(PUC/PR - 2016)
Observe o quadro de Edvard Munch a seguir e leia o texto:
O Grito, Edvard Munch, 1893. Óleo sobre tela, têmpera e pastel sobre cartão.
Galeria Nacional, Oslo. Imagem disponível em: <https://digartmedia.wordpress.com/2014/04/23/>.
Trecho do texto As raízes do expressionismo, publicado no jornal Folha de São Paulo (Folha on-line):
“Além de colocar a Noruega no mapa artístico da Europa, a obra de Edvard Munch foi um dos marcos fundadores do Expressionismo, movimento que se caracterizou pela tentativa de passar para a tela o impacto emocional, os sentimentos e as experiências interiores do artista. O pintor não era mais apenas um mero observador das aventuras e desventuras humanas. Era parte integrante e indissociável delas. ‘Assim como Leonardo da Vinci estudou a anatomia humana e dissecou cadáveres, eu procuro dissecar a alma humana’, observou Munch. A obra mais famosa do artista norueguês, O Grito, sintetizou os principais ingredientes do expressionismo. O cenário tenso, a distorção da forma humana que chega a beirar o caricatural, a agressividade das pinceladas, tudo colabora para compor uma atmosfera dramática, que emana desolação, tragédia e pessimismo. ‘A imagem expressionista tenta impressionar não o olho, mas penetrar, atingir profunda-mente quem vê’, definiu o crítico italiano Giulio Carlo Argan, autor do já clássico Arte Moderna. A estética expressionista procurou refletir as angústias e inquietações do homem contemporâneo, um ser atônito, imerso em um mundo povoado pela dúvida, pela alienação e pela incerteza. (...)”
Disponível em: <http://mestres.folha.com.br/pintores/15/contexto_historico.html>.
A partir da análise da tela de Edvard Munch e da interpretação do texto, assinale a alternativa CORRETA.
A tela representa exclusivamente os conflitos individuais do autor, que era sabidamente uma pessoa com transtornos psíquicos.
A tela deve ser associada aos problemas políticos e sociais da Noruega nesse período, os quais o autor desejou representar.
O medo, a angústia e a aflição representados na tela são próprias do período contemporâneo, no qual a inexistência de normas sociais rígidas faz os indivíduos sentirem-se perdidos.
A tela representa especificamente o contexto do final do século XIX, quando houve o crescimento dos sentimentos nacionalistas.
A tela representa o medo, a aflição e as incertezas do ser humano, sentimentos próprios do período histórico contemporâneo, podendo ser associada ao desenvolvimento do individualismo.