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Questões - UNESP 2011 | Gabarito e resoluções

Questão 23
2011Inglês

(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Assinale a alternativa que contm, respectivamente, uma informao correta a respeito do cachorro e uma informao correta a respeito do gato.

Questão 23
2011Matemática

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE)Uma bola de tnis sacada de uma altura de 21 dm, com alta velocidade inicial e passa rente rede, a uma altura de 9 dm. Desprezando-se os efeitos do atrito da bola com o ar e do seu movimento parablico, considere a trajetria descrita pela bola como sendo retilnea e contida num plano ortogonal rede. Se a bola foi sacada a uma distncia de 120 dm da rede, a que distncia da mesma, em metros, ela atingir o outro lado da quadra?

Questão 24
2011Inglês

(UNESP - 2011 - 1 FASE) Leia o texto a seguir para responder a questo. Two of the greatest obstacles that comics have in reaching readers are exposure and cost. Fortunately, the internet has provided remedies for both. Many comic book creators and publishers have put their comics online, available as full issues and at absolutely no cost to the reader. And unlike torrents or scanned files, these comics are completely legal. Here I have endeavored to collect as many of these as possible, now totalling over 300 full issues and stories, in one place. Whether you have been meaning to try a new title, or if youve never read a comic in your life, theres still something here for everyone. Follow a link or two or three. Some comics that I especially recommend carry an asterisk, but I havent come close to reading everything here. Maybe youll find something you enjoy. ( _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ) (www.lorencollins.net/freecomic. Adaptado.) De acordo com o texto, dois obstculos ao acesso dos leitores s histrias em quadrinhos so

Questão 24
2011Matemática

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE) Divide-se, inicialmente, um quadrado de lado com medida unitria em 9 quadrados iguais, traando-se dois pares de retas paralelas aos lados. Em seguida, remove-se o quadrado central. Repete-se este processo de diviso, para os quadrados restantes, n vezes. Observe o processo para as duas primeiras divises: Quantos quadrados restaro aps as n divises sucessivas do quadrado inicial e qual a soma das reas dos quadrados removidos, quando n cresce indefinidamente?

Questão 24
2011Matemática

(UNESP - 2011 - 2 FASE)Em todos os 25 finais de semana do primeiro semestre de certo ano, Maira ir convidar duas de suas amigas para ir sua casa de praia, sendo que nunca o mesmo par de amigas se repetir durante esse perodo. Respeitadas essas condies, determine o menor nmero possvel de amigas que ela poder convidar. Dado:

Questão 24
2011Inglês

(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Os termos em portugus equivalentes s palavras alleys, lie, mice, neighborhood e scams na histria so, respectivamente,

Questão 25
2011Inglês

(UNESP - 2011 - 1 FASE) Leia o texto a seguir para responder a questo. Two of the greatest obstacles that comics have in reaching readers are exposure and cost. Fortunately, the internet has provided remedies for both. Many comic book creators and publishers have put their comics online, available as full issues and at absolutely no cost to the reader. And unlike torrents or scanned files, these comics are completely legal. Here I have endeavored to collect as many of these as possible, now totalling over 300 full issues and stories, in one place. Whether you have been meaning to try a new title, or if youve never read a comic in your life, theres still something here for everyone. Follow a link or two or three. Some comics that I especially recommend carry an asterisk, but I havent come close to reading everything here. Maybe youll find something you enjoy. ( _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ) (www.lorencollins.net/freecomic. Adaptado.) Qual das oraes a seguir melhor se encaixa na sequncia do texto, como um terceiro pargrafo?

Questão 25
2011Português

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE) A questo toma por base o poemaLivros, do parnasiano brasileiro Afonso Celso (1860-1938) e uma passagem do livroElementos de bibliogia, do fillogo e lexicgrafo brasileiro Antonio Houaiss (1915-1999). Livros De livros mil vivo cercado, Dias e noites passo a ler, Mas, francamente, o resultado Coisa no de agradecer. Nenhum me d paz e conforto, Nenhum me diz se eu amanh Vivo estarei ou se, j morto, Ter cessado o meu af. Nada afinal sabeis ao certo Sobre das almas o tropel... Do vosso cume v-se perto, Chatas montanhas de papel. Vs pretenses! Orgulho fofo! Do ser mesquinho que voz fez Tendes o mesmo vil estofo, Tendes a mesma pequenez. Cada vez mais, debalde, avulta Vossa mar... Tudo invadis; Mas no tornais quem vos consulta Nem menos mau, nem mais feliz. Que um cataclismo vos destrua, Mal no far... Sem o sentir, Serena a vida continua: Lutar, sofrer, sonhar, mentir. (Afonso Celso. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro: H. Garnier Livreiro-Editor, 1904, p. 03-04. Adaptado.) O livro e a documentao Nas condies do atual desenvolvimento histrico da humanidade, o conhecimento de primeira mo no pode progredir sem o de segunda mo. Conhecimento de primeira mo o decorrente, digamos assim, da integrao do homem na natureza, para dela haurir continuidade especfica e felicidade individual; essa integrao, para consolidar-se, foi condicionada pela e condicionou a comunicao verbal, implicadora do conhecimento de segunda mo, a linguagem, no que ela encerra de transmisso cognitiva.Esse conhecimento de segunda mo multiplicou de importncia a partir do momento em que o homem pde mant-lo em conserva, graficamente, para uso de seus contemporneos e de seus psteros. A noosfera, gerando a grafosfera, aumentou os poderes e potncias do homem. E hoje a matria mentada e em conserva grfica to imensa e se renova em ritmo to intenso, que um dos mais graves problemas da civilizao e da cultura humanas conseguir torn-la relativamente acessvel a quantos queiram ou possam acrescentar seu esforo ao herdado das geraes anteriores, na luta pelo aumento do saber, vale dizer, do conhecer, vale dizer, do fazer, vale dizer, do conhecer-fazer-conhecer-fazer, vale dizer, da perpetuao especfica e da felicidade individual. Uma documentao ativa condio e imperativo, nesta altura, do progresso. Forma privilegiada da mensagem grfica, o livro se insere, necessariamente, na documentao, como um dos meios especficos mais poderosos e eficazes da mesma documentao; mas no apenas o livro, bvio, seno que quantas coisas realizadas, executadas, interpretadas, achadas, ordenadas, nominadas pelo homem. (Antonio Houaiss. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1967, vol II, p. 36-37.) Considerando que o poema Livros surge num livro publicado em 1904 e uma bem-humorada crtica cultura livresca, sintetize a opinio sobre a utilidade dos livros manifestada pelo eu-lrico no poema de Afonso Celso.

Questão 25
2011Inglês

(UNESP - 2011/2 - 1a fase) I started to run because I felt desperately unfit. But the biggest pay-off for me was and still is the deep relaxation that I achieve by taking exercise. It tires me out but I find that it does calm me down. When I started running seven years ago, I could manage only 400 meters before I had to stop. Breathless and aching, I walked the next quarter of a mile, alternating these two activities for a couple of kilometers. When I started to jog I never dreamt of running in a marathon, but a few years later I realized that if I trained for it, the London Marathon, one of the biggest British sporting events, would be within my reach. My story shows that an unfit 39-year-old, as I was when I started running, who had taken no serious exercise for twenty years, can do the marathon and that this is a sport in which women can beat men. But is it crazy to do it? Does it make sense to run in the expectation of becoming healthier? My advice is: if you are under forty, healthy and feel well, you can begin as I did by jogging gently until you are out of breath, then walking, and alternating the two for about three kilometers. Build up the jogging in stages until you can do the whole distance comfortably. (Headway Intermediate Students Book. Oxford University Press. Adaptado.) Assinale a alternativa correta.

Questão 25
2011Português

(UNESP - 2011 - 2 FASE)INSTRUO: Aquestotomapor base um soneto do livro Poemas e Canes, do parnasiano brasileiro Vicente de Carvalho (1866-1924) e um poema de Cancioneiro, do modernista portugus Fernando Pessoa (1888-1935). Velho Tema 1 S a leve esperana, em toda a vida, Disfara a pena de viver, mais nada; Nem mais a existncia, resumida, Que uma grande esperana malograda. O eterno sonho da alma desterrada, Sonho que a traz ansiosa e embevecida, uma hora feliz, sempre adiada E que no chega nunca em toda a vida. Essa felicidade que supomos, rvore milagrosa, que sonhamos Toda arreada de dourados pomos, Existe, sim: mas ns no a alcanamos Porque est sempre apenas onde a pomos E nunca a pomos onde ns estamos. (Vicente de Carvalho. Poemas e Canes. 5 ed. So Paulo: Monteiro Lobato C. Editores, 1923.) Cancioneiro, 150 No sei se sonho, se realidade, Se uma mistura de sonho e vida, Aquela terra de suavidade Que na ilha extrema do sul se olvida. a que ansiamos. Ali, ali A vida jovem e o amor sorri. Talvez palmares inexistentes, leas longnquas sem poder ser, Sombra ou sossego deem aos crentes De que essa terra se pode ter. Felizes, ns? Ah, talvez, talvez, Naquela terra, daquela vez. Mas j sonhada se desvirtua, S de pens-la cansou pensar, Sob os palmares, luz da lua, Sente-se o frio de haver luar. Ah, nessa terra tambm, tambm O mal no cessa, no dura o bem. No com ilhas do fim do mundo, Nem com palmares de sonho ou no, Que cura a alma seu mal profundo, Que o bem nos entra no corao. em ns que tudo. ali, ali, Que a vida jovem e o amor sorri. (30.08.1933) (Fernando Pessoa. Obra potica. Rio de Janeiro: Aguilar Editora, 1965.) Os poemas de Vicente de Carvalho e Fernando Pessoa focalizam o tema da busca da felicidade pelo ser humano e se servem de antigas alegorias para simbolizar o que seria essa felicidade que todo homem procura em sua vida, embora nem sempre a encontre. Identifique essas alegorias em cada poema.

Questão 26
2011Português

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE) A questo toma por base o poemaLivros, do parnasiano brasileiro Afonso Celso (1860-1938) e uma passagem do livroElementos de bibliogia, do fillogo e lexicgrafo brasileiro Antonio Houaiss (1915-1999). Livros De livros mil vivo cercado, Dias e noites passo a ler, Mas, francamente, o resultado Coisa no de agradecer. Nenhum me d paz e conforto, Nenhum me diz se eu amanh Vivo estarei ou se, j morto, Ter cessado o meu af. Nada afinal sabeis ao certo Sobre das almas o tropel... Do vosso cume v-se perto, Chatas montanhas de papel. Vs pretenses! Orgulho fofo! Do ser mesquinho que voz fez Tendes o mesmo vil estofo, Tendes a mesma pequenez. Cada vez mais, debalde, avulta Vossa mar... Tudo invadis; Mas no tornais quem vos consulta Nem menos mau, nem mais feliz. Que um cataclismo vos destrua, Mal no far... Sem o sentir, Serena a vida continua: Lutar, sofrer, sonhar, mentir. (Afonso Celso. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro: H. Garnier Livreiro-Editor, 1904, p. 03-04. Adaptado.) O livro e a documentao Nas condies do atual desenvolvimento histrico da humanidade, o conhecimento de primeira mo no pode progredir sem o de segunda mo. Conhecimento de primeira mo o decorrente, digamos assim, da integrao do homem na natureza, para dela haurir continuidade especfica e felicidade individual; essa integrao, para consolidar-se, foi condicionada pela e condicionou a comunicao verbal, implicadora do conhecimento de segunda mo, a linguagem, no que ela encerra de transmisso cognitiva.Esse conhecimento de segunda mo multiplicou de importncia a partir do momento em que o homem pde mant-lo em conserva, graficamente, para uso de seus contemporneos e de seus psteros. A noosfera, gerando a grafosfera, aumentou os poderes e potncias do homem. E hoje a matria mentada e em conserva grfica to imensa e se renova em ritmo to intenso, que um dos mais graves problemas da civilizao e da cultura humanas conseguir torn-la relativamente acessvel a quantos queiram ou possam acrescentar seu esforo ao herdado das geraes anteriores, na luta pelo aumento do saber, vale dizer, do conhecer, vale dizer, do fazer, vale dizer, do conhecer-fazer-conhecer-fazer, vale dizer, da perpetuao especfica e da felicidade individual. Uma documentao ativa condio e imperativo, nesta altura, do progresso. Forma privilegiada da mensagem grfica, o livro se insere, necessariamente, na documentao, como um dos meios especficos mais poderosos e eficazes da mesma documentao; mas no apenas o livro, bvio, seno que quantas coisas realizadas, executadas, interpretadas, achadas, ordenadas, nominadas pelo homem. (Antonio Houaiss. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1967, vol II, p. 36-37.) Ao demonstrar a utilidade dos livros, Houaiss estabelece dois conceitos: conhecimento de primeira mo e conhecimento de segunda mo. Releia o texto e explique a diferena entre esses dois conceitos.

Questão 26
2011Inglês

(UNESP - 2011 - 1 FASE) Leia o textoStatus of same-sex marriagepara responder a questo. Status of same-sex marriage South America Argentina The Autonomous City of Buenos Aires (a federal district andcapital city of the republic) allows same-sex civil unions. The province of Rio Negro allows same-sex civil unions, too. Legislation to enact same-sex marriage across all of Argentina was approved on July 15, 2010. Brazil A law that would allow same-sex civil unions throughout the nation has been debated. Until the end of the first semester of 2010 the Supremo Tribunal Federal had not decided about it. Colombia The Colombian Constitutional Court ruled in February 2007 that same-sex couples are entitled to the same inheritance rights as heterosexuals in common-law marriages. This ruling made Colombia the first South American nation to legally recognize gay couples. Furthermore, in January 2009, the Court ruled that same-sex couples must be extended all of the rights offered to cohabitating heterosexual couples. Ecuador The Ecuadorian new constitution has made Ecuador stand out in the region. Ecuador has become the first country in South America where same sex civil union couples are legally recognized as a family and share the same rights of married heterosexual couples. Uruguay Uruguay became the first country in South America to allow civil unions (for both opposite-sex and same-sex couples) in a national platform on January 1, 2008. Children can be adopted by same-sex couples since 2009. (http://en.wikipedia.org/. Adaptado.) ​​​​​​​Assinale a alternativa correta.

Questão 26
2011Inglês

(UNESP - 2011/2 - 1a fase) I started to run because I felt desperately unfit. But the biggest pay-off for me was and still is the deep relaxation that I achieve by taking exercise. It tires me out but I find that it does calm me down. When I started running seven years ago, I could manage only 400 meters before I had to stop. Breathless and aching, I walked the next quarter of a mile, alternating these two activities for a couple of kilometers. When I started to jog I never dreamt of running in a marathon, but a few years later I realized that if I trained for it, the London Marathon, one of the biggest British sporting events, would be within my reach. My story shows that an unfit 39-year-old, as I was when I started running, who had taken no serious exercise for twenty years, can do the marathon and that this is a sport in which women can beat men. But is it crazy to do it? Does it make sense to run in the expectation of becoming healthier? My advice is: if you are under forty, healthy and feel well, you can begin as I did by jogging gently until you are out of breath, then walking, and alternating the two for about three kilometers. Build up the jogging in stages until you can do the whole distance comfortably. (Headway Intermediate Students Book. Oxford University Press. Adaptado.) De acordo com o texto,

Questão 26
2011Português

(UNESP - 2011 - 2 FASE)INSTRUO: Aquestotomapor base um soneto do livro Poemas e Canes, do parnasiano brasileiro Vicente de Carvalho (1866-1924) e um poema de Cancioneiro, do modernista portugus Fernando Pessoa (1888-1935). Velho Tema 1 S a leve esperana, em toda a vida, Disfara a pena de viver, mais nada; Nem mais a existncia, resumida, Que uma grande esperana malograda. O eterno sonho da alma desterrada, Sonho que a traz ansiosa e embevecida, uma hora feliz, sempre adiada E que no chega nunca em toda a vida. Essa felicidade que supomos, rvore milagrosa, que sonhamos Toda arreada de dourados pomos, Existe, sim: mas ns no a alcanamos Porque est sempre apenas onde a pomos E nunca a pomos onde ns estamos. (Vicente de Carvalho. Poemas e Canes. 5 ed. So Paulo: Monteiro Lobato C. Editores, 1923.) Cancioneiro, 150 No sei se sonho, se realidade, Se uma mistura de sonho e vida, Aquela terra de suavidade Que na ilha extrema do sul se olvida. a que ansiamos. Ali, ali A vida jovem e o amor sorri. Talvez palmares inexistentes, leas longnquas sem poder ser, Sombra ou sossego deem aos crentes De que essa terra se pode ter. Felizes, ns? Ah, talvez, talvez, Naquela terra, daquela vez. Mas j sonhada se desvirtua, S de pens-la cansou pensar, Sob os palmares, luz da lua, Sente-se o frio de haver luar. Ah, nessa terra tambm, tambm O mal no cessa, no dura o bem. No com ilhas do fim do mundo, Nem com palmares de sonho ou no, Que cura a alma seu mal profundo, Que o bem nos entra no corao. em ns que tudo. ali, ali, Que a vida jovem e o amor sorri. (30.08.1933) (Fernando Pessoa. Obra potica. Rio de Janeiro: Aguilar Editora, 1965.) A felicidade existe? Como encontrar a felicidade? Estabelea um paralelo entre as respostas que cada um dos poemas apresenta a estas duas questes.

Questão 27
2011Português

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE) A questo toma por base o poemaLivros, do parnasiano brasileiro Afonso Celso (1860-1938) e uma passagem do livroElementos de bibliogia, do fillogo e lexicgrafo brasileiro Antonio Houaiss (1915-1999). Livros De livros mil vivo cercado, Dias e noites passo a ler, Mas, francamente, o resultado Coisa no de agradecer. Nenhum me d paz e conforto, Nenhum me diz se eu amanh Vivo estarei ou se, j morto, Ter cessado o meu af. Nada afinal sabeis ao certo Sobre das almas o tropel... Do vosso cume v-se perto, Chatas montanhas de papel. Vs pretenses! Orgulho fofo! Do ser mesquinho que voz fez Tendes o mesmo vil estofo, Tendes a mesma pequenez. Cada vez mais, debalde, avulta Vossa mar... Tudo invadis; Mas no tornais quem vos consulta Nem menos mau, nem mais feliz. Que um cataclismo vos destrua, Mal no far... Sem o sentir, Serena a vida continua: Lutar, sofrer, sonhar, mentir. (Afonso Celso. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro: H. Garnier Livreiro-Editor, 1904, p. 03-04. Adaptado.) O livro e a documentao Nas condies do atual desenvolvimento histrico da humanidade, o conhecimento de primeira mo no pode progredir sem o de segunda mo. Conhecimento de primeira mo o decorrente, digamos assim, da integrao do homem na natureza, para dela haurir continuidade especfica e felicidade individual; essa integrao, para consolidar-se, foi condicionada pela e condicionou a comunicao verbal, implicadora do conhecimento de segunda mo, a linguagem, no que ela encerra de transmisso cognitiva.Esse conhecimento de segunda mo multiplicou de importncia a partir do momento em que o homem pde mant-lo em conserva, graficamente, para uso de seus contemporneos e de seus psteros. A noosfera, gerando a grafosfera, aumentou os poderes e potncias do homem. E hoje a matria mentada e em conserva grfica to imensa e se renova em ritmo to intenso, que um dos mais graves problemas da civilizao e da cultura humanas conseguir torn-la relativamente acessvel a quantos queiram ou possam acrescentar seu esforo ao herdado das geraes anteriores, na luta pelo aumento do saber, vale dizer, do conhecer, vale dizer, do fazer, vale dizer, do conhecer-fazer-conhecer-fazer, vale dizer, da perpetuao especfica e da felicidade individual. Uma documentao ativa condio e imperativo, nesta altura, do progresso. Forma privilegiada da mensagem grfica, o livro se insere, necessariamente, na documentao, como um dos meios especficos mais poderosos e eficazes da mesma documentao; mas no apenas o livro, bvio, seno que quantas coisas realizadas, executadas, interpretadas, achadas, ordenadas, nominadas pelo homem. (Antonio Houaiss. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1967, vol II, p. 36-37.) Mas no tornais quem vos consulta / Nem menos mau, nem mais feliz. Nestes versos, o eu-lrico se serve ao mesmo tempo de dois procedimentos tradicionais da poesia e da oratria, a personificao (ou prosopopeia), atribuio de vida, ao, movimento e voz a coisas inanimadas, e a apstrofe, recurso que consiste em o orador ou o eu-lrico dirigir-se a uma pessoa ou coisa real ou fictcia. Identifique a presena da personificao e da apstrofenos versos citados e aponte as palavras que, por suas caractersticas gramaticais, permitem detectar esses procedimentos.