(Puccamp 2016)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio.
São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37)
Passagens muito representativas da tendência literária da segunda metade do século XIX, referida no texto, encontram-se em obras de Castro Alves e de Bernardo Guimarães, respectivamente
nos versos ríspidos das Cartas chilenas e no prefácio a Iracema.
nas sátiras contra a aristocracia baiana e nos Contos fluminenses.
nos versos em tom épico de Os escravos e no romance A escrava Isaura.
nas estrofes líricas de Espumas flutuantes e nos contos de Noite na taverna.
nos poemas de feição neoclássica e no romance Casa de pensão.