(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 1)
O crescimento urbano, ao criar um mercado potencial mais amplo, estimulou igualmente o crescimento das indústrias artesanais e de algumas fábricas que empregavam uma força de trabalho concentrada [...].
Deixando de lado as características peculiares dessa sociedade urbana em expansão, a razão para a crescente debilidade de qualquer expressão política especificamente urbana era a posição peculiar da cidade no sistema econômico e fiscal, consolidado pelo contínuo progresso do setor com base na exportação de produtos agrícolas e pecuários.
(Tulio Halperín Donghi. “A economia e a sociedade na América espanhola do pós-independência”. In: Leslie Bethell (org.). História da América Latina, v. 3, 2004.)
O excerto apresenta uma experiência histórica vivida por alguns países hispano-americanos, e também pelo Brasil, entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do XX. Tal situação
gerou sucessivas crises econômico-financeiras na região e acentuou o controle imperialista estadunidense sobre o setor industrial e financeiro dos países do continente.
resultou da ausência de burguesias nacionais capazes de conduzir o processo de reorganização econômica e de decolagem na direção de economias autônomas.
provocou um deslocamento do controle do poder político do campo para a cidade e o aumento da influência política das classes médias e dos setores populares.
derivou da combinação entre os processos de modernização urbana e a inserção das economias latino-americanas na divisão internacional do trabalho.
proporcionou um desenvolvimento acelerado do segundo e do terceiro setores das economias nacionais e uma maior integração comercial no continente.