(PUC/Campinas - 2016)
Para responder à(s) questões a seguir, considere o texto abaixo.
De um modo geral, todos esses movimentos da vanguarda europeia de fins do século XIX e início do século XX estavam sob o signo da desorganização do universo artístico de sua época. A diferença é que uns, como o futurismo e o dadaísmo, queriam a destruição do passado e a negação total dos valores estéticos presentes; e outros, como o expressionismo e o cubismo, viam na destruição a possibilidade de construção de uma nova ordem superior. No fundo eram, portanto, tendências também organizadoras de uma nova estrutura política e social.
(TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda europeia e modernismo
brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 1972, p. 10)
A poesia de Oswald de Andrade, voltada para a apresentação e consolidação de novas formas literárias, não é nem cubista, nem expressionista, nem futurista: é mais exato considerá-la como uma
tentativa de recuperação do que havia de mais ousado na estética parnasiana, sobretudo no que dizia respeito às leis de versificação.
manifestação de uma lírica saudosista, disposta a recuperar poeticamente a vida dos povos primitivos marcada pela espontaneidade.
retomada dos indianistas românticos, com vistas à interpretação de documentos que atestassem os valores da cultura indígena.
plataforma de revolucionários procedimentos estéticos, com vistas a inserir as letras brasileiras no contexto de um universalismo sem pátria.
tomada de posição primitivista, à busca de uma linguagem simuladamente ingênua e de uma revisão crítica e irônica da história do Brasil.