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Questões de Português - IME | Gabarito e resoluções

Questão 11
2015Português

(IME - 2015/2016- 2 FASE) Texto 1 A QUMICA EM NOSSAS VIDAS Carlos Corra H a ideia generalizada de que o que natural bom e o que sinttico, o que resulta da ao do homem, mau. No vou citar os terremotos, tsunamis e tempestades, tudo natural, que no tm nada de bom, mas certas substncias naturais muito ms, como as toxinas produzidas naturalmente por certas bactrias e os vrus, todos to na moda nestes ltimos tempos. Dentre os maiores venenos que existem, seis so naturais. S o sarin (gs dos nervos) e as dioxinas que so de origem sinttica. Muitos alimentos contm substncias naturais que podem causar doenas, como por exemplo o isocianato de alila (alho, mostarda) que pode originar tumores, o benzopireno (defumados, churrascos) causador de cncer do estmago, os cianetos (amndoas amargas, mandioca) que so txicos, as hidrazinas (cogumelos) que so cancergenas, a saxtoxina (marisco) e a tetrodotoxina (peixe estragado) que causam paralisia e morte, certos taninos (caf, cacau) causadores de cncer do esfago e da boca e muitos outros. A m imagem da Qumica resulta da sua m utilizao e deve-se particularmente disperso de resduos no ambiente (que levam ao aquecimento global e mudanas climticas, ao buraco da camada de oznio e contaminao das guas e solos) e utilizao de aditivos alimentares e pesticidas. Muitos desses males so o resultado da pouca educao dos cidados. Quem separa e compacta o lixo? Quem entrega nas farmcias os medicamentos que se encontram fora do prazo de validade? Quem trata os efluentes dos currais e das pocilgas? Quem deixa toda a espcie de lixo nas areias das nossas praias e matas? Quem usa e abusa do automvel? Quem berra contra as queimadas mas enche a sala de fumaa, intoxicando toda a famlia? Quem no admira o fogo de artifcio, que enche a atmosfera e as guas de metais pesados? H o hbito de utilizar a expresso substncia qumica para designar substncias sintetizadas, imprimindo-lhes um ar perverso, de substncia maldita. H tempos passou na TV um anncio destinado a combater o uso do tabaco que dizia: o fumo do tabaco contm mais de 4000 substncias qumicas txicas, irritantes e cancergenas. Bastaria referir substncias, mas teve de aparecer o qualificativo qumicas para lhes dar um ar mais tenebroso. Todas as substncias, naturais ou de sntese, so substncias qumicas! Todas as substncias, naturais ou de sntese, podem ser prejudiciais sade! Tudo depende da dose. Qualquer dia aparecer uma notcia na TV referindo, logo a seguir s notcias dos dirigentes e jogadores de futebol, que A gua, substncia com a frmula molecular H2O, foi a substncia qumica responsvel por muitas mortes nas nossas praias por falta de cuidado! Porque os Qumicos determinaram as estruturas e propriedades dessas substncias, haver razo para lhes chamar substncias qumicas? Estamos sendo envenenados pelas muitas substncias qumicas que invadem as nossas vidas? A ideia de que o cncer est aumentando devido a essas substncias qumicas desmentida pelas estatsticas sobre o assunto, exceo do fumo do tabaco, que a maior causa de aumento do cncer do pulmo e das vias respiratrias. O aumento da longevidade acarreta necessariamente um aumento do nmero de cnceres. Curiosamente, o tabaco natural e essas 4000 substncias txicas, irritantes e cancergenas resultam da queima das folhas do tabaco. A reao de combusto no foi inventada pelos qumicos; vem da idade da pedra, quando o homem descobriu o fogo. O nmero de cnceres das vias respiratrias na mulher s comeou a crescer em meados dos anos 60, com a emancipao da mulher e o subsequente uso do cigarro. o tipo de cncer responsvel pelo maior nmero de mortes nos Estados Unidos. No verdade que as substncias de sntese (as substncias qumicas) sejam uma causa importante de cncer; isso sucede somente quando h exposio a altas doses. As maiores causas de cncer so o cigarro, o excesso de lcool, certas viroses, inflamaes crnicas e problemas hormonais. A melhor defesa uma dieta rica em frutos e vegetais. H alguns anos, metade das substncias testadas (naturais e sintticas) em roedores deram resultado positivo em alguns testes de carcinogenicidade. Muitos alimentos contm substncias naturais que do resultado positivo, como o caso do caf torrado, embora esse resultado no possa ser diretamente relacionado ao aparecimento de um cncer, pois apenas a presena de doses muito elevadas das substncias pode justificar tal relao. Embora um estudo realizado por Michael Shechter, do Instituto do Corao de Sheba, Israel, mostrasse que a cafena do caf tem propriedades antioxidantes, atuando no combate a radicais livres, diminuindo o risco de doenas cardiovasculares e alguns tipos de cncer, a verdade que, h meia dzia de anos, s 3% dos compostos existentes no caf tinham sido testados. Das trinta substncias testadas no caf torrado, vinte e uma eram cancergenas em roedores e faltava testar cerca de um milhar! Vamos deixar de tomar caf? Certamente que no. O que sucede que a Qumica hoje capaz de detectar e caracterizar quantidades minsculas de substncias, o que no sucedia no passado. Como se disse, o veneno est na dose e essas substncias esto presentes em concentraes demasiado pequenas para causar danos. Diante do que se sabe das substncias analisadas at aqui, todos concordam que o importante consumir abundantes quantidades de frutos e vegetais. Isso compensa inclusive riscos associados possvel presena de pequenas quantidades de pesticidas. CORRA, Carlos. A Qumica em nossas vidas. Disponvel em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49746op=all. Acesso em 17 Abr 2015. (Texto adaptado) Quem usa e abusa do automvel? (4 pargrafo, texto 1). Assinale a opo em que a regra ortogrfica diverge em relao grafia dos verbos acima apresentados.

Questão 12
2015Português

(IME - 2015/2016- 2 FASE) Texto 2 CONSUMIDORES COM MAIS ACESSO INFORMAO QUESTIONAM A VERDADE QUE LHES VENDIDA nio Rodrigo Se voc mulher, talvez j tenha observado com mais ateno como a publicidade de produtos de beleza, especialmente os voltados a tratamentos de rejuvenescimento, usualmente possuem novssimos componentes anti-idade e micro-cpsulas que ajudam a sua pele a ter mais firmeza em oito dias, por exemplo, ou mesmo que determinados organismos vivos (mesmo depois deenvazados, transportados e acondicionados em prateleiras com pouco controle de temperatura) fervilham aos milhes dentro de um vasilhame esperando para serem ingeridos ajudando a regular sua flora intestinal. Homens, crianas, e todo tipo de pblico tambm no esto fora do alcance desse discurso que utiliza um recurso cada vez mais presente na publicidade: a cincia e a tecnologia como argumento de venda. Silvania Sousa do Nascimento, doutora em didtica da cincia e tecnologia pela Universidade Paris VI e professora da Faculdade de Educao da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enxerga nesse processo um resqucio da viso positivista, na qual a cincia pode ser entendida como verdade absoluta. A viso de que a cincia a baliza tica da verdade e o mito do cientista como gnio criador amplamente difundida, mas entra, cada vez mais, em atrito com a realidade, principalmente em uma sociedade informacional, como ( 1 ) nossa, acrescenta. Para entender esse processo numa sociedade pautada na dinmica da informao, Ricardo Cavallini, consultor corporativo e autor do livro O marketing depois de amanh (Universo dos Livros, 2007), afirma que, primeiramente, devemos repensar a noo de pblico especfico ou senso comum. Essas categorizaes esto sendo postas de lado. A publicidade contempornea trata com pessoas e elas tm cada vez mais acesso ( 2 ) informao e assim que vejo a comunicao: com fronteiras menos marcadas e deixando de lado o paradigma de que o pblico passivo, acredita. Silvania concorda e diz que a sociedade comea ( 3 ) perceber que a verdade suprema estanque, no condiz com o dia-a-dia. Ao se depararem com uma informao, as pessoas comeam a pesquisar e isso as aproxima do fazer cientfico, ou seja, de que a verdade questionvel, enfatiza. Para a professora da UFMG, isso cria o jornalista contnuo, um indivduo que pe a verdade prova o tempo todo. A noo de cincia atual a de verdade em construo, ou seja, de que determinados produtos ou processos imediatamente anteriores ao atual, so defasados. Cavallini considera que ( 4 ) trs linhas de pensamento possveis que poderiam explicar a utilizao do recurso da imagem cientfica para vender: a quantidade de informao que a cincia pode agregar a um produto; o quanto essa informao pode ser usada como diferencial na concorrncia entre produtos similares; e a cincia como um selo de qualidade ou garantia. Ele cita o caso dos chamados produtos verdes, associados a determinadas caractersticas com vis ecolgico ou produtos que precisam de algum tipo de auditoria para comprovarem seu discurso. Na mdia, a cincia entra como mecanismo de validao, criando uma marca de avano tecnolgico, mesmo que por pouqussimo tempo, finaliza Silvania. O fascnio por determinados temas cientficos segue a lgica da saturao do termo, ou seja, ecoar algo que j esteja exercendo certo fascnio na sociedade. O interesse do pblico muda bastante e a publicidade se aproveita desses temas que esto na mdia para recri-los a partir de um jogo de seduo com a linguagem diz Cristina Bruzzo, pesquisadora da Faculdade de Educao da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que acompanhou ( 5 ) apropriao da imagem da molcula de DNA pelas mdias (inclusive publicidade). A imagem do DNA, por exemplo, foi acrescida de diversos sentidos, que no o sentido original para a cincia, e transformado em discurso de venda de diversos produtos, diz. Onde esto os dados comprovando as afirmaes cientficas, no entanto? De acordo com Eduardo Corra, do Conselho Nacional de Auto Regulamentao Publicitria (Conar) os anncios, antes de serem veiculados com qualquer informao de cunho cientfico, devem trazer os registros de comprovao das pesquisas em rgos competentes. Segundo ele, o Conar no tem o papel de avalizar metodologias ou resultados, o que fica a cargo do Ministrio da Sade, Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) ou outros rgos. O consumidor pode pedir uma reviso ou confirmao cientfica dos dados apresentados, contudo em 99% dos casos esses certificados so garantia de qualidade. Se surgirem dvidas, quanto a dados numricos de pesquisas de opinio pblica, temos analistas no Conar que podem dar seus pareceres, esclarece Corra. Mesmo assim, de acordo com ele, os processos investigatrios so rarssimos. RODRIGO, Enio. Cincia e cultura na publicidade. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252009000100006script=sci_arttext.Acesso em 22/04/2015. Acerca do vocbulo categorizaes (3 pargrafo, texto 2) e da expresso marca de avano tecnolgico, mesmo que por pouqussimo tempo (5 pargrafo, texto 2), podemos afirmar que I. o vocbulo categorizaes refere-se a componentes anti-idade e microcpsulas que ajudam a sua pele a ter mais firmeza em oito dias. II. a expresso marca de avano tecnolgico, mesmo que por pouqussimo tempo traz a ideia de verdade questionvel. III. o vocbulo categorizaes retoma as noes de pblico especfico e senso comum. Marque a opo correta:

Questão 13
2015Português

(IME - 2015/2016- 2 FASE) Texto 3 SOLUO Joo Paiva Eu quero uma soluo homognea, preparada, coisa certa, controlada para ter tudo na mo. Soluo para questo que no ouso resolver. Diluda num balo elixir pra me entreter. Fao centrifugao para ter ar uniforme uso varinha conforme, seja mgica ou no. Busco uma soluo tudo lindo, direitinho eu quero ter tudo certinho ter o mundo nesta mo. Procuro mistura, ento aqueo tudo em cadinho. E vejo no ter soluo mas apenas um caminho... PAIVA, Joo. Quase poesia, quase qumica. Disponvel em: http://www.spq.pt/files/docs/boletim/poesia/quase-poesia-quase-quimica-jpaiva2012.pdf Acesso em: 22/04/2015. Sobre o texto 3 podemos inferir que I. o autor do texto nos traz uma mensagem altamente negativa e pessimista do fazer cientfico. II. o vocbulo que confere ttulo ao texto pode ter o mesmo valor semntico no primeiro e quinto versos, o que confirma a inteno do cientista em para ter tudo na mo (verso 4). III. o cientista falha quando no encontra meios em seu trabalho cotidiano para solucionar, com extrema preciso, tudo o que lhe vier s mos para fazer. Marque a opo correta:

Questão 14
2015Português

(IME - 2015/2016- 2 FASE) Texto 2 CONSUMIDORES COM MAIS ACESSO INFORMAO QUESTIONAM A VERDADE QUE LHES VENDIDA nio Rodrigo Se voc mulher, talvez j tenha observado com mais ateno como a publicidade de produtos de beleza, especialmente os voltados a tratamentos de rejuvenescimento, usualmente possuem novssimos componentes anti-idade e micro-cpsulas que ajudam a sua pele a ter mais firmeza em oito dias, por exemplo, ou mesmo que determinados organismos vivos (mesmo depois deenvazados, transportados e acondicionados em prateleiras com pouco controle de temperatura) fervilham aos milhes dentro de um vasilhame esperando para serem ingeridos ajudando a regular sua flora intestinal. Homens, crianas, e todo tipo de pblico tambm no esto fora do alcance desse discurso que utiliza um recurso cada vez mais presente na publicidade: a cincia e a tecnologia como argumento de venda. Silvania Sousa do Nascimento, doutora em didtica da cincia e tecnologia pela Universidade Paris VI e professora da Faculdade de Educao da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enxerga nesse processo um resqucio da viso positivista, na qual a cincia pode ser entendida como verdade absoluta. A viso de que a cincia a baliza tica da verdade e o mito do cientista como gnio criador amplamente difundida, mas entra, cada vez mais, em atrito com a realidade, principalmente em uma sociedade informacional, como ( 1 ) nossa, acrescenta. Para entender esse processo numa sociedade pautada na dinmica da informao, Ricardo Cavallini, consultor corporativo e autor do livro O marketing depois de amanh (Universo dos Livros, 2007), afirma que, primeiramente, devemos repensar a noo de pblico especfico ou senso comum. Essas categorizaes esto sendo postas de lado. A publicidade contempornea trata com pessoas e elas tm cada vez mais acesso ( 2 ) informao e assim que vejo a comunicao: com fronteiras menos marcadas e deixando de lado o paradigma de que o pblico passivo, acredita. Silvania concorda e diz que a sociedade comea ( 3 ) perceber que a verdade suprema estanque, no condiz com o dia-a-dia. Ao se depararem com uma informao, as pessoas comeam a pesquisar e isso as aproxima do fazer cientfico, ou seja, de que a verdade questionvel, enfatiza. Para a professora da UFMG, isso cria o jornalista contnuo, um indivduo que pe a verdade prova o tempo todo. A noo de cincia atual a de verdade em construo, ou seja, de que determinados produtos ou processos imediatamente anteriores ao atual, so defasados. Cavallini considera que ( 4 ) trs linhas de pensamento possveis que poderiam explicar a utilizao do recurso da imagem cientfica para vender: a quantidade de informao que a cincia pode agregar a um produto; o quanto essa informao pode ser usada como diferencial na concorrncia entre produtos similares; e a cincia como um selo de qualidade ou garantia. Ele cita o caso dos chamados produtos verdes, associados a determinadas caractersticas com vis ecolgico ou produtos que precisam de algum tipo de auditoria para comprovarem seu discurso. Na mdia, a cincia entra como mecanismo de validao, criando uma marca de avano tecnolgico, mesmo que por pouqussimo tempo, finaliza Silvania. O fascnio por determinados temas cientficos segue a lgica da saturao do termo, ou seja, ecoar algo que j esteja exercendo certo fascnio na sociedade. O interesse do pblico muda bastante e a publicidade se aproveita desses temas que esto na mdia para recri-los a partir de um jogo de seduo com a linguagem diz Cristina Bruzzo, pesquisadora da Faculdade de Educao da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que acompanhou ( 5 ) apropriao da imagem da molcula de DNA pelas mdias (inclusive publicidade). A imagem do DNA, por exemplo, foi acrescida de diversos sentidos, que no o sentido original para a cincia, e transformado em discurso de venda de diversos produtos, diz. Onde esto os dados comprovando as afirmaes cientficas, no entanto? De acordo com Eduardo Corra, do Conselho Nacional de Auto Regulamentao Publicitria (Conar) os anncios, antes de serem veiculados com qualquer informao de cunho cientfico, devem trazer os registros de comprovao das pesquisas em rgos competentes. Segundo ele, o Conar no tem o papel de avalizar metodologias ou resultados, o que fica a cargo do Ministrio da Sade, Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) ou outros rgos. O consumidor pode pedir uma reviso ou confirmao cientfica dos dados apresentados, contudo em 99% dos casos esses certificados so garantia de qualidade. Se surgirem dvidas, quanto a dados numricos de pesquisas de opinio pblica, temos analistas no Conar que podem dar seus pareceres, esclarece Corra. Mesmo assim, de acordo com ele, os processos investigatrios so rarssimos. RODRIGO, Enio. Cincia e cultura na publicidade. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252009000100006script=sci_arttext.Acesso em 22/04/2015. Texto 3 SOLUO Joo Paiva Eu quero uma soluo homognea, preparada, coisa certa, controlada para ter tudo na mo. Soluo para questo que no ouso resolver. Diluda num balo elixir pra me entreter. Fao centrifugao para ter ar uniforme uso varinha conforme, seja mgica ou no. Busco uma soluo tudo lindo, direitinho eu quero ter tudo certinho ter o mundo nesta mo. Procuro mistura, ento aqueo tudo em cadinho. E vejo no ter soluo mas apenas um caminho... PAIVA, Joo. Quase poesia, quase qumica. Disponvel em: http://www.spq.pt/files/docs/boletim/poesia/quase-poesia-quase-quimica-jpaiva2012.pdf Acesso em: 22/04/2015. O autor do texto 2 discute acerca dos temas Cincia como baliza tica da verdade e Mito do cientista como gnio criador. Considerando essas reflexes e o contedo do texto 3, podemos afirmar que

Questão 15
2015Português

(IME - 2015/2016- 2 FASE) TEXTO 4 PSICOLOGIA DE UM VENCIDO Augusto dos Anjos Eu, filho do carbono e do amonaco, Monstro de escurido e rutilncia, Sofro, desde a epignese da infncia, A influncia m dos signos do zodaco Profundissimamente hipocondraco, Este ambiente me causa repugnncia... Sobe-me boca uma nsia anloga nsia Que se escapa da boca de um cardaco. J o verme este operrio das runas Que o sangue podre das carnificinas Come, e vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para ro-los, E h de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgnica da terra! ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1998. Acerca da expresso Este ambiente e do verbo come (6 e 11 versos do texto 4, respectivamente), podemos afirmar que I. a expresso faz referncia a nossa existncia no planeta em que vivemos. II. o sujeito do verbo em questo o sangue podre das carnificinas (verso 10). III. o verbo em questo tem o mesmo sujeito de anda (verso 12). IV. a expresso refere-se ao do trabalho final do operrio das runas (verso 9). Marque a opo correta:

Questão 1
2014Português

(IME- 2014/2015 - 2 FASE) Texto 1 O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA (Pedro Gabriel Maro de 2014) ─ Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mos opressoras. E nem as mos da professora mais dcil conseguiam me acalmar. No compreendia uma palavra, uma metfora, uma rima pobre, rica ou rara. No entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer quilo. No conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreenso de um soneto; ela a to sagrada poesia no me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptasslabo. Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um mvel e ficar imvel at tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontnea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrou Pneumotrax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para no precisar declam-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e trs Trinta e trs Ter uma doena pequena, uma desculpa qualquer, um atestado mdico assinado pelo meu av que me deixasse em casa no a semana toda, mas s o tempo da aula. Depois, para a prova de francs, no tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em p de frente para o meu professor, eu queria que algum me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale at que a turma toda esquecesse a minha existncia. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca est seca at hoje. Minhas mos esto molhadas at agora. S eu sei o que suei por voc, querida Poesia. Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simptico da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou no lia nada. Talvez por no querer entend-la. Talvez por achar no merecla. E assim ficava merc da minha rebeldia. No queria aprender a contar slabas, queria ser verso livre. Tolo! At a liberdade exige teoria! Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. Que se ela o assusta porque ela o deseja. Que se ele sentemedo porque ele precisa dela. No h mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora est em voc. ─Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama Disponvel em: . (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 2 A MULHER QUE NO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA (Jeanna Bryner Dezembro de 2010) Voc gostaria de no sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo no tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que at ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no crebro humano. Os pesquisadores tentaram inmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reao de rejeio, aranhas e cobras, e uma srie de filme de terror apenas entreteram a paciente. A mulher tem uma doena rara chamada sndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amgdala. A amgdala uma estrutura em forma de amndoa situada no fundo do crebro. Nos ltimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na gerao de respostas de medo em diferentes animais. Agora, o estudo envolvendo essa paciente o primeiro a confirmar que essa regio do crebro responsvel pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse ps-traumtico (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteam a hiperatividade na amgdala podem curar pacientes com TEPT. Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela no conseguia reconhecer expresses faciais de medo, mas no se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vrios questionrios padronizados paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte at o medo de falar em pblico. Alm disso, durante trs meses ela carregou um dirio que informatizava sua emoo, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nvel de medo ao longo do dia. O dirio tambm indicava emoes que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuao mdia de medo foi de 0%, enquanto para outras emoes ela mostrou funcionamento normal. Em todos os cenrios, ela no mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razes para ela reagir com medo. Ela prpria contou que no gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, no sentiu medo. Alm disso, j lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violncia domstica, e em mais de uma ocasio foi explicitamente ameaada de morte. O que mais se sobressai que, em muitas destas situaes a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgncia. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situaes, respondeu que no sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu. Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela no tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amgdala, a mulher est imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse ps-traumtico. Mas h uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situaes ameaadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequncia com que ela enfrentou riscos. Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente muito raro, mas para entender melhor o fenmeno, seria timo estudar mais pessoas com a condio. Disponvel em:http://hypescience.com (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 3 CONSOADA (Manuel Bandeira) Quando a Indesejada das gentes chegar (No sei se dura ou carovel), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: Al, iniludvel! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilgios.) Encontrar lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. Disponvel em: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br Acesso em: 29 Abr 2014. Texto 4 AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ (Raphaela de Campos Mello Outubro de 2012) A cada passo dado voc sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as prprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo. Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizaes. Isso se chama autossabotagem. So atitudes forjadas por uma parte de ns que no nos v como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitria. Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na vspera daquela importante reunio. Muitos desses comportamentos destrutivos esto quase fora do domnio da conscincia, afirma o psiclogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da AutoSabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller). A autonomia, a independncia e o sucesso so apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas no podero mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas, diz o autor. O filsofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundrios. H jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo ateno dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta, afirma. O problema que, ao fazermos isso, no nos desenvolvemos plenamente. Todo mundo busca a felicidade, a questo ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades, diz ele. Disponvel em: http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz. (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014 Texto 5 O QUASE (Sarah Westphal Batista da Silva) Ainda pior que a convico do no, e a incerteza do talvez, a desiluso de um quase. o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e no foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda est vivo, quem quase amou no amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idias que nunca sairo do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, s vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, no me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, est estampada na distncia e frieza dos sorrisos na frouxido dos abraos, na indiferena dos Bom Dia quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem at para ser feliz. A paixo queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas no so. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar no teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-ris em tons de cinza. O nada no ilumina, no inspira, no aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. No que f mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que no podem ser mudadas resta-nos somente pacincia, porm, preferir a derrota prvia dvida da vitria desperdiar a oportunidade de merecer. Pros erros h perdo; pros fracassos, chance; pros amores impossveis, tempo. De nada adianta cercar um corao vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim instantneo ou indolor no romance. No deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impea de tentar. Desconfie do destino e acredite em voc. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive j morreu. Disp. em: . Acesso em: 29 Abr 2014. Leia atentamente as afirmativas relacionadas aos textos apresentados e, a seguir, marque a alternativa correta: I Todos os textos apresentados mostram que o medo s nos leva ao insucesso; II No texto 1, o protagonista retrata um medo vivido em sua infncia, fazendo aluso a elementos prprios desse medo; III No texto 2, a mulher no reage s situaes desagradveis a ela impostas, porque no capaz de sentir medo; IV O texto 3 aborda um nico medo: o medo da morte; V Os textos 4 e 5 encorajam o leitor a sair de uma posio de conforto e a encarar riscos e responsabilidades em busca do sucesso.

Questão 2
2014Português

(IME- 2014/2015 - 2 FASE) Texto 1 O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA (Pedro Gabriel Maro de 2014) ─ Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mos opressoras. E nem as mos da professora mais dcil conseguiam me acalmar. No compreendia uma palavra, uma metfora, uma rima pobre, rica ou rara. No entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer quilo. No conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreenso de um soneto; ela a to sagrada poesia no me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptasslabo. Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um mvel e ficar imvel at tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontnea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrou Pneumotrax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para no precisar declam-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e trs Trinta e trs Ter uma doena pequena, uma desculpa qualquer, um atestado mdico assinado pelo meu av que me deixasse em casa no a semana toda, mas s o tempo da aula. Depois, para a prova de francs, no tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em p de frente para o meu professor, eu queria que algum me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale at que a turma toda esquecesse a minha existncia.Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca est seca at hoje. Minhas mos esto molhadas at agora. S eu sei o que suei por voc, querida Poesia. Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinhamedo. Podia ser o poeta mais simptico da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou no lia nada. Talvez por no querer entend-la. Talvez por achar no merec-la. E assim ficava merc da minha rebeldia.No queria aprender a contar slabas, queria ser verso livre. Tolo! At a liberdade exige teoria! Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. Quese ela oassusta porque ela o deseja. Quese elesentemedo porque ele precisa dela. No h mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora est em voc. ─ Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama Disponvel em: . (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014 Observe os fragmentos em destaque: ─ Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! (texto1; 1 pargrafo) ─ Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama(texto1; 7 pargrafo) O jogo de ideias criado em forma de dilogo pode ser interpretado como:

Questão 3
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(IME- 2014/2015 - 2 FASE) Texto 3 CONSOADA (Manuel Bandeira) Quando a Indesejada das gentes chegar (No sei se dura ou carovel), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: Al, iniludvel! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilgios.) Encontrar lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. Disponvel em: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br Acesso em: 29 Abr 2014. Acerca da postura do autor diante da morte, no texto 3, pode-se afirmar que:

Questão 4
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(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 3 CONSOADA Manuel Bandeira Quando a Indesejada das gentes chegar (No sei se dura ou carovel), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: Al, iniludvel! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilgios.) Encontrar lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. Disponvel em: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br Acesso em: 29 Abr 2014. Ainda no texto 3, ao utilizar a expresso a Indesejada das gentes, o autor faz uso da figura de linguagem conhecida como:

Questão 5
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(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 4 AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ (Raphaela de Campos Mello Outubro de 2012) A cada passo dado voc sente que a felicidadeseafasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as prprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo. Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizaes. Isso se chama autossabotagem. So atitudes forjadas por uma parte de ns que no nos v como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitria. Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na vspera daquela importante reunio. Muitos desses comportamentos destrutivos esto quase fora do domnio da conscincia, afirma o psiclogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da AutoSabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller). A autonomia, a independncia e o sucesso so apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas no podero mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas, diz o autor. O filsofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundrios. H jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo ateno dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta, afirma. O problema que, ao fazermos isso, no nos desenvolvemos plenamente. Todo mundo busca a felicidade, a questo ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades, diz ele. Disponvel em: (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014 Observe os fragmentos extrados do ltimo pargrafo do texto 4. ... a questo ter coragem de viver, ... / ... o que significa correr riscos e assumir responsabilidades ..., Pode-se dizer que o segundo fragmento, em relao ideia expressa no primeiro, representa uma:

Questão 6
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(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 5 O QUASE Sarah Westphal Batista da Silva Ainda pior que a convico do no, e a incerteza do talvez, a desiluso de um quase. o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e no foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda est vivo, quem quase amou no amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idias que nunca sairo do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, s vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, no me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, est estampada na distncia e frieza dos sorrisos na frouxido dos abraos, na indiferena dos Bom Dia quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem at para ser feliz. A paixo queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas no so. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar no teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-ris em tons de cinza. O nada no ilumina, no inspira, no aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. No que f mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que no podem ser mudadas resta-nos somente pacincia, porm, preferir a derrota prvia dvida da vitria desperdiar a oportunidade de merecer. Pros erros h perdo; pros fracassos, chance; pros amores impossveis, tempo. De nada adianta cercar um corao vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim instantneo ou indolor no romance. No deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impea de tentar. Desconfie do destino e acredite em voc. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive j morreu. Disp. em: . Acesso em: 29 Abr 2014. No ttulo do texto 5, a palavra quase aparece precedida do artigo O. Nesse contexto, o artigo tem a funo de:

Questão 7
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(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 5 O QUASE (Sarah Westphal Batista da Silva) Ainda pior que a convico do no, e a incerteza do talvez, a desiluso de um quase. o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e no foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda est vivo, quem quase amou no amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idias que nunca sairo do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, s vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, no me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, est estampada na distncia e frieza dos sorrisos na frouxido dos abraos, na indiferena dos Bom Dia quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem at para ser feliz. A paixo queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas no so. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar no teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-ris em tons de cinza. O nada no ilumina, no inspira, no aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. No que f mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que no podem ser mudadas resta-nos somente pacincia, porm, preferir a derrota prvia dvida da vitria desperdiar a oportunidade de merecer. Pros erros h perdo; pros fracassos, chance; pros amores impossveis, tempo. De nada adianta cercar um corao vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim instantneo ou indolor no romance. No deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impea de tentar. Desconfie do destino e acredite em voc. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive j morreu. Disp. em: . Acesso em: 29 Abr 2014. Indique o par de vocbulos que se enquadra num mesmo campo semntico, de acordo com o texto 5.

Questão 8
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(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 1 O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA Pedro Gabriel Maro de 2014 Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mos opressoras. E nem as mos da professora mais dcil conseguiam me acalmar. No compreendia uma palavra, uma metfora, uma rima pobre, rica ou rara. No entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer quilo. No conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreenso de um soneto; ela a to sagrada poesia no me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptasslabo. Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um mvel e ficar imvel at tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontnea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrou Pneumotrax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para no precisar declam-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e trs Trinta e trs Ter uma doena pequena, uma desculpa qualquer, um atestado mdico assinado pelo meu av que me deixasse em casa no a semana toda, mas s o tempo da aula. Depois, para a prova de francs, no tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em p de frente para o meu professor, eu queria que algum me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale at que a turma toda esquecesse a minha existncia. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca est seca at hoje. Minhas mos esto molhadas at agora. S eu sei o que suei por voc, querida Poesia. Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simptico da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou no lia nada. Talvez por no querer entend-la. Talvez por achar no merecla. E assim ficava merc da minha rebeldia. No queria aprender a contar slabas, queria ser verso livre. Tolo! At a liberdade exige teoria! Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. Que se ela o assusta porque ela o deseja. Que se ele sentemedo porque ele precisa dela. No h mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora est em voc. Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama Disponvel em:https://www.intrinseca.com.br/blog/2014/03/o-menino-que-tinha-medo-de-poesia/. (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 2 A MULHER QUE NO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA Jeanna Bryner Dezembro de 2010 Voc gostaria de no sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo no tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que at ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no crebro humano. Os pesquisadores tentaram inmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reao de rejeio, aranhas e cobras, e uma srie de filme de terror apenas entreteram a paciente. A mulher tem uma doena rara chamada sndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amgdala. A amgdala uma estrutura em forma de amndoa situada no fundo do crebro. Nos ltimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na gerao de respostas de medo em diferentes animais. Agora, o estudo envolvendo essa paciente o primeiro a confirmar que essa regio do crebro responsvel pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse ps-traumtico (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteam a hiperatividade na amgdala podem curar pacientes com TEPT. Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela no conseguia reconhecer expresses faciais de medo, mas no se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vrios questionrios padronizados paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte at o medo de falar em pblico. Alm disso, durante trs meses ela carregou um dirio que informatizava sua emoo, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nvel de medo ao longo do dia. O dirio tambm indicava emoes que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuao mdia de medo foi de 0%, enquanto para outras emoes ela mostrou funcionamento normal. Em todos os cenrios, ela no mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razes para ela reagir com medo. Ela prpria contou que no gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, no sentiu medo. Alm disso, j lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violncia domstica, e em mais de uma ocasio foi explicitamente ameaada de morte. O que mais se sobressai que, em muitas destas situaes a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgncia. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situaes, respondeu que no sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu. Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela no tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amgdala, a mulher est imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse ps-traumtico. Mas h uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situaes ameaadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequncia com que ela enfrentou riscos. Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente muito raro, mas para entender melhor o fenmeno, seria timo estudar mais pessoas com a condio. Disponvel em:http://hypescience.com (texto adaptado de http://www.livescience.com).Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 5 O QUASE Sarah Westphal Batista da Silva Ainda pior que a convico do no, e a incerteza do talvez, a desiluso de um quase. o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e no foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda est vivo, quem quase amou no amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idias que nunca sairo do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, s vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, no me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, est estampada na distncia e frieza dos sorrisos na frouxido dos abraos, na indiferena dos Bom Dia quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem at para ser feliz. A paixo queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas no so. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar no teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-ris em tons de cinza. O nada no ilumina, no inspira, no aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. No que f mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que no podem ser mudadas resta-nos somente pacincia, porm, preferir a derrota prvia dvida da vitria desperdiar a oportunidade de merecer. Pros erros h perdo; pros fracassos, chance; pros amores impossveis, tempo. De nada adianta cercar um corao vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim instantneo ou indolor no romance. No deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impea de tentar. Desconfie do destino e acredite em voc. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive j morreu. Disp. em: www.pensador.uol.com.br. Acesso em: 29 Abr 2014. Assinale a opo na qual a vrgula foi empregada pelo mesmo motivo de sua ocorrncia no trecho: Quando menino, a poesia me assustava. (texto 1; 2 pargrafo)

Questão 9
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(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 3 CONSOADA (Manuel Bandeira) Quando a Indesejada das gentes chegar (No sei se dura ou carovel), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: Al, iniludvel! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilgios.) Encontrar lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. Disponvel em: Acesso em: 29 Abr 2014. Texto 4 AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ (Raphaela de Campos Mello Outubro de 2012) A cada passo dado voc sente que a felicidadeseafasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as prprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo. Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizaes. Isso se chama autossabotagem. So atitudes forjadas por uma parte de ns que no nos v como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitria. Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na vspera daquela importante reunio. Muitos desses comportamentos destrutivos esto quase fora do domnio da conscincia, afirma o psiclogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da AutoSabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller). A autonomia, a independncia e o sucesso so apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas no podero mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas, diz o autor. O filsofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundrios. H jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo ateno dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta, afirma. O problema que, ao fazermos isso, no nos desenvolvemos plenamente. Todo mundo busca a felicidade, a questo ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades, diz ele. Disponvel em: (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014 Os termos Consoada (texto 3, ttulo) e se eximem (texto 4; 6 pargrafo) podem significar, respectivamente:

Questão 10
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(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 1 O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA (Pedro Gabriel Maro de 2014) ─ Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mos opressoras. E nem as mos da professora mais dcil conseguiam me acalmar. No compreendia uma palavra, uma metfora, uma rima pobre, rica ou rara. No entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer quilo. No conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreenso de um soneto; ela a to sagrada poesia no me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptasslabo. Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um mvel e ficar imvel at tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontnea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrou Pneumotrax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para no precisar declam-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e trs Trinta e trs Ter uma doena pequena, uma desculpa qualquer, um atestado mdico assinado pelo meu av que me deixasse em casa no a semana toda, mas s o tempo da aula. Depois, para a prova de francs, no tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em p de frente para o meu professor, eu queria que algum me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale at que a turma toda esquecesse a minha existncia. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca est seca at hoje. Minhas mos esto molhadas at agora. S eu sei o que suei por voc, querida Poesia. Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simptico da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou no lia nada. Talvez por no querer entend-la. Talvez por achar no merecla. E assim ficava merc da minha rebeldia. No queria aprender a contar slabas, queria ser verso livre. Tolo! At a liberdade exige teoria! Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. Que se ela o assusta porque ela o deseja. Que se ele sentemedo porque ele precisa dela. No h mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora est em voc. ─Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama Disponvel em: . (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 5 O QUASE (Sarah Westphal Batista da Silva) Ainda pior que a convico do no, e a incerteza do talvez, a desiluso de um quase. o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e no foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda est vivo, quem quase amou no amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idias que nunca sairo do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, s vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, no me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, est estampada na distncia e frieza dos sorrisos na frouxido dos abraos, na indiferena dos Bom Dia quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem at para ser feliz. A paixo queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas no so. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar no teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-ris em tons de cinza. O nada no ilumina, no inspira, no aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. No que f mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que no podem ser mudadas resta-nos somente pacincia, porm, preferir a derrota prvia dvida da vitria desperdiar a oportunidade de merecer. Pros erros h perdo; pros fracassos, chance; pros amores impossveis, tempo. De nada adianta cercar um corao vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim instantneo ou indolor no romance. No deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impea de tentar. Desconfie do destino e acredite em voc. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive j morreu. Disp. em: . Acesso em: 29 Abr 2014. Depois, para a prova de francs, no tive escolha... (texto1; 4 pargrafo) / o quase que me incomoda... (texto 5; 1 pargrafo). Assinale a opo em que as palavras em destaque nos trechos acima foram formadas, respectivamente, pelos mesmos processos daquelas destacadas nos trechos a seguir: