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Questões de Português - IME | Gabarito e resoluções

Questão 11
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Observe as frases abaixo. I. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. (Texto II, linhas 7 e 8) II. ponha-se na rua (Texto II, linha 17) III. O imigrante realmente foi-se embora do Brasil. Indique o item que expressa as funes da partcula se nas frases I, II e III, respectivamente.

Questão 12
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Observe os trechos abaixo. I. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. (Texto 1, linhas 8 - 9) II. Parte da famlia deixava o pas como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou os negcios da famlia. (Texto 1, linhas 24 - 25) III. Nesta cidade, que j era plural,... (Texto 2, linha 10 ) IV. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia na Igreja,... (Texto 2, linhas 31 - 32 ) Indique o item que esclarece a inteno de cada trecho destacado nas frases I, II, III e IV, respectivamente.

Questão 13
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Observe as oraes abaixo. I. Nos jogos olmpicos, os competidores brasileiros derrotaram a seleo russa e a japonesa. II. Este fato j aconteceu bastantes vezes na histria dos jogos olmpicos. III. Mesmo com tantos desacertos, ainda havero possibilidades para a vitria. IV. Os atletas so tais qual o tcnico. V. Mais de um atleta tm conseguido superar os recordes mundiais. Dentre as oraes observadas, as que podem ser consideradas CORRETAS segundo sua concordncia so apenas:

Questão 14
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Marque a assertiva INCORRETA.

Questão 15
2008Português

(IME - 2008) Leia o fragmento do texto intitulado Que pas este, publicado na Revista Veja Edio Especial 1808, de maro de 2008. Que lugar este aonde acabamos de chegar, devem ter pensado os milhares de portugueses que desembarcaram no Rio de Janeiro na tarde ensolarada de 8 de maro de 1808, desde j uma data histrica. Para comear, um pas, mesmo que em formao e ainda chamado de colnia esclarecimento importante, visto que, com a chegada da famlia real, deram de falar que vivemos aqui numa massa amorfa e desconjuntada, como se no tivssemos nos dado conta at agora de quem somos. Nem Nova Lusitnia nem Amrica Portuguesa, como ainda querem alguns, o nome desta nao em formao Brasil, e ponto final. Habitado por 3 milhes de pessoas ateno, brasileiros, no brasilianos, como preferem alguns , um lugar de propores to vastas que custa mente europia, e s locais tambm, imaginar at onde chegam suas fronteiras e lgica aceitar que continuar na posio subalterna de hoje. A transferncia do governo portugus para c acelera, inevitavelmente, a dinmica em direo a um futuro independente. As primeiras medidas tomadas por dom Joo, o prncipe regente e futuro rei ou simplesmente Joo, para manter os padres de informalidade daqui , foram positivas. A abertura ao comrcio, decretada durante a escala da famlia real na Bahia, apenas o primeiro e incipiente passo para que o Brasil encontre seu lugar na ordem econmica internacional. Outras deficincias escandalosas devero ser supridas em breve inacreditvel, por exemplo, que aqui no exista ensino superior nem se possam publicar livros. Espera-se que a criao de um aparato de estado altura da nova posio do Brasil como reino alternativo redunde em eficincia e progresso, no em excesso de cargos pblicos e outras mordomias, to caras dos dois lados do Atlntico. Sem que haja prejuzo quanto ao significado do texto, podemos trocar as palavras destacadas, respectivamente, por:

Questão 1
2007Português

(IME - 2007) Texto I Empresa produz biodiesel com sobra de leo de dend Depois de mais de duas dcadas produzindo leo de dend, conhecido como azeite-de- dend, h dois anos, foi descoberto que se poderia obter economia, gerar negcio e diminuir a poluio atmosfrica, simplesmente utilizando-se as sementes do dend no apropriadas para o consumo humano, que antes eram descartadas. Esta sobra da produo do leo, em vez de ir para olixo, agora transformada em biodiesel. O combustvel renovvel foi batizado de palmdiesel e, para obt-lo, cerca de 95% dos cidos graxos do leo de dend so aproveitados. O biodiesel isento de glicerina e custa muito menos que o combustvel fssil, alm de ter o mesmo rendimento. Hoje, entre todas as matrias-primas cotadas para a produo de biodiesel no Brasil, o dend a que mais produz leo por rea plantada. Para se ter uma idia, um hectare de dend pode produzir de 20 at 30 toneladas de cachos. O dendezeiro a oleaginosa de maior produtividade conhecida, alm de fornecer o leo mais consumido no mundo. Por este e outros motivos, o cultivo do dend constitui uma alternativa vivel e rentvel para a recuperao de reas alteradas, alm de ser uma cultura extremamente verstil, sendo dela aproveitados os leos da semente (leo de dend) edo mesocarpo (leo de palmiste), os cachos e os resduos do processo de extrao de leo(glicerina). Atualmente, est entre as principais oleaginosas para produo de biodiesel. No Par, a matria-prima no falta. O estado o maior produtor de dend do Brasil, alm de possuir cinco milhes de hectares aptos cultura. Considerando que, a totalidade de reas ou zonas classificadas como de alta e mdia potencialidades correspondem aproximadamente a 23,7% do territrio paraense. Essas reas tm condies de produzir dend para absorver grandes demandas internas e externas, o que tornaria o Estado do Par (e o Brasil), no ranking mundial, o maior produtor e exportador de leo de dend do mundo. PEDROZO, Soraia Abreu. Empresa produz biodiesel com sobra de leo de dend. Disponvel em: www.biodisel.com. Acesso em: 11 ago 2007. (com adaptaes) Sobre o Texto I correto afirmar que:

Questão 2
2007Português

(IME - 2007) Texto I Empresa produz biodiesel com sobra de leo de dend Depois de mais de duas dcadas produzindo leo de dend, conhecido como azeite-de- dend, h dois anos, foi descoberto que se poderia obter economia, gerar negcio e diminuir a poluio atmosfrica, simplesmente utilizando-se as sementes do dend no apropriadas para o consumo humano, que antes eram descartadas. Esta sobra da produo do leo, em vez de ir para olixo, agora transformada em biodiesel. O combustvel renovvel foi batizado de palmdiesel e, para obt-lo, cerca de 95% dos cidos graxos do leo de dend so aproveitados. O biodiesel isento de glicerina e custa muito menos que o combustvel fssil, alm de ter o mesmo rendimento. Hoje, entre todas as matrias-primas cotadas para a produo de biodiesel no Brasil, o dend a que mais produz leo por rea plantada. Para se ter uma ideia, um hectare de dend pode produzir de 20 at 30 toneladas de cachos. O dendezeiro a oleaginosa de maior produtividade conhecida, alm de fornecer o leo mais consumido no mundo. Por este e outros motivos, o cultivo do dend constitui uma alternativa vivel e rentvel para a recuperao de reas alteradas, alm de ser uma cultura extremamente verstil, sendo dela aproveitados os leos da semente (leo de dend) edo mesocarpo (leo de palmiste), os cachos e os resduos do processo de extrao de leo(glicerina). Atualmente, est entre as principais oleaginosas para produo de biodiesel. No Par, a matria-prima no falta. O estado o maior produtor de dend do Brasil, alm de possuir cinco milhes de hectares aptos cultura. Considerando que, a totalidade de reas ou zonas classificadas como de alta e mdia potencialidades correspondem aproximadamente a 23,7% do territrio paraense. Essas reas tm condies de produzir dend para absorver grandes demandas internas e externas, o que tornaria o Estado do Par (e o Brasil), no ranking mundial, o maior produtor e exportador de leo de dend do mundo. PEDROZO, Soraia Abreu. Empresa produz biodiesel com sobra de leo de dend. Disponvel em: www.biodisel.com. Acesso em: 11 ago 2007. (com adaptaes) Em relao s estruturas lingusticas do Texto I, marque a opo coerente segundo as normas gramaticais. I - Na linha 1, se houver substituio da frase Depois de mais de duas dcadas por A mais de duas dcadas, mantm-se a correo gramatical do perodo. II - A expresso em vez de (linha 2) pode ser substituda por no lugar de, sem que haja prejuzo gramatical. III - Subentende-se que aps a palavra Atualmente (linha 10), o termo que deveria ser explicitado o dendezeiro. IV - O recurso dos parnteses (linhas 8e 9) usado para indicar quais os produtos finais oriundos de elementos aproveitados do dendezeiro.

Questão 3
2007Português

(IME - 2007) Texto I Empresa produz biodiesel com sobra de leo de dend Depois de mais de duas dcadas produzindo leo de dend, conhecido como azeite-de- dend, h dois anos, foi descoberto que se poderia obter economia, gerar negcio e diminuir a poluio atmosfrica, simplesmente utilizando-se as sementes do dend no apropriadas para o consumo humano, que antes eram descartadas. Esta sobra da produo do leo, em vez de ir para olixo, agora transformada em biodiesel. O combustvel renovvel foi batizado de palmdiesel e, para obt-lo, cerca de 95% dos cidos graxos do leo de dend so aproveitados. O biodiesel isento de glicerina e custa muito menos que o combustvel fssil, alm de ter o mesmo rendimento. Hoje, entre todas as matrias-primas cotadas para a produo de biodiesel no Brasil, o dend a que mais produz leo por rea plantada. Para se ter uma idia, um hectare de dend pode produzir de 20 at 30 toneladas de cachos. O dendezeiro a oleaginosa de maior produtividade conhecida, alm de fornecer o leo mais consumido no mundo. Por este e outros motivos, o cultivo do dend constitui uma alternativa vivel e rentvel para a recuperao de reas alteradas, alm de ser uma cultura extremamente verstil, sendo dela aproveitados os leos da semente (leo de dend) edo mesocarpo (leo de palmiste), os cachos e os resduos do processo de extrao de leo(glicerina). Atualmente, est entre as principais oleaginosas para produo de biodiesel. No Par, a matria-prima no falta. O estado o maior produtor de dend do Brasil, alm de possuir cinco milhes de hectares aptos cultura. Considerando que, a totalidade de reas ou zonas classificadas como de alta e mdia potencialidades correspondem aproximadamente a 23,7% do territrio paraense. Essas reas tm condies de produzir dend para absorver grandes demandas internas e externas, o que tornaria o Estado do Par (e o Brasil), no ranking mundial, o maior produtor e exportador de leo de dend do mundo. PEDROZO, Soraia Abreu. Empresa produz biodiesel com sobra de leo de dend. Disponvel em: www.biodisel.com. Acesso em: 11 ago 2007. (com adaptaes) Os fragmentos a seguir, retirados da internet (www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br), foram adaptados. Leia-os atentamente e marque a alternativa que se encontra totalmente de acordo com as regras gramaticais da lngua portuguesa.

Questão 4
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(IME - 2007) Texto II Mancha de Dend no sai Bota pra quarar, Dona Marlia. Bota pra quarar.... Saem o sol e a lua Sai mame e sai papai Bloco vai pra rua Mancha de Dend no sai Como , maninha, Como , cai ou no cai? Voc sai da linha Mancha de Dend no sai. H uma pobre mancha Voc olha e ningum v Coitadinha, uma mancha De azeite-de-dend. Corao na sua Deixe a enquanto viver Mancha continua, S no desmancha prazer. Moraes Moreira - 1984. Sobre o texto de Moraes Moreira, observe as alternativas abaixo, marque (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO e indique a seqncia que deve ser considerada correta. I - ( ) O autor manda Dona Marlia colocar alguma coisa (roupa) em exposio ao sol (quarar), para que se retire uma mancha causada pelo azeite-de-dend. II - ( ) Dona Marlia deixa a roupa em exposio ao sol durante muito tempo, desde o amanhecer at a noite, mas, com tudo isso, a mancha de dend no sai. III - ( ) O autor diz que a mancha quase imperceptvel, mas como de azeite-de-dend, necessrio retir-la, seno pode at desmanchar o prazer de viver. IV - ( ) Depois de tanto tentar e no obter xito, conclui-se que o melhor a fazer deixar a roupa manchada, pois o importante no se aborrecer.

Questão 5
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(IME - 2007) Texto II Mancha de Dend no sai Bota pra quarar, Dona Marlia. Bota pra quarar.... Saem o sol e a lua Sai mame e sai papai Bloco vai pra rua Mancha de Dend no sai Como , maninha, Como , cai ou no cai? Voc sai da linha Mancha de Dend no sai. H uma pobre mancha Voc olha e ningum v Coitadinha, uma mancha De azeite-de-dend. Corao na sua Deixe a enquanto viver Mancha continua, S no desmancha prazer. Moraes Moreira - 1984 H uma pobre mancha Voc olha e ningum v Coitadinha, uma mancha De azeite-de-dend. Fora da ideia de tamanho, as formas aumentativas e diminutivas podem traduzir desprezo, crtica, pouco caso, dentre outras caractersticas. Indique a opo em que o substantivo flexionado quanto ao seu grau, transmite-nos a mesma ideia da palavra Coitadinha, encontrada no texto de Moraes Moreira.

Questão 6
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(IME - 2007) Texto II Mancha de Dend no sai Bota pra quarar, Dona Marlia. Bota pra quarar.... Saem o sol e a lua Sai mame e sai papai Bloco vai pra rua Mancha de Dend no sai Como , maninha, Como , cai ou no cai? Voc sai da linha Mancha de Dend no sai. H uma pobre mancha Voc olha e ningum v Coitadinha, uma mancha De azeite-de-dend. Corao na sua Deixe a enquanto viver Mancha continua, S no desmancha prazer. Moraes Moreira - 1984 Corao na sua Deixe a enquanto viver Mancha continua, S no desmancha prazer. Mancha continua, S no desmancha prazer. Observe as palavras mancha e desmancha e indique a opo em que a explicao destes vocbulos encontra-se de acordo com o texto de Moraes Moreira.

Questão 7
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(IME - 2007) Texto III APELO DE DONA FLOR EM AULA E EM DEVANEIO Me deixem em paz com meu luto e minha solido. No me falem dessas coisas, respeitem meu estado de viva. Vamos ao fogo: prato de capricho e esmero o vatap de peixe (ou de galinha), o mais famoso de toda a culinria da Bahia. No me digam que sou jovem, sou viva: morta estou para essas coisas. Vatap para servir a dez pessoas (e para sobrar como devido). Tragam duas cabeas de garoupa fresca. Pode ser de outro peixe, mas no to bom. Tomem do sal, do coentro, do alho e da cebola, alguns tomates e o suco de um limo. Quatro colheres das de sopa, cheias com o melhor azeite doce, tanto serve portugus como espanhol; ouvi dizer que o grego inda melhor, no sei. Jamais usei por no encontr-lo venda. Se encontrar um noivo, que farei? Algum que retome meu desejo morto, enterrado no carrego do defunto? Que sabem vocs, meninas, da intimidade das vivas? Desejo de viva desejo de deboche e de pecado, viva sria no fala nessas coisas, no pensa nessas coisas, no conversa sobre isso. Me deixem em paz, no meu fogo. Refoguem o peixe nesses temperos todos e o ponha a cozinhar num bocadinho dgua, um bocadinho s, um quase nada. Depois s coar o molho, deix-lo parte, e vamos adiante. A seguir agreguem leite de coco, o grosso e puro, e finalmente o azeite-de-dend, duas xcaras bem medidas: flor de dend, da cor de ouro velho, a cor do vatap. Deixem cozinhar por longo tempo em fogo baixo; com a colher de pau no parem de mexer, sempre para o mesmo lado: no parem de mexer seno embola o vatap. Mexam, remexam, vamos, sem parar; at chegar ao ponto justo e exatamente. Em fogo lento meus sonhos me consomem, no me cabe culpa, sou apenas uma viva dividida ao meio, de um lado viva honesta e recatada, de outro viva debochada, quase histrica, desfeita em chilique e calundu. Esse mando de recato me asfixia, de noite corro as ruas em busca de marido. De marido a quem servir o vatap doirado e meu cobreado corpo de gengibre e mel. Chegou o vatap ao ponto, vejam que beleza! Para servi-lo falta apenas derramar um pouco de azeite-de-dend por cima, azeite cru. Acompanhado de aca o sirvam, e noivos e maridos lambero os beios. AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 231-233. O livro Dona Flor e seus dois maridos, do escritor baiano Jorge Amado conta a histria de Flor, uma cozinheira de mo cheia casada com Vadinho, um bomio incorrigvel que morre pouco tempo aps o casamento. Viva, sozinha, mas de carnes ainda rijas, Dona Flor acaba por casar com Teodoro, um correto e formal comerciante portugus. No entanto, Vadinho surge em sonhos a Dona Flor, acendendo a brasa do desejo que o cinzento Teodoro no sabe provocar. Nesta parte do livro, aberta por uma lio de culinria de Flor, professora desta arte, podemos afirmar que:

Questão 8
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(IME - 2007) Texto III APELO DE DONA FLOR EM AULA E EM DEVANEIO Me deixem em paz com meu luto e minha solido. No me falem dessas coisas, respeitem meu estado de viva. Vamos ao fogo: prato de capricho e esmero o vatap de peixe (ou de galinha), o mais famoso de toda a culinria da Bahia. No me digam que sou jovem, sou viva: morta estou para essas coisas. Vatap para servir a dez pessoas (e para sobrar como devido). Tragam duas cabeas de garoupa fresca. Pode ser de outro peixe, mas no to bom. Tomem do sal, do coentro, do alho e da cebola, alguns tomates e o suco de um limo. Quatro colheres das de sopa, cheias com o melhor azeite doce, tanto serve portugus como espanhol; ouvi dizer que o grego inda melhor, no sei. Jamais usei por no encontr-lo venda. Se encontrar um noivo, que farei? Algum que retome meu desejo morto, enterrado no carrego do defunto? Que sabem vocs, meninas, da intimidade das vivas? Desejo de viva desejo de deboche e de pecado, viva sria no fala nessas coisas, no pensa nessas coisas, no conversa sobre isso. Me deixem em paz, no meu fogo. Refoguem o peixe nesses temperos todos e o ponha a cozinhar num bocadinho dgua, um bocadinho s, um quase nada. Depois s coar o molho, deix-lo parte, e vamos adiante. A seguir agreguem leite de coco, o grosso e puro, e finalmente o azeite-de-dend, duas xcaras bem medidas: flor de dend, da cor de ouro velho, a cor do vatap. Deixem cozinhar por longo tempo em fogo baixo; com a colher de pau no parem de mexer, sempre para o mesmo lado: no parem de mexer seno embola o vatap. Mexam, remexam, vamos, sem parar; at chegar ao ponto justo e exatamente. Em fogo lento meus sonhos me consomem, no me cabe culpa, sou apenas uma viva dividida ao meio, de um lado viva honesta e recatada, de outro viva debochada, quase histrica, desfeita em chilique e calundu. Esse mando de recato me asfixia, de noite corro as ruas em busca de marido. De marido a quem servir o vatap doirado e meu cobreado corpo de gengibre e mel. Chegou o vatap ao ponto, vejam que beleza! Para servi-lo falta apenas derramar um pouco de azeite-de-dend por cima, azeite cru. Acompanhado de aca o sirvam, e noivos e maridos lambero os beios. AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 231-233. No Texto III, a receita de vatap frequentemente se alterna com reflexes da cozinheira sobre sua vida pessoal. Assinale o trecho que exemplifica essa afirmativa.

Questão 9
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(IME - 2007) Texto III APELO DE DONA FLOR EM AULA E EM DEVANEIO Me deixem em paz com meu luto e minha solido. No me falem dessas coisas, respeitem meu estado de viva. Vamos ao fogo: prato de capricho e esmero o vatap de peixe (ou de galinha), o mais famoso de toda a culinria da Bahia. No me digam que sou jovem, sou viva: morta estou para essas coisas. Vatap para servir a dez pessoas (e para sobrar como devido). Tragam duas cabeas de garoupa fresca. Pode ser de outro peixe, mas no to bom. Tomem do sal, do coentro, do alho e da cebola, alguns tomates e o suco de um limo. Quatro colheres das de sopa, cheias com o melhor azeite doce, tanto serve portugus como espanhol; ouvi dizer que o grego inda melhor, no sei. Jamais usei por no encontr-lo venda. Se encontrar um noivo, que farei? Algum que retome meu desejo morto, enterrado no carrego do defunto? Que sabem vocs, meninas, da intimidade das vivas? Desejo de viva desejo de deboche e de pecado, viva sria no fala nessas coisas, no pensa nessas coisas, no conversa sobre isso. Me deixem em paz, no meu fogo. Refoguem o peixe nesses temperos todos e o ponha a cozinhar num bocadinho dgua, um bocadinho s, um quase nada. Depois s coar o molho, deix-lo parte, e vamos adiante. A seguir agreguem leite de coco, o grosso e puro, e finalmente o azeite-de-dend, duas xcaras bem medidas: flor de dend, da cor de ouro velho, a cor do vatap. Deixem cozinhar por longo tempo em fogo baixo; com a colher de pau no parem de mexer, sempre para o mesmo lado: no parem de mexer seno embola o vatap. Mexam, remexam, vamos, sem parar; at chegar ao ponto justo e exatamente. Em fogo lento meus sonhos me consomem, no me cabe culpa, sou apenas uma viva dividida ao meio, de um lado viva honesta e recatada, de outro viva debochada, quase histrica, desfeita em chilique e calundu. Esse mando de recato me asfixia, de noite corro as ruas em busca de marido. De marido a quem servir o vatap doirado e meu cobreado corpo de gengibre e mel. Chegou o vatap ao ponto, vejam que beleza! Para servi-lo falta apenas derramar um pouco de azeite-de-dend por cima, azeite cru. Acompanhado de aca o sirvam, e noivos e maridos lambero os beios. AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 231-233. Observe as oraes a seguir e, independente de seu contexto original, marque a opo em que a expresso destacada foi substituda corretamente pelo pronome oblquo tono.

Questão 10
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(IME - 2007) Texto III APELO DE DONA FLOR EM AULA E EM DEVANEIO Me deixem em paz com meu luto e minha solido. No me falem dessas coisas, respeitem meu estado de viva. Vamos ao fogo: prato de capricho e esmero o vatap de peixe (ou de galinha), o mais famoso de toda a culinria da Bahia. No me digam que sou jovem, sou viva: morta estou para essas coisas. Vatap para servir a dez pessoas (e para sobrar como devido). Tragam duas cabeas de garoupa fresca. Pode ser de outro peixe, mas no to bom. Tomem do sal, do coentro, do alho e da cebola, alguns tomates e o suco de um limo. Quatro colheres das de sopa, cheias com o melhor azeite doce, tanto serve portugus como espanhol; ouvi dizer que o grego inda melhor, no sei. Jamais usei por no encontr-lo venda. Se encontrar um noivo, que farei? Algum que retome meu desejo morto, enterrado no carrego do defunto? Que sabem vocs, meninas, da intimidade das vivas? Desejo de viva desejo de deboche e de pecado, viva sria no fala nessas coisas, no pensa nessas coisas, no conversa sobre isso. Me deixem em paz, no meu fogo. Refoguem o peixe nesses temperos todos e o ponha a cozinhar num bocadinho dgua, um bocadinho s, um quase nada. Depois s coar o molho, deix-lo parte, e vamos adiante. A seguir agreguem leite de coco, o grosso e puro, e finalmente o azeite-de-dend, duas xcaras bem medidas: flor de dend, da cor de ouro velho, a cor do vatap. Deixem cozinhar por longo tempo em fogo baixo; com a colher de pau no parem de mexer, sempre para o mesmo lado: no parem de mexer seno embola o vatap. Mexam, remexam, vamos, sem parar; at chegar ao ponto justo e exatamente. Em fogo lento meus sonhos me consomem, no me cabe culpa, sou apenas uma viva dividida ao meio, de um lado viva honesta e recatada, de outro viva debochada, quase histrica, desfeita em chilique e calundu. Esse mando de recato me asfixia, de noite corro as ruas em busca de marido. De marido a quem servir o vatap doirado e meu cobreado corpo de gengibre e mel. Chegou o vatap ao ponto, vejam que beleza! Para servi-lo falta apenas derramar um pouco de azeite-de-dend por cima, azeite cru. Acompanhado de aca o sirvam, e noivos e maridos lambero os beios. AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 231-233. As obras de Jorge Amado representam o regionalismo baiano das zonas rurais do cacau e da zona urbana de Salvador. Sua grande preocupao foi analisar a sociedade como um todo. No livro Dona flor e seus dois maridos, o autor baiano traz caractersticas que abrangem: