico (Org.). Clssicos da poesia brasileira antologia da poesia brasileira anterior ao Modernismo. So Paulo: O Estado de So Paulo/Klick Editora, 1997, p. 66-67.) TEXTO III A Ptria Ama, com f e orgulho, a terra em que nasceste! Criana! no vers nenhum pas como este! Olha que cu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, 5 um seio de me a transbordar carinhos. V que vida h no cho! v que vida h nos ninhos, Que se balanam no ar, entre os ramos inquietos! V que luz, que calor, que multido de insetos! 10 Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha o po que mata a fome, o teto que agasalha... Quem com o seu suor a fecunda e umedece, V pago o seu esforo, e feliz, e enriquece! 15 Criana! no vers pas nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! (BILAC, Olavo. Poesias infantis. Rio de Janeiro, Minas, So Paulo: Francisco Alves Cia,1904, p. 114-115.) TEXTO IV Cano do expedicionrio (Guilherme de Almeida) Voc sabe de onde eu venho? Venho do morro, do Engenho, Das selvas, dos cafezais, Da boa terra do coco, 5 Da choupana onde um pouco Dois bom, trs demais, Venho das praias sedosas, Das montanhas alterosas, Dos pampas, do seringal, 10 Das margens crespas dos rios, Dos verdes mares bravios Da minha terra natal. Por mais terras que eu percorra, No permita Deus que eu morra 15 Sem que volte para l; Sem que leve por divisa Esse V que simboliza A vitria que vir: Nossa vitria final, 20 Que a mira do meu fuzil, A rao do meu bornal, A gua do meu cantil, As asas do meu ideal, A glria do meu Brasil. 25 Voc sabe de onde eu venho? de uma Ptria que eu tenho No bojo do meu violo; Que de viver em meu peito Foi at tomando jeito 30 De um enorme corao. Deixei l atrs meu terreiro, Meu limo, meu limoeiro, Meu p de jacarand, Minha casa pequenina 35 L no alto da colina Onde canta o sabi. /.../ (POLCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Departamento de Educao e Cultura. Disponvel em https://dec.pm.df.gov.br/images/pdf/Hinos_e_Cancoes_Militares _-_reduzido.pdf. Acesso em 24/03/2022.) Analise a definio do substantivo exlio, extrada do dicionrio Novo Aurlio Sculo XXI: exlio (z). [Do lat. exiliu.] S. m. 1. Expatriao, forada ou voluntria; degredo, desterro. 2. O lugar onde reside o exilado. 3. Fig. Lugar afastado, solitrio, ou desagradvel de habitar. Sobre a possibilidade de interpretao desses sentidos nos textos I, II, III e IV desta prova, assinale a alternativa INCORRETA.
(AFA - 2023) TEXTO I Carta Nela [terra], at agora, no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porm a terra em si de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre Douro e Minho, 5 porque neste tempo de agora os achvamos como os de l. As guas so muitas; infindas. E em tal maneira graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se- nela tudo, por bem das guas que tem. Porm o melhor fruto, que nela se pode fazer, me 10 parece que ser salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lanar. E que a no houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegao de Calecute, bastaria. Quando mais disposio para se nela cumprir e fazer o que 15 Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa santa f. (CAMINHA, Pero Vaz de. Carta. In: PEREIRA, Paulo Roberto Dias. (Org.) Os trs nicos testemunhos do descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 1999, p. 58.) TEXTO V O que mais a impressionou no passeio foi a misria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos roceiros ideia de que eram felizes, saudveis e alegres. 5 Havendo tanto barro, tanta gua, por que as casas no eram de tijolos e no tinham telhas? Era sempre aquele sap sinistro /.../. Por que ao redor dessas casas no havia culturas, uma horta, um pomar? No seria to fcil, trabalho de horas? /.../ Mesmo nas fazendas, o espetculo 10 no era mais animador. Todas soturnas, baixas, quase sem o pomar olente e a horta suculenta. /.../ E todas essas questes desafiavam a sua curiosidade, o seu desejo de saber, e tambm a sua piedade e simpatia por aqueles prias, maltrapilhos, mal alojados, talvez com fome, 15 sorumbticos!... /.../ aproveitou a ocasio para interrogar a respeito o tagarela Felizardo. Olga encontrou o camarada c embaixo, cortando a machado as madeiras mais grossas; /.../ Ela lhe falou. 20 Bons dias, s dona. Ento trabalha-se muito, Felizardo? O que se pode. /.../ grande o stio de voc? 25 Tem alguma terra, sim senhora, s dona. Voc por que no planta para voc? Qu, s dona! O que que a gente come? O que plantar ou aquilo que a plantao der em dinheiro. 30 S dona t pensando uma coisa e a coisa outra. Enquanto planta cresce, e ento? Qu, s dona, no assim. /.../ Terra no nossa... E frumiga?... Ns no tem 35 ferramenta... isso bom pra italiano ou alamo, que governo d tudo... governo no gosta de ns... (BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. So Paulo: O Estado de So Paulo / Klick Editora, 1997, p. 97-98.) Num trecho do texto V, Felizardo faz a seguinte afirmao: S dona t pensando uma coisa e a coisa outra. (linha. 30). Considerando o trecho e todo o texto de Lima Barreto, assinale a alternativa INCORRETA.
(AFA - 2023) TEXTO V O que mais a impressionou no passeio foi a misria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos roceiros ideia de que eram felizes, saudveis e alegres. 5 Havendo tanto barro, tanta gua, por que as casas no eram de tijolos e no tinham telhas? Era sempre aquele sap sinistro /.../. Por que ao redor dessas casas no havia culturas, uma horta, um pomar? No seria to fcil, trabalho de horas? /.../ Mesmo nas fazendas, o espetculo 10 no era mais animador. Todas soturnas, baixas, quase sem o pomar olente e a horta suculenta. /.../ E todas essas questes desafiavam a sua curiosidade, o seu desejo de saber, e tambm a sua piedade e simpatia por aqueles prias, maltrapilhos, mal alojados, talvez com fome, 15 sorumbticos!... /.../ aproveitou a ocasio para interrogar a respeito o tagarela Felizardo. Olga encontrou o camarada c embaixo, cortando a machado as madeiras mais grossas; /.../ Ela lhe falou. 20 Bons dias, s dona. Ento trabalha-se muito, Felizardo? O que se pode. /.../ grande o stio de voc? 25 Tem alguma terra, sim senhora, s dona. Voc por que no planta para voc? Qu, s dona! O que que a gente come? O que plantar ou aquilo que a plantao der em dinheiro. 30 S dona t pensando uma coisa e a coisa outra. Enquanto planta cresce, e ento? Qu, s dona, no assim. /.../ Terra no nossa... E frumiga?... Ns no tem 35 ferramenta... isso bom pra italiano ou alamo, que governo d tudo... governo no gosta de ns... (BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. So Paulo: O Estado de So Paulo / Klick Editora, 1997, p. 97-98.) O emprego do advrbio no, em diversas passagens do Texto V, demarca carncias de personagens que representam pessoas excludas. Esse uso s NO se verifica na alternativa: