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Questões - UNESP 2013 | Gabarito e resoluções

Questão 11
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A questo toma por base um poema de Lus Delfino (1834-1910) e a reproduo de ummosaico da Catedral de Monreale. Jesus Pantocrtor1 H na Itlia, em Palermo, ou pouco ao p, na igreja De Monreale, feita em mosaico, a divina Figura de Jesus Pantocrtor: domina Aquela face austera, aquele olhar troveja. No: aquela cabea de um Deus, no se inclina. rida pupila a doce, a benfazeja Lgrima falta, e o peito enorme no arqueja dor. F-lo tremendo a fico bizantina2. Este criou o inferno, e o espetculo hediondo Que h nos frescos3 de Santo Stefano Rotondo4; Este do mundo antigo espedaado assoma... Este no redimiu; no foi Cruz: olhai-o: Tem o antema5 boca, s duas mos o raio, E em vez do espinho fronte as trs coroas de Roma. (Lus Delfino. Rosas negras, 1938.) (1) Pantocrtor: que tudo rege, que governa tudo. (2) Bizantina: referente ao Imprio Romano do Oriente (330-1453 d.C.) e s manifestaesculturais desse imprio. (3) Fresco: o mesmo que afresco, pintura mural que resulta da aplicao de cores diludas emgua sobre um revestimento ainda fresco de argamassa, para facilitar a absoro da tinta. (4) Santo Stefano Rotondo: igreja erigida por volta de 460 d.C., em Roma, em homenagem aSanto Estvo (Stefano, em italiano), mrtir do cristianismo. (5) Antema: reprovao enrgica, sentena de maldio que expulsa da Igreja, excomunho. Neste soneto de Lus Delfino ocorre uma espcie de dilogo entre o texto potico e uma impressionante figura de Jesus Cristo Pantocrtor, com 7 m de altura e largura de 13,30 m, criada por mestres especializados na tcnica bizantina do mosaico, na abside da catedral de Monreale, construda entre 1172 e 1189. A figura de Cristo Pantocrtor, feita em mosaicos policromos e dourados, pode ser vista ainda hoje na mesma cidade e igreja mencionadas na primeira estrofe. Colocando-se diante dessa representao de Cristo, o eu lrico do soneto

Questão 11
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 11 a 15 tomam por base um fragmento da crnica Letra de cano e poesia, de Antonio Cicero. Como escrevo poemas e letras de canes, frequentemente perguntam-me se acho que as letras de canes so poemas. A expresso letra de cano j indica de que modo essa questo deve ser entendida, pois a palavra letra remete escrita. O que se quer saber se a letra, separada da cano, constitui um poema escrito. Letra de cano poema? Essa formulao inadequada. Desde que as vanguardas mostraram que no se pode determinar a priori quais so as formas lcitas para a poesia, qualquer coisa pode ser um poema. Se um poeta escreve letras soltas na pgina e diz que um poema, quem provar o contrrio? Neste ponto, parece-me inevitvel introduzir um juzo de valor. A verdadeira questo parece ser se uma letra de cano um bom poema. Entretanto, mesmo esta ltima pergunta ainda no suficientemente precisa, pois pode estar a indagar duas coisas distintas: 1) Se uma letra de cano necessariamente um bom poema; e 2) Se uma letra de cano possivelmente um bom poema. Quanto primeira pergunta, evidente que deve ter uma resposta negativa. Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema. Mas talvez o que se deva perguntar se uma boa letra necessariamente um bom poema. Ora, tambm a essa pergunta a resposta negativa. Quem j no teve a experincia, em relao a uma letra de cano, de se emocionar com ela ao escut-la cantada e depois consider-la inspida, ao l-la no papel, sem acompanhamento musical? No difcil entender a razo disso. Um poema um objeto autotlico, isto , ele tem o seu fim em si prprio. Quando o julgamos bom ou ruim, estamos a consider-lo independentemente do fato de que, alm de ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. O poema se realiza quando lido: e ele pode ser lido em voz baixa, interna, aural. J uma letra de cano heterotlica, isto , ela no tem o seu fim em si prpria. Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa. Em outras palavras, se uma letra de cano servir para fazer uma boa cano, ela boa, ainda que seja ilegvel. E a letra pode ser ilegvel porque, para se estruturar, para adquirir determinado colorido, para ter os sons ou as palavras certas enfatizadas, ela depende da melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da msica qual se encontra associada. (Folha de S.Paulo, 16.06.2007.) No primeiro pargrafo de sua crnica, Antonio Cicero apresenta como indagao central:

Questão 11
2013Filosofia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 11) Texto 1 Para santo Toms de Aquino, o poder poltico, por ser uma instituio divina, alm dos fins temporais que justificam a ao poltica, visa outros fins superiores, de natureza espiritual. O Estado deve dar condies para a realizao eterna e sobrenatural do homem. Ao discutir a relao Estado-Igreja, admite a supremacia desta sobre aquele. Considera a Monarquia a melhor forma de governo, por ser o governo de um s, escolhido pela sua virtude, desde que seja bloqueado o caminho da tirania. Texto 2 Maquiavel rejeita a poltica normativa dos gregos, a qual, ao explicar como o homem deve agir, cria sistemas utpicos. A nova poltica, ao contrrio, deve procurar a verdade efetiva, ou seja, como o homem age de fato. O mtodo de Maquiavel estipula a observao dos fatos, o que denota uma tendncia comum aos pensadores do Renascimento, preocupados em superar, atravs da experincia, os esquemas meramente dedutivos da Idade Mdia. Seus estudos levam constatao de que os homens sempre agiram pelas formas da corrupo e da violncia. (Maria Lcia Aranha e Maria Helena Martins. Filosofando, 1986. Adaptado.) Explique as diferentes concepes de poltica expressadas nos dois textos

Questão 12
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A questo toma por base um poema de Lus Delfino (1834-1910) e a reproduo de ummosaico da Catedral de Monreale. Jesus Pantocrtor1 H na Itlia, em Palermo, ou pouco ao p, na igreja De Monreale, feita em mosaico, a divina Figura de Jesus Pantocrtor: domina Aquela face austera, aquele olhar troveja. No: aquela cabea de um Deus, no se inclina. rida pupila a doce, a benfazeja Lgrima falta, e o peito enorme no arqueja dor. F-lo tremendo a fico bizantina2. Este criou o inferno, e o espetculo hediondo Que h nos frescos3 de Santo Stefano Rotondo4; Este do mundo antigo espedaado assoma... Este no redimiu; no foi Cruz: olhai-o: Tem o antema5 boca, s duas mos o raio, E em vez do espinho fronte as trs coroas de Roma. (Lus Delfino. Rosas negras, 1938.) (1) Pantocrtor: que tudo rege, que governa tudo. (2) Bizantina: referente ao Imprio Romano do Oriente (330-1453 d.C.) e s manifestaesculturais desse imprio. (3) Fresco: o mesmo que afresco, pintura mural que resulta da aplicao de cores diludas emgua sobre um revestimento ainda fresco de argamassa, para facilitar a absoro da tinta. (4) Santo Stefano Rotondo: igreja erigida por volta de 460 d.C., em Roma, em homenagem aSanto Estvo (Stefano, em italiano), mrtir do cristianismo. (5) Antema: reprovao enrgica, sentena de maldio que expulsa da Igreja, excomunho. A leitura do soneto revela que o poeta seguiu o preceito parnasiano de s fazer rimar em seus versos palavras pertencentes a classes gramaticais diferentes, como se observa, por exemplo, nas palavras que encerram os quatro versos da primeira quadra, que rimam conforme o esquema ABBA. Consideradas em sua sequncia do primeiro ao quarto verso, tais palavras surgem, respectivamente, como

Questão 12
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 11 a 15 tomam por base um fragmento da crnica Letra de cano e poesia, de Antonio Cicero. Como escrevo poemas e letras de canes, frequentemente perguntam-me se acho que as letras de canes so poemas. A expresso letra de cano j indica de que modo essa questo deve ser entendida, pois a palavra letra remete escrita. O que se quer saber se a letra, separada da cano, constitui um poema escrito. Letra de cano poema? Essa formulao inadequada. Desde que as vanguardas mostraram que no se pode determinar a priori quais so as formas lcitas para a poesia, qualquer coisa pode ser um poema. Se um poeta escreve letras soltas na pgina e diz que um poema, quem provar o contrrio? Neste ponto, parece-me inevitvel introduzir um juzo de valor. A verdadeira questo parece ser se uma letra de cano um bom poema. Entretanto, mesmo esta ltima pergunta ainda no suficientemente precisa, pois pode estar a indagar duas coisas distintas: 1) Se uma letra de cano necessariamente um bom poema; e 2) Se uma letra de cano possivelmente um bom poema. Quanto primeira pergunta, evidente que deve ter uma resposta negativa. Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema. Mas talvez o que se deva perguntar se uma boa letra necessariamente um bom poema. Ora, tambm a essa pergunta a resposta negativa. Quem j no teve a experincia, em relao a uma letra de cano, de se emocionar com ela ao escut-la cantada e depois consider-la inspida, ao l-la no papel, sem acompanhamento musical? No difcil entender a razo disso. Um poema um objeto autotlico, isto , ele tem o seu fim em si prprio. Quando o julgamos bom ou ruim, estamos a consider-lo independentemente do fato de que, alm de ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. O poema se realiza quando lido: e ele pode ser lido em voz baixa, interna, aural. J uma letra de cano heterotlica, isto , ela no tem o seu fim em si prpria. Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa. Em outras palavras, se uma letra de cano servir para fazer uma boa cano, ela boa, ainda que seja ilegvel. E a letra pode ser ilegvel porque, para se estruturar, para adquirir determinado colorido, para ter os sons ou as palavras certas enfatizadas, ela depende da melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da msica qual se encontra associada. (Folha de S.Paulo, 16.06.2007.) Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema. O advrbio necessariamente, nas trs ocorrncias verificadas na passagem mencionada, equivale, pelo sentido, a:

Questão 12
2013Filosofia

(UNESP - 2013 - 2a fase) Do lado oposto da caverna, Plato situa uma fogueira fonte da luz de onde se projetam as sombras e alguns homens que carregam objetos por cima de um muro, como num teatro de fantoches, e so desses objetos as sombras que se projetam no fundo da caverna e as vozes desses homens que os prisioneiros atribuem s sombras. Temos um efeito como num cinema em que olhamos para a tela e no prestamos ateno ao projetor nem s caixas de som, mas percebemos o som como proveniente das figuras na tela. (Danilo Marcondes. Iniciao histria da filosofia, 2001.) Explique o significado filosfico da Alegoria da Caverna de Plato, comentando sua importncia para a distino entre aparncia e essncia.

Questão 13
2013Biologia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 13) A batalha pelo elemento impiedosa, assim como aquela por gua, ar ou sexo, mas apenas de vez em quando a verdade de suas negociaes exposta em toda sua brutalidade. As plantas que comem animais so apenas um exemplo entre muitos para mostrar o quo competitivo o negcio deve ser, e como a Natureza recorre s convenincias mais improvveis para tirar o mximo do pouco que h disponvel. (Steve Jones. A Ilha de Darwin, 2009.) No texto, o autor refere-se a um elemento qumico, abundante na atmosfera, mas no no solo onde a planta cresce. Esse elemento essencial para o desenvolvimento das plantas, uma vez que ir constituir suas protenas e cidos nucleicos.Qual o elemento qumico referido pelo autor e, considerando que na natureza as plantas carnvoras o obtm dos animais que capturam, explique de que forma as espcies vegetais no carnvoras o obtm.

Questão 13
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A questo toma por base um poema de Lus Delfino (1834-1910) e a reproduo de ummosaico da Catedral de Monreale. Jesus Pantocrtor1 H na Itlia, em Palermo, ou pouco ao p, na igreja De Monreale, feita em mosaico, a divina Figura de Jesus Pantocrtor: domina Aquela face austera, aquele olhar troveja. No: aquela cabea de um Deus, no se inclina. rida pupila a doce, a benfazeja Lgrima falta, e o peito enorme no arqueja dor. F-lo tremendo a fico bizantina2. Este criou o inferno, e o espetculo hediondo Que h nos frescos3 de Santo Stefano Rotondo4; Este do mundo antigo espedaado assoma... Este no redimiu; no foi Cruz: olhai-o: Tem o antema5 boca, s duas mos o raio, E em vez do espinho fronte as trs coroas de Roma. (Lus Delfino. Rosas negras, 1938.) (1) Pantocrtor: que tudo rege, que governa tudo. (2) Bizantina: referente ao Imprio Romano do Oriente (330-1453 d.C.) e s manifestaesculturais desse imprio. (3) Fresco: o mesmo que afresco, pintura mural que resulta da aplicao de cores diludas emgua sobre um revestimento ainda fresco de argamassa, para facilitar a absoro da tinta. (4) Santo Stefano Rotondo: igreja erigida por volta de 460 d.C., em Roma, em homenagem aSanto Estvo (Stefano, em italiano), mrtir do cristianismo. (5) Antema: reprovao enrgica, sentena de maldio que expulsa da Igreja, excomunho. rida pupila a doce, a benfazeja / lgrima falta. A inverso das posies usuais dos termos da orao, provocada pela necessidade de completar o nmero de slabas e obedecer s posies dos acentos tnicos nos versos, por vezes dificulta a percepo das relaes sintticas entre esses termos. o caso da orao destacada, que ocupa o sexto e parte do stimo versos. Em discurso no versificado, essa orao apresentaria usualmente a seguinte disposio de termos:

Questão 13
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 11 a 15 tomam por base um fragmento da crnica Letra de cano e poesia, de Antonio Cicero. Como escrevo poemas e letras de canes, frequentemente perguntam-me se acho que as letras de canes so poemas. A expresso letra de cano j indica de que modo essa questo deve ser entendida, pois a palavra letra remete escrita. O que se quer saber se a letra, separada da cano, constitui um poema escrito. Letra de cano poema? Essa formulao inadequada. Desde que as vanguardas mostraram que no se pode determinar a priori quais so as formas lcitas para a poesia, qualquer coisa pode ser um poema. Se um poeta escreve letras soltas na pgina e diz que um poema, quem provar o contrrio? Neste ponto, parece-me inevitvel introduzir um juzo de valor. A verdadeira questo parece ser se uma letra de cano um bom poema. Entretanto, mesmo esta ltima pergunta ainda no suficientemente precisa, pois pode estar a indagar duas coisas distintas: 1) Se uma letra de cano necessariamente um bom poema; e 2) Se uma letra de cano possivelmente um bom poema. Quanto primeira pergunta, evidente que deve ter uma resposta negativa. Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema. Mas talvez o que se deva perguntar se uma boa letra necessariamente um bom poema. Ora, tambm a essa pergunta a resposta negativa. Quem j no teve a experincia, em relao a uma letra de cano, de se emocionar com ela ao escut-la cantada e depois consider-la inspida, ao l-la no papel, sem acompanhamento musical? No difcil entender a razo disso. Um poema um objeto autotlico, isto , ele tem o seu fim em si prprio. Quando o julgamos bom ou ruim, estamos a consider-lo independentemente do fato de que, alm de ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. O poema se realiza quando lido: e ele pode ser lido em voz baixa, interna, aural. J uma letra de cano heterotlica, isto , ela no tem o seu fim em si prpria. Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa. Em outras palavras, se uma letra de cano servir para fazer uma boa cano, ela boa, ainda que seja ilegvel. E a letra pode ser ilegvel porque, para se estruturar, para adquirir determinado colorido, para ter os sons ou as palavras certas enfatizadas, ela depende da melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da msica qual se encontra associada. (Folha de S.Paulo, 16.06.2007.) Sobre a qualidade da cano, o cronista acredita que

Questão 14
2013Biologia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 14) O tuco-tuco (Ctenomys brasiliensis) um animal curioso, que se pode, em linhas gerais, descrever como roedor com hbitos de toupeira. [...] So animais noturnos, e alimentam-se especialmente de razes de plantas, o que explica os tneis longos e superficiais que cavam. [...] O homem que mos trouxe afirmou que muito comumente os tuco-tucos so encontrados cegos. O exemplar que eu conservava no lcool achava-se nesse estado. [...] Lamarck rejubilar-se-ia com este fato, se acaso o tivesse conhecido. (Charles Darwin. Dirio das investigaes sobre a Histria Natural e Geologia dos pases visitados durante a viagem ao redor do mundo pelo navio de Sua Majestade Beagle, sob o comando do Capt. Fitz Roy, R. A, 1871.) O texto foi escrito por Charles Darwin, em seu dirio de bordo, em 26 de julho de 1832, poca com 23 anos de idade, quando de sua passagem pelo Brasil e Uruguai. Escrito antes que construsse sua Teoria da Evoluo, o texto revela que Darwin conhecia a obra de Lamarck. Como Lamarck explicaria as observaes de Darwin sobre o tuco-tuco brasileiro, e qual a explicao apresentada pela Teoria da Evoluo na biologia moderna?

Questão 14
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A questo toma por base um poema de Lus Delfino (1834-1910) e a reproduo de ummosaico da Catedral de Monreale. Jesus Pantocrtor1 H na Itlia, em Palermo, ou pouco ao p, na igreja De Monreale, feita em mosaico, a divina Figura de Jesus Pantocrtor: domina Aquela face austera, aquele olhar troveja. No: aquela cabea de um Deus, no se inclina. rida pupila a doce, a benfazeja Lgrima falta, e o peito enorme no arqueja dor. F-lo tremendo a fico bizantina2. Este criou o inferno, e o espetculo hediondo Que h nos frescos3 de Santo Stefano Rotondo4; Este do mundo antigo espedaado assoma... Este no redimiu; no foi Cruz: olhai-o: Tem o antema5 boca, s duas mos o raio, E em vez do espinho fronte as trs coroas de Roma. (Lus Delfino. Rosas negras, 1938.) (1) Pantocrtor: que tudo rege, que governa tudo. (2) Bizantina: referente ao Imprio Romano do Oriente (330-1453 d.C.) e s manifestaesculturais desse imprio. (3) Fresco: o mesmo que afresco, pintura mural que resulta da aplicao de cores diludas emgua sobre um revestimento ainda fresco de argamassa, para facilitar a absoro da tinta. (4) Santo Stefano Rotondo: igreja erigida por volta de 460 d.C., em Roma, em homenagem aSanto Estvo (Stefano, em italiano), mrtir do cristianismo. (5) Antema: reprovao enrgica, sentena de maldio que expulsa da Igreja, excomunho. O pronome demonstrativo este, empregado no incio dos versos de nmeros 9, 11 e 12, faz referncia

Questão 14
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 11 a 15 tomam por base um fragmento da crnica Letra de cano e poesia, de Antonio Cicero. Como escrevo poemas e letras de canes, frequentemente perguntam-me se acho que as letras de canes so poemas. A expresso letra de cano j indica de que modo essa questo deve ser entendida, pois a palavra letra remete escrita. O que se quer saber se a letra, separada da cano, constitui um poema escrito. Letra de cano poema? Essa formulao inadequada. Desde que as vanguardas mostraram que no se pode determinar a priori quais so as formas lcitas para a poesia, qualquer coisa pode ser um poema. Se um poeta escreve letras soltas na pgina e diz que um poema, quem provar o contrrio? Neste ponto, parece-me inevitvel introduzir um juzo de valor. A verdadeira questo parece ser se uma letra de cano um bom poema. Entretanto, mesmo esta ltima pergunta ainda no suficientemente precisa, pois pode estar a indagar duas coisas distintas: 1) Se uma letra de cano necessariamente um bom poema; e 2) Se uma letra de cano possivelmente um bom poema. Quanto primeira pergunta, evidente que deve ter uma resposta negativa. Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema. Mas talvez o que se deva perguntar se uma boa letra necessariamente um bom poema. Ora, tambm a essa pergunta a resposta negativa. Quem j no teve a experincia, em relao a uma letra de cano, de se emocionar com ela ao escut-la cantada e depois consider-la inspida, ao l-la no papel, sem acompanhamento musical? No difcil entender a razo disso. Um poema um objeto autotlico, isto , ele tem o seu fim em si prprio. Quando o julgamos bom ou ruim, estamos a consider-lo independentemente do fato de que, alm de ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. O poema se realiza quando lido: e ele pode ser lido em voz baixa, interna, aural. J uma letra de cano heterotlica, isto , ela no tem o seu fim em si prpria. Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa. Em outras palavras, se uma letra de cano servir para fazer uma boa cano, ela boa, ainda que seja ilegvel. E a letra pode ser ilegvel porque, para se estruturar, para adquirir determinado colorido, para ter os sons ou as palavras certas enfatizadas, ela depende da melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da msica qual se encontra associada. (Folha de S.Paulo, 16.06.2007.) Com o conceito expresso pelo termo autotlico, o cronista considera que

Questão 15
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A questo toma por base um poema de Lus Delfino (1834-1910) e a reproduo de ummosaico da Catedral de Monreale. Jesus Pantocrtor1 H na Itlia, em Palermo, ou pouco ao p, na igreja De Monreale, feita em mosaico, a divina Figura de Jesus Pantocrtor: domina Aquela face austera, aquele olhar troveja. No: aquela cabea de um Deus, no se inclina. rida pupila a doce, a benfazeja Lgrima falta, e o peito enorme no arqueja dor. F-lo tremendo a fico bizantina2. Este criou o inferno, e o espetculo hediondo Que h nos frescos3 de Santo Stefano Rotondo4; Este do mundo antigo espedaado assoma... Este no redimiu; no foi Cruz: olhai-o: Tem o antema5 boca, s duas mos o raio, E em vez do espinho fronte as trs coroas de Roma. (Lus Delfino. Rosas negras, 1938.) (1) Pantocrtor: que tudo rege, que governa tudo. (2) Bizantina: referente ao Imprio Romano do Oriente (330-1453 d.C.) e s manifestaesculturais desse imprio. (3) Fresco: o mesmo que afresco, pintura mural que resulta da aplicao de cores diludas emgua sobre um revestimento ainda fresco de argamassa, para facilitar a absoro da tinta. (4) Santo Stefano Rotondo: igreja erigida por volta de 460 d.C., em Roma, em homenagem aSanto Estvo (Stefano, em italiano), mrtir do cristianismo. (5) Antema: reprovao enrgica, sentena de maldio que expulsa da Igreja, excomunho. Segundo um dos dogmas da doutrina crist, Jesus Cristo nos resgatou e nos reconciliou com Deus por meio de seu sacrifcio na cruz. Aponte o verso do poema que nega explicitamente esse dogma para a imagem de Cristo Pantocrtor.

Questão 15
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 11 a 15 tomam por base um fragmento da crnica Letra de cano e poesia, de Antonio Cicero. Como escrevo poemas e letras de canes, frequentemente perguntam-me se acho que as letras de canes so poemas. A expresso letra de cano j indica de que modo essa questo deve ser entendida, pois a palavra letra remete escrita. O que se quer saber se a letra, separada da cano, constitui um poema escrito. Letra de cano poema? Essa formulao inadequada. Desde que as vanguardas mostraram que no se pode determinar a priori quais so as formas lcitas para a poesia, qualquer coisa pode ser um poema. Se um poeta escreve letras soltas na pgina e diz que um poema, quem provar o contrrio? Neste ponto, parece-me inevitvel introduzir um juzo de valor. A verdadeira questo parece ser se uma letra de cano um bom poema. Entretanto, mesmo esta ltima pergunta ainda no suficientemente precisa, pois pode estar a indagar duas coisas distintas: 1) Se uma letra de cano necessariamente um bom poema; e 2) Se uma letra de cano possivelmente um bom poema. Quanto primeira pergunta, evidente que deve ter uma resposta negativa. Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema. Mas talvez o que se deva perguntar se uma boa letra necessariamente um bom poema. Ora, tambm a essa pergunta a resposta negativa. Quem j no teve a experincia, em relao a uma letra de cano, de se emocionar com ela ao escut-la cantada e depois consider-la inspida, ao l-la no papel, sem acompanhamento musical? No difcil entender a razo disso. Um poema um objeto autotlico, isto , ele tem o seu fim em si prprio. Quando o julgamos bom ou ruim, estamos a consider-lo independentemente do fato de que, alm de ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. O poema se realiza quando lido: e ele pode ser lido em voz baixa, interna, aural. J uma letra de cano heterotlica, isto , ela no tem o seu fim em si prpria. Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa. Em outras palavras, se uma letra de cano servir para fazer uma boa cano, ela boa, ainda que seja ilegvel. E a letra pode ser ilegvel porque, para se estruturar, para adquirir determinado colorido, para ter os sons ou as palavras certas enfatizadas, ela depende da melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da msica qual se encontra associada. (Folha de S.Paulo, 16.06.2007.) Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa. No perodo em destaque, a orao Para que a julguemos boa indica, em relao orao principal,

Questão 15
2013Biologia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 15) Em 2012, assim como em anos anteriores, o Ministrio da Sade promoveu a campanha para vacinao contra a gripe. A seguir, o cartaz informativo da campanha. No cartaz, lemos que devem ser vacinadas Pessoas com 60 anos ou mais. Essa recomendao aplica-se a todos os que tm mais de 60 anos, independentemente de terem sido vacinados antes, ou somente queles que tm mais de 60 anos e que no tinham sido vacinados em anos anteriores? Justifique sua resposta, tendo por base as caractersticas antignicas do vrus da gripe, e explicando como a vacina protege o indivduo contra a doena.