(IME - 2020 - Questo 20) Analise as afirmativas abaixo, referentes ao funcionamento de duas mquinas de Carnot, em que uma ciclo motor e a outra, ciclo refrigerao. 1:Levando em conta as temperaturas dos reservatrios trmicos e supondo que 80% da potncia disponibilizada do ciclo motor seja empregada para o acionamento do ciclo de refrigerao, a quantidade de calor removida da fonte fria nesse ciclo ser 120kJ/min. 2: Considerando apenas o ciclo motor, se a temperatura da fonte fria for duplicada e, simultaneamente, a temperatura da fonte quente for quadruplicada, o motor trmico violar a Segunda Lei da Termodinmica. 3: Se a temperatura da fonte quente do ciclo motor for modificada para 500 K, a quantidade mxima de calor removido da fonte fria do ciclo de refrigerao ter o mesmovalor numrico do apresentado na Afirmativa 1. Dados: temperaturas, respectivamente, da fonte quente e da fonte fria do ciclo motor: 600 K e 300K; temperaturas, respectivamente, da fontequente e da fonte fria do ciclo de refrigerao: 300 K e 268 K; e calor adicionado mquina trmina do ciclo motor:. Considerando que a operao do refrigerador trmico efetuada pela potncia disponibilizada pelo motor trmico, est(o) correta(s) a(s) afirmativa(s)
[IME - 2020/2021 - 2 fase] Um fio de comprimento L1e densidade linearest ligado a outro fio com comprimento L2= 14 L1e densidade. O conjunto est preso pelas suas extremidades a duas paredes fixas e submetido a uma tenso T. Uma onda estacionrio se forma no conjunto com a menor frequncia, com um n na juno dos dois fios. Incluindo os ns das extremidades, determine o nmero de ns que sero observados ao longo do conjunto.
(IME - 2020/2021- 1 fase) Um professor de qumica props, como primeira etapa do mecanismo de esterificao do terc-butanol com o cido actico, a formao de um carboction tercirio no lcool. Suponha a viabilidade dessa proposta. O tomo do cido actico mais propenso a realizar o ataque nucleoflico ao carboction formado seria o:
(IME - 2020/2021) Uma sequncia gerada pelo produto dos termos correspondentes de duas progresses aritmticas de nmeros inteiros. Os trs primeiros termos dessa sequncia so 3053, 3840 e 4389. O stimo termo da sequncia :
(IME - 2020/2021- 1 fase) Sabe-se que dois compostos A e B reagem em soluo de acordo com a estequiometria, que segue uma cintica de primeira ordem tanto em relao a A quanto a B, com velocidade especfica de reao. Em um recipiente, so adicionados 2 mols de cada um dos reagentes e um solvente adequado at completar 1L de soluo. Considerando que A totalmente solvel e B tem uma solubilidade igual a, obtenha a taxa de reao (v em) em funo da converso de A, dada por(onde o nmero de mols de A em um dado instante).
(IME - 2020/2021 - 1 FASE) Seja a matriz, onde o nmero complexo,o seu conjugado e os ngulos esto expressos em radianos. O determinante de:
[IME - 2020/2021 - 2 fase] Suponha que cada pacote do cereal CROK contenha um cupom com uma das letras da palavra CROK. Um consumidor que tenha todas as letras desse cereal ganha um pacote. Considere que todas as letras tenham a mesma probabilidade de aparecer no pacote. Determine a probabilidade de que um consumidor que comprou 10 pacotes desse cereal ganhe pelo menos um pacote.
(IME - 2020/2021 - 2 fase) Considere as assertivas a seguir: I. (...)seouvissem a algum que s caatingas pobres cabe a funo mais definida e graveques grandes matas virgens. (Texto 1, linhas 05 e 06). Os conectivos em desta se e que estabelecem a relao de causa e de comparao, respectivamente. II. Ao passe queas caatingas so um aliado incorruptvel do sertanejo em revolta (Texto 1, linha 14). A locuo em destaque exprime a ideia de condio. III. as sees precipitam-se para os pontosondeestalamos estampidos e estacamanteuma barreira flexvel, mas impenetrvel, de juremas. (Texto 1, linhas 47 e 48) Em destaque, ocorre o emprego de um pronome e de uma preposio, respectivamente. Est(o) correta(s) a(s) assertiva(s):
(IME - 2020/2021- 2 Fase) O modelo dos gases ideais, ou perfeitos, descreve bem o comportamento para a maioria dos casos, no entanto, foi necessrio desenvolver modelos mais precisos dentre os quais se destaca a equao de Van der Waal. Deduza a equao de Van der Waals, assumindo que o volume da particula/molcula no seja desprezvel e existam interaes entre partculas/molculas. Considere o seguinte: - V o volume do recipiente do gs; - B o volume total ocupado pelas molculas do gs; - As foras de atrao so praticamente nulas no seio da mistura do gs; e - Prximo s paredes do recipiente, as molculas so atradas ao centro com uma fora proporcional ao quadrado da concentrao do gs, o que reduz a intensidade dos impactos nas paredes do recipiente.
[IME - 2020/2021 - 2 fase] Para determinar a temperatura de um gs ideal, este foi inserido num tudo de comprimento L com uma extremidade aberta e a outra fechada. Na extremidade fechada, foi colocado um pequeno alto-falante, que emite uma frequncia fono estado fundamental. Dados: - massa molar do gs: M; - coeficiente de Poisson:; - nmero pertencente ao conjunto dos nmeros naturais: n ; e - constante universal dos gases perfeitos: R. Diante do exposto, determine: a) a temperatura absoluta do gs; e b) a razo entre a temperatura do gs original e de um novo gs, cuja massa molar maior que a massa molar M do gs original, mantendo a mesma razo entre a presso e a massa especfica do gs anterior (considere que todo o gs do item a) foi retirado).
(IME - 2020/2021- 1 fase) A uma soluo aquosa de cido carbnico, adiciona-se bicarbonato de sdio e posteriormente cido clordrico. Assinale a alternativa correta.
(IME - 2020/2021- 2 Fase) O RDX (ciclo-1,3,5-Trimetileno-2,4,6 trinitroamina) e o TNT (2-metil-1,3,5-trinitrobenzeno), quando misturados na proporo percentual 60/40 em massa, formam o Composto B. Considerando que cada munio contm 2,5 kg de Composto B, inicialmente mantido a 25C, determine a entalpia padro terica esperada na combusto completa de uma munio.
(IME - 2020 - Questo 22) Um projetil de massa m disparado com velocidadev contra dois blocos A e B, de massas MA = 800m e MB = 199m,que esto inicialmente em repouso, um sobre o outro, conforme mostra a figura. O projetil atinge o bloco A, fazendo o conjunto se movimentar de uma distnciad, da posio O ata posio D. Considerando g a acelerao da gravidade local, o coeficiente deatrito esttico mnimoe entre os blocos, de modo que o bloco B no deslize sobre o bloco A,:
[IME - 2020/2021 - 2 fase] O sistema ptico mostrado na figura constitudo por duas lentes convergentes, A e B, com distncias focais, respectivamente, de f e 2f. A lente A mantida fixa na posio x0. A lente B est ligada rigidamente a um bloco que inicialmente se move da direita para a esquerda em velocidade constante v0sobre um piso liso. Quando o bloco atinge a posio x1, o piso se torna rugoso. Sabe-se que a acelerao da gravidade no local g e que o coeficiente de atrito cintico entre o bloco e o piso rugoso . Determine o maior valor dev0 para o qual o bloco enra em repouso sem que o sistema produza uma imagem virtual de um objeto muito distante situado esquerda da lente A. Observao: desconsidere as dimenses do bloco.
(IME - 2020/2021 - 2 fase) Publicada em 1902, a partir de um trabalho de correspondente de guerra encomendado pelo jornal A Provncia de So Paulo ao engenheiro militar Euclides da Cunha, oriundo da Escola Militar da Praia Vermelha (atualmente, Instituto Militar de Engenharia), a obra Os Sertes aborda os acontecimentos da chamada guerra de Canudos, que foi o confronto entre um movimento popular missinico e o Exrcito Nacional, de 1896 a 1897, no interior do estado da Bahia. Uma leitura obrigatria para a compreenso da sociedade e da cultura brasileira, a obra reflete a descoberta pelo autor de um Brasil profundo, desconhecido pela elite intelectual e poltica do litoral, e se tornou obra cannica de expresso dos problemas e temas da nacionalidade. Em tom erudito, Os Sertes se caracteriza pelo encontro do estilo com os conceitos cientficos, que so estetizados e transfigurados, para estabelecer um novo plano de realidade humana, por meio de uma escrita tortuosa, gramaticalmente rebuscada, marcada pela rica adjetivao e reinveno lexical. Texto 1 Captulo 3 - A GUERRA DAS CAATINGAS 1 Os doutores na arte de matar que hoje, na Europa, invadem escandalosamente a cincia, perturbando-lhe o remanso com um retinir de esporas insolentes e formulam leis para a guerra, pondo em equao as batalhas, tm definido bem o papel das florestas como agente ttico precioso, de ofensiva ou defensiva. E ririam os sbios feldmarechais guerreiros de cujas mos 5caiu o franquisque herico trocado pelo lpis calculista se ouvissem a algum que s caatingas pobres cabe funo mais definida e grave que s grandes matas virgens. Porque estas, malgrado a sua importncia para a defesa do territrio orlando as fronteiras e quebrando o embate s invases, impedindo mobilizaes rpidas e impossibilitando a translao das artilharias se tornam de algum modo neutras no curso das campanhas. Podem favorecer, indiferentemente, 10 aos dois beligerantes oferecendo a ambos a mesma penumbra s emboscadas, dificultando-lhes por igual as manobras ou todos os desdobramentos em que a estratgia desencadeia os exrcitos. So uma varivel nas frmulas do problema tenebroso da guerra, capaz dos mais opostos valores. Ao passo que as caatingas so um aliado incorruptvel do sertanejo em revolta. Entram 15tambm de certo modo na luta. Armam-se para o combate; agridem. Tranam-se, impenetrveis, ante o forasteiro, mas abrem-se em trilhas multvias, para o matuto que ali nasceu e cresceu. E o jaguno faz-se o guerrilheiro-tugue, intangvel... As caatingas no o escondem apenas, amparam-no. Ao avist-las, no vero, uma coluna em marcha no se surpreende. Segue pelos caminhos 20 em torcicolos, aforradamente. E os soldados, devassando com as vistas o matagal sem folhas, nem pensam no inimigo. Reagindo cancula e com o desalinho natural s marchas, prosseguem envoltos no vozear confuso das conversas travadas em toda a linha, virguladas de tinidos de armas, cindidas de risos joviais mal sofreados. que nada pode assust-los. Certo, se os adversrios imprudentes com eles se 25 afrontarem, sero varridos em momentos. Aqueles esgalhos far-se-o em estilhas a um breve choque de espadas e no crvel que os gravetos finos quebrem o arranco das manobras prontas. E l se vo, marchando, tranqilamente hericos... De repente, pelos seus flancos, estoura, perto, um tiro... A bala passa, rechinante, ou estende, morto, em terra, um homem. Sucedem-se, pausadas, 30 outras, passando sobre as tropas, em sibilos longos. Cem, duzentos olhos, mil olhos perscrutadores, volvem-se, impacientes, em roda. Nada vem. H a primeira surpresa. Um fluxo de espanto corre de uma a outra ponta das fileiras. E os tiros continuam raros, mas insistentes e compassados, pela esquerda, pela direita, pela frente agora, irrompendo de toda a banda. 35 Ento estranha ansiedade invade os mais provados valentes, ante o antagonista que v e no visto. Forma-se celeremente em atiradores uma companhia, mal destacada da massa de batalhes constritos na vareda estreita. Distende-se pela orla da caatinga. Ouve-se uma voz de comando; e um turbilho de balas rola estrugidoramente dentro das galhadas... Mas constantes, longamente intervalados sempre, zunem os projteis dos atiradores 40invisveis batendo em cheio nas fileiras. A situao rapidamente engravesce, exigindo resolues enrgicas. Destacam-se outras unidades combatentes, escalonando-se por toda a extenso do caminho, prontas primeira voz; e o comandante resolve carregar contra o desconhecido. Carrega-se contra os duendes. A fora, de baionetas caladas, rompe, impetuosa, o matagal numa expanso irradiante de cargas. 45Avana com rapidez. Os adversrios parecem recuar apenas. Nesse momento surge o antagonismo formidvel da caatinga. As sees precipitam-se para os pontos onde estalam os estampidos e estacam ante uma barreira flexvel, mas impenetrvel, de juremas. Enredam-se no cipoal que as agrilhoa, que Ihes arrebata das mos as armas, e no vingam transp-lo. Contornam-no. Volvem aos lados. V-se 50um como rastilho de queimada: uma linha de baionetas enfiando pelos gravetos secos. Lampeja por momentos entre os raios do sol joeirados pelas rvores sem folhas; e parte-se, faiscando, adiante, dispersa, batendo contra espessos renques de xiquexiques, unidos como quadrados cheios, de falanges, intransponveis, fervilhando espinhos... Circuitam-nos, estonteadamente, os soldados. Espalham-se, correm toa, num labirinto 55de galhos. Caem, presos pelos laos corredios dos quips reptantes; ou estacam, pernas imobilizadas por fortssimos tentculos. Debatem-se desesperadamente at deixarem em pedaos as fardas, entre as garras felinas de acleos recurvos das macambiras... Impotentes estadeiam, imprecando, o desapontamento e a raiva, agitando-se furiosos e inteis. Por fim a ordem dispersa do combate faz-se a disperso do tumulto. Atiram a esmo, sem 60pontaria, numa indisciplina de fogo que vitima os prprios companheiros. Seguem reforos. Os mesmos transes reproduzem-se maiores, acrescidas a confuso e a desordem; enquanto em torno, circulando-os, rtmicos, fulminantes, seguros, terrveis, bem apontados, caem inflexivelmente os projetis tio adversrio. De repente cessam. Desaparece o inimigo que ningum viu. 65 As sees voltam desfalcadas para a coluna, depois de inteis pesquisas nas macegas. E voltam como se sassem de recontro brao a brao, com selvagens: vestes em tiras; armas estrondadas ou perdidas; golpeados de gilvazes; claudicando, estropiados; mal reprimindo o doer infernal das folhas urticantes; frechados de espinhos.... . 70 A luta desigual. A fora militar decai a um plano interior Batem-na o homem e a terra. E quando o serto estua nos bochornos dos estios longos no difcil prever a quem cabe a vitria. Enquanto o minotauro, impotente e possante, inerme com a sua envergadura de ao e grifos de baionetas, sente a garganta exsicar-se-lhe de sede e, aos primeiros sintomas da fome, reflui retaguarda, fugindo ante o deserto ameaador e estril, aquela flora agressiva abre ao sertanejo 75 um seio carinhoso e amigo. (...) A natureza toda protege o sertanejo. Talha-o como Anteu, indomvel. um tit bronzeado fazendo vacilar a marcha dos exrcitos. CUNHA, Euclides da.Os Sertes(Campanha de Canudos). 2 ed. So Paulo: Editora Ciranda Cultural, 2018. p. 181-186. Texto 2 ESTADOS DE VIOLNCIA 1 A Guerra, na longa histria dos homens, ter tido seus atores e suas cenas, seus heris e seus espaos. seus personagens e seus teatros. Diversidade incrvel das fardas, dos costumes, enfeites, armaduras, equipamentos. Multiplicidade dos terrenos: barro espesso ou poeira asfixiante, brejos viscosos, desfiladeiros rochosos, prados gordurentos ou pancies sombrias, 5 colinas acidentadas, montanhas dentadas, muros grossos das cidades fortificadas, portes e fossos profundos. Sem mesmo falar das tticas de combate, da evoluo tcnica das armas. Mas o que malgrado tudo ficaria e basearia a distino entre guerras maiores e menores, grandes e pequenas, verdadeiras e degradadas, era essa forma pura de fois exrcitos engajando foras representando entidades polticas identificveis, afrontando-se em batalhas decisivas, terrestres 10 ou martimas, que os colocavam em contato com seu princpio de encerramento: vitria ou derrota. ainda possvel essa forma pura de guerra, depois que as grandes e principais potncias dispem da arma absoluta (o fogo nuclear), depois ainda que um s possui uma superioridade arrasadora das foras clssicas de destruio, tecnologias de reconhecimento, tcnicas de fundio de preciso, depois enfim que as democracias desenvolveram uma cultura 15 de negociao, de arbitragem em que o recurso fora nua dado como inadequado, selvagem, contraproducente? Imagina-se que no futuro ainda grandes potncias mobilizem o conjunto de suas foras vivas para se medirem? Na trama visvel, dilacerada das grandes guerras contemporneas, reconhecem-se apenas a paisagem cultural da guerra, as nervuras de sua representao dominante. No se veem mais, 20 e tanto melhor, colunas de soldados em centenas de milhares chegando ao futuro campo de batalha, dispondo-se em ordem para a batalha decisiva. No se espera mais com um entusiasmo ansioso a sano das armas: durao da batalha, data de vitria ou da derrota (...) Os estados de violncia fazem aparecer uma multiplicidade de figuras novas: o terrorista, o chefe de faces, o mercenrio, o soldado profissional, o engenheiro de informtica, o responsvel da segurana 25 etc. No exrcito disciplinado, mas redes dispersas, concorrentes, profissionais da violncia. Mudanas ainda no nvel do teatro dos conflitos. Para a guerra: uma plancie, espaos largos, s vezes colinas ou rios, em todo caso campanhas (para no levar em conta aqui guerras de cerco). E depois vem o espetculo desolador aps a batalha: os inimigos como que abraados na morte, corpos juncando o solo, fardas rasgadas, manchas de sangue. Um grande silncio depois de 30tantos gritos e de vaias. O novo teatro hoje a cidade. No a cidade fortificada, em torno da qual se entrincheira, mas a cidade viva dos transeuntes. A dos espaos pblicos: mercados, garagens, terraos de caf, metrs... A das ruas que francos atiradores isolados transformam em teatro de feira para divertimentos atrozes (...) Tempos e espaos, personagens e cadveres. Aqui se trata apenas do regime de imagens 35 de violncia armada que se acha transformado. A aposta filosfica sera dizer que acontece outra coisa, e no a guerra, que se poderia chamar provisoriamente de estado de violncia, porque eles se oporiam ao que os clssicos tinham definido como estado de guerra e tambm como estado de natureza (...) Diante da inquietante extravagncia desses conflitos dificilmente identificveis ou 40 codificveis nos quadros da anlise estratgica clssica, ouve-se mesmo: o pior estava por vir. preciso dizer que a polemologia (estudo da guerra) no reconhece mais seus filhos: nem seus chefes responsveis, nem seus soldados dceis, nem seus heris esplndidos, nem seus mortos no campo de honra. Chega-se mesmo a se queixar. Neste ponto, contudo, a nostalgia dificilmente suportvel. Sobretutdo para lastimar guerras que s vezes nem mesmo foram vividas 45pessoalmente. Estas boas velhas guerras, com bons velhos inimigos, fomentadas por Estados, alegando razes, deve-se recordar que foram tambm o instrumento das mais baixas ambies, das mais loucas pretenses, dos mais srdidos clculos? Que elas acarretaram sem falhar o sacrifcio de milhes de homens que no pediam seno para viver, que elas esgotaram precocemente civilizaes desenvolvidas, conduziram culturas prestigiosas ao suicdio? 50 Resta, alm de um pensamento nostlgico, compreender o que causa os estados atuais de violncia. Ento, antes que falar da nova guerra, de guerra selvagem, guerra sem a guerra, de guerra sem fim, de guerra assimtrica, de guerra civil generalizada, de guerra ruiva, preciso elucidar, em lugar do jogo antigo da guerra e da paz, as estruturaes destes estados de violncia (...) Como a filosofia clssica tinha conceituado o estado de guerra e de 55natureza, seria preciso esboar a anlise filosfica dos estados de violncia, como distrubuio contempornea das foras de destruio. GROS, Frdric.Estados de violncia: ensaio sobre o fim da guerra.Traduo de Jos Augusto da Silva. Aparecida, SP. Editora Ideias Letras, 2009. p. 227-232 (texto adaptado). Considere as assertivas a seguir: I. A nclise apresentadaem (...), invadem escandalosamente a cincia, perturbando-lheo remanso com um retinir de esporas insolentes (...) (Texto 1, linhas 01 e 02) ocorre devido presena do gerndio sem palavra atrativa. II. Em E o jaguno faz-seo guerrilheiro-tugue, intangvel... (Texto 1, linha 17), possvel reconstruir o segmento por meio de outro emprego pronominal, sem prejudicar a correo e o sentido original, j que h fator facultativo de nclise; III. Na expresso (...) quelhesarrebata das mos as armas. (Texto 1, linha 49), o pronome destacado est corretamente empregado. H ocorrncia da prclise obrigatria. IV. Em Chega-se mesmo asequeixar (Texto 2, linha 43), o deslocamento do pronome se em destaque para imediatamente aps a forma verbal queixar, prejudicaria a correo gramatical do texto. No que tange topologia pronominal, esto corretas as assertivas: