(UNESP - 2011 - 1 FASE) A felicidade, para voc, pode ser uma vida casta; para outro, pode ser um casamento monogmico; para outro ainda, pode ser uma orgia promscua. H os que querem simplicidade e os que preferem o luxo. Em matria de felicidade, os governos podem oferecer as melhores condies possveis para que cada indivduo persiga seu projeto. Mas o melhor governo o que no prefere nenhuma das diferentes felicidades que seus sujeitos procuram. No coisa simples. Nosso governo oferece uma iseno fiscal s igrejas, as quais, certamente, so cruciais na procura da felicidade de muitos. Mas as escolas de dana de salo ou os clubes sadomasoquistas tambm so significativos na busca da felicidade de vrios cidados. Ser que um governo deve favorecer a ideia de felicidade compartilhada pela maioria? Considere: os governos totalitrios (laicos ou religiosos) sempre sabem qual a felicidade certa para seus sujeitos. Juram que querem o bem dos cidados e garantem a felicidade como um direito social claro, a mesma felicidade para todos. isso que voc quer? (Contardo Calligaris. Folha de S.Paulo, 10/06/2010. Adaptado.) Sobre esse texto, correto afirmar que:
(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Parece notcia velha, mas a cincia e o ensino da cincia continuam sob ataque. No portal www.brasilescola.com h um texto de Rainer Sousa, da Equipe Brasil Escola, que discute a origem do homem. No final, o texto diz: sendo um tema polmico e inacabado, a origem do homem ainda ser uma questo capaz de se desdobrar em outros debates. Cabe a cada um adotar, por critrios pessoais, a corrente explicativa que lhe parece plausvel. Critrios pessoais para decidir sobre a origem do homem? A religio como corrente explicativa sobre um tema cientfico, amplamente discutido e comprovado, dos fsseis anlise gentica? Como possvel essa afirmao de um educador, em pleno sculo 21, num portal que leva o nome do nosso pas e se dedica ao ensino? (Marcelo Gleiser. Folha de S.Paulo, 13.02.2011. Adaptado.) O pensamento de Marcelo Gleiser expresso por meio de uma
(UNESP - 2011 - 1 FASE) A inclinao para o ocultismo um sintoma da regresso da conscincia. A tendncia velada da sociedade para o desastre faz de tolas suas vtimas com falsas revelaes e fenmenos alucinatrios. O ocultismo a metafsica dos parvos. Procurando no alm o que perderam, as pessoas do de encontro apenas com sua prpria nulidade. (Theodor Adorno, filsofo alemo, 1947. Adaptado.) Ilumine seus caminhos e encontre a paz espiritual com Dona Mrcia, esprita conceituada com fortes poderes. Corta mau-olhado, inveja, demandas, feitiaria. Desfaz amarraes, faz simpatia para o amor, sade, negcios, empregos, impotncia e filhos problemticos. Seja qual for o seu problema, em uma consulta, ela lhe dar orientao espiritual para resolver o seu problema. (Panfleto distribudo nas ruas do centro de uma cidade brasileira.) Assinale a alternativa correta
(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Crianas que passam o dia sob controle de pais, babs e professores, com a agenda lotada de atividades, agora tm tambm suas brincadeiras da hora de recreio dirigidas por adultos. Cada vez mais colgios particulares adotam o chamado recreio dirigido, na tentativa de resgatar formas saudveis de brincar em grupos. Alguns educadores, porm, temem que a prtica se torne mais uma maneira de controlar uma gerao que j desfruta de pouca autonomia. Em uma das escolas, o objetivo melhorar a integrao, desenvolver a autonomia, diz a orientadora do colgio. Para uma antroploga, esse tipo de proposta acaba podando a iniciativa das crianas. Elas esto sempre sendo direcionadas, ficam esperando que algum diga o que melhor fazer, perdem autonomia. (Luciana Alvarez. O Estado de S.Paulo, 13.02.2011. Adaptado.) Sobre o texto, correto afirmar:
(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Analise o texto poltico, que apresenta uma viso muito prxima de importantes reflexes do filsofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domnios da tica e da poltica so prticas distintas. A poltica arruna o carter, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o chanceler de ferro da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus prprios povos nas praas rabes foram colocados e mantidos no poder por naes que se enxergam como faris da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e Frana. Isso condenvel? Os ditadores eram a nica esperana do Ocidente de continuar tendo acesso ao petrleo rabe e de manter um mnimo de informao sobre as organizaes terroristas islmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinrio diplomata americano do sculo passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: As sociedades no vivem para conduzir sua poltica externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua poltica externa para viver. (Veja, 02.03.2011. Adaptado.) A associao entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filsofo
(UNESP - 2011 - 1 FASE) Renata, 11, combinava com uma amiga viajar em julho para a Disney. Questionada pela me, que no sabia de excurso nenhuma, a menina pegou uma pasta com preos do pacote turstico e uma foto com os dizeres: Se eu no for para a Disney vou ser um pateta. A agncia de turismo e a escola afirmam que no pretendiam constranger ningum e que a placa do Pateta era apenas uma brincadeira. Para um promotor da rea do consumidor, o caso ilustra bem os abusos na publicidade infantil. J temos problemas srios de bullying nas escolas. Essa empresa est criando uma situao propcia para isso. (Folha de S.Paulo, 20.04.2010. Adaptado.) Acerca dessa notcia, podemos afirmar que:
(UNESP - 2011 - 1 FASE) Coisas que este livro far por voc: facilitar-lhe- fazer amigos rpida e facilmente; aumentar sua popularidade; ajuda-lo conquistar pessoas para seu modo de pensar; aumentar sua influncia, seu prestgio, sua habilidade em obter a realizao das coisas; facilitar-lhe- conseguir novos clientes, novos fregueses; aumentar suas rendas; torna-lo- um melhor vendedor, um melhor diretor; ajud-lo- a resolver reclamaes, evitar discusses e manter seus contatos humanos agradveis e suaves; torna-lo um melhor orador, um conversador mais atraente; tornar os princpios de psicologia fceis para que voc os aplique nos seus contatos dirios. (Dale Carnegie. Como fazer amigos e influenciar pessoas, 1936.) Se alguma coisa h que esta vida tem para ns, e, salvo a mesma vida, tenhamos que agradecer aos Deuses, o dom de nos desconhecermos: de nos desconhecermos a ns mesmos e de nos desconhecermos uns aos outros. A alma humana um abismo obscuro e viscoso, um poo que no se usa na superfcie do mundo. Ningum se amaria a si mesmo se deveras se conhecesse, e assim, no havendo a vaidade, que o sangue da vida espiritual, morreramos na alma de anemia. Ningum conhece outro, e ainda bem que o no conhece, e, se o conhecesse, conheceria nele, ainda que me, mulher ou filho, o ntimo, metafsico inimigo. (Fernando Pessoa. Livro do desassossego, 1931.) Sobre os dois textos, correto afirmar:
(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Em 40 anos, nunca vi algum se curar com a fora do pensamento. Para mim, se Maom no for montanha, a montanha vir a Maom to improvvel quanto o Everest aparecer na janela da minha casa. A f nas propriedades curativas da assim chamada energia mental tem razes seculares. Quantos catlicos foram canonizados porque lhes foi atribudo o poder espiritual de curar cegueiras, paraplegias, hansenase e at esterilidade feminina? Quantos pastores evanglicos convencem milhes de fiis a pagar-lhes os dzimos ao realizar faanhas semelhantes diante das cmeras de TV? Por que a energia emanada do pensamento positivo serve apenas para curar doenas, jamais para fazer um carro andar dez metros ou um avio levantar voo sem combustvel? No passado, a hansenase foi considerada apangio dos mpios; a tuberculose, consequncia da vida desregrada; a AIDS, maldio divina para castigar os promscuos. Coube cincia demonstrar que duas bactrias e um vrus indiferentes s virtudes dos hospedeiros eram os agentes etiolgicos dessas enfermidades. Acreditar na fora milagrosa do pensamento pode servir ao sonho humano de dominar a morte. Mas, atribuir a ela tal poder um desrespeito aos doentes graves e memria dos que j se foram. (Drauzio Varella. Folha de S.Paulo, 09.06.2007. Adaptado.) O pensamento do autor, sob o ponto de vista filosfico, pode ser corretamente caracterizado como
(UNESP - 2011 - 1 FASE) A criao de ndices de sustentabilidade nas principais bolsas de valores do mundo reflete a valorizao das companhias verdes. Quando o mercado de capitais, centro financiador do desenvolvimento econmico, cria um ndice, d um recado explcito s empresas que ele procura. Nesse caso, o mercado deixa claro que a agenda socioambiental no pode ser ignorada pelas empresas que ele procura. Na Bolsa de Valores de So Paulo, o ndice de sustentabilidade (ISE), criado h cinco anos, mostra resultados melhores do que o ndice tradicional. No ano passado, as aes medidas pelo ndice Ibovespa subiram 18,5%, enquanto as medidas pelo ISE da Bovespa aumentaram 24,7%. (Veja, 09.06.2010. Adaptado.) Assinale a alternativa correta.
(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Num mundo onde cresce sem parar a compulso para obrigar as pessoas a levar uma vida correta no maior nmero possvel das atividades que formam o seu dia a dia, a mesa tornou-se uma das reas que mais atraem a ateno dos gendarmes empenhados em arbitrar o que realmente bom para voc. uma provao permanente. Mdicos, nutricionistas, personal trainers, editores e editoras de revistas dedicadas forma fsica, ambientalistas, militantes da produo orgnica, burocratas, chefs de cozinha, crticos de restaurantes e mais uma multido de diletantes prontos a dar testemunho expedem decretos cada vez mais frequentes, e cada vez mais severos, sobre os deveres do cidado na hora de comer. O fato que toda essa gente, quase sempre com as melhores intenes, acabou construindo um crescente sistema de ansiedade em torno do po nosso de cada dia e o resultado que o prazer de comer bem vai sendo substitudo pela obrigao de comer certo. Modelos, atrizes e outras pessoas que precisam pesar pouco para fazer sucesso chegam aos 30 anos de idade, ou mais, praticamente sem ter feito uma nica refeio decente na vida. Prope-se, como virtude alimentar, um mundo sombrio de pastas, mingaus, poes, soros de protena e sabe-se l o que ainda vem pela frente. No est claro o que se ganha em toda essa histria. A perspectiva de morrer, um dia, no peso ideal? (J. R. Guzzo. Veja, 09.06.2010. Adaptado.) Sob o ponto de vista filosfico, podemos afirmar que, para o autor,
(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Analise o trecho da entrevista dada pelo chefe de imprensa do governo do Ir a um jornal brasileiro. Folha H preocupao quanto a uma mudana de posio do governo brasileiro, sobretudo na rea de direitos humanos, depois que a presidente Dilma se manifestou contrariamente ao apedrejamento de Sakineh? Ali Akbar Javanfekr Encontrei poucas informaes sobre a realidade iraniana aqui no Brasil. H notcias distorcidas e falsas. Isso preocupante. Minha presena aqui para tentar divulgar as informaes corretas. No caso de Sakineh, informaes que chegaram presidente Dilma Rousseff no foram corretas. Folha A presidente Dilma est mal informada? Ali Akbar Javanfekr Sim. Foi mal informada sobre esse caso. Folha verdade, como diz o presidente Ahmadinejad, que no h gays no Ir? Ali Akbar Javanfekr No temos. Folha o nico pas do mundo que no tem gay? Ali Akbar Javanfekr Na Repblica Islmica do Ir, no h. Folha Se houver, h punies? Ali Akbar Javanfekr Nossa viso sobre esse tema diferente da de vocs. um ato feio, que nenhuma das religies divinas aceita. Temos a responsabilidade humana, at divina, de no aceitar esse tipo de comportamento. Existe uma ameaa sobre a sade da humanidade. A Aids, por exemplo. Uma das razes esse tipo de relacionamento. (Folha de S.Paulo, 14.03.2011. Adaptado.) Sob o ponto de vista tico, as opinies expressas no trecho da entrevista podem ser caracterizadas como
(UNESP - 2011 - 1 FASE) TEXTO 1 No ano de 1990, o filsofo francs Gilles Deleuze criou o conceito de sociedade do controle para explicar a configurao totalitria das sociedades atuais. Na sociedade de controle as pessoas tm a iluso de desfrutarem de maior autonomia, pois podem, por exemplo, acessar contas correntes e fazer compras pela Internet. Mas, por outro lado, seus comportamentos e hbitos de consumo podem ser conhecidos pelo governo, pelos bancos e grandes empresas. Sem suspeitarem disso, os indivduos podem ser controlados distncia, como se cada um fosse dotado de uma coleira eletrnica. TEXTO 2 Um quarto dos alemes aceitam implantar chip no corpo Pesquisa feita pela Associao Alem das Empresas de Informao, Telecomunicao e Novas Mdias (Bitkom) revela que 23% dos moradores do pas topam ter um microchip inserido no prprio corpo, contanto que isso traga benefcios concretos a eles. O levantamento, realizado com cerca de mil pessoas de vrias cidades, foi divulgado na feira de tecnologia Cebit, que vai at o prximo sbado (7), em Hannover. (Folha Online, 03.03.2010.) Com base no conceito de sociedade do controle e na notcia reproduzida, assinale a alternativa correta.
(UNESP - 2011 - 1 FASE) Tudo comea com os cupins alados, conhecidos como aleluias ou siriris. Voc j deve ter visto uma revoada deles na primavera. So atrados por luz e calor, e quando caem no solo perdem suas asas. Machos e fmeas se encontram formando casais e partem em busca de um local onde vo construir os ninhos. So os reis e as rainhas. Dos ovos nascem as ninfas, que se diferenciam em soldados e operrios. Estes ltimos alimentam toda a populao, passando a comida de boca em boca. Mas, como o alimento no digerido, dependem de protozorios intestinais que transformam a celulose em glicose, para dela obterem a energia. Mas do que se alimentam? Do tronco da rvore de seu jardim, ou da madeira dos mveis e portas da sua casa. Segundo os especialistas, existem dois tipos de residncia: as que tm cupim e as que ainda tero. (Texto extrado de um panfleto publicitrio de uma empresa dedetizadora. Adaptado.) No texto, alm da relao que os cupins estabelecem com os seres humanos, podem ser identificadas trs outras relaes ecolgicas. A sequncia em que aparecem no texto :
(UNESP - 2011/2 - 1a fase) Para discutir ecologia, a professora citou uma das estrofes do Hino da Campanha da Fraternidade 2011, promovida pela Igreja Catlica, cujo lema Fraternidade e a Vida no Planeta: (...) Olha as florestas: pulmo verde e forte! Sente esse ar que te entreguei to puro... Agora, gases disseminam a morte; O aquecimento queima o teu futuro. (...) Sobre essa estrofe do hino, os alunos fizeram as seguintes afirmaes: I. O primeiro verso uma meno funo fotossinttica das florestas, estabelecendo uma analogia entre essa funo e a exercida pelo pulmo dos vertebrados, pois cada uma dessas funes retira da atmosfera e nela libera os mesmos gases. II. O segundo verso uma referncia atmosfera primitiva da Terra, a qual permitiu o aparecimento das primeiras molculas orgnicas e, posteriormente, dos primeiros organismos vivos. III. O terceiro verso faz referncia poluio atmosfrica. Gases txicos so liberados pela atividade humana, comprometendo a sade das populaes e dos demais organismos. IV. O quarto verso referncia direta s queimadas, que tm por objetivo a formao de pastos em detrimento da conservao da mata nativa. correto o que se afirma em
(UNESP - 2011 - 1 FASE) Municpios do Nordeste atingidos pelas chuvas sofrem com doenas O fim das enchentes no significa que o perigo acabou. Cresce o risco de proliferao de doenas nos 95 municpios alagoanos e pernambucanos afetados pelos temporais. Em alguns municpios a rede de abastecimento de gua foi destruda. O contato direto da populao com a gua e a lama deixa os sanitaristas preocupados. (www.globo.com/jornalnacional. Adaptado.) Na situao colocada, dentre as doenas que mais imediatamente preocupam os sanitaristas, pode-se citar